Capítulo 1 - O Sol Nasce Todos os Dias

O dia da reunião havia chegado, a neve cobria o chão da cidade e caía dos céus. Bayushi Haki havia esperado por esse dia a muito tempo, desde o incidente no campeonato e parecia que finalmente haviam reconhecido todo o trabalho que ele fez para o clã todos esses anos. Ele foi o primeiro a chegar, seguido por Kakita Hanshiro que vinha atrás. Os dois subiram a escadaria que levava até o prédio da prefeitura. Era um prédio muito bonito e cheio de sinais do escorpião. Haki notou o Kakita mas não deu muita importância a ele. Estava usando um kimono mais bonito que o habitual mas não tinha nada de diferente. Seu chapéu de palha ainda pendia na cabeça tapando o parte superior do rosto. Para Haki parecia quase um ronin mas ele não podia afirmar nada, a espada que levava era muito bonita e bem feita para um homem da onda carregar. O escorpião entrou no prédio. Hanshiro veio atrás com passos mais lentos.

A alguns metros dali, um samurai dragão vinha entrando no Bairro Administrativo da Cidade das Mentiras. Ele parecia um pouco perdido naquele lugar novo. Embora estivesse acostumado a viajar, nunca havia estado em uma cidade tão grande e diversificada. Mirumoto Ryukenzo olhava para todos os lados, sua curiosidade lhe chamava para tudo que se movia a sua volta. Haviam muitos heimin que nem olhavam para ele, ocupados com seus deveres. Os samurais que andavam pelo bairro eram de todos os tipos. Haviam muitos escorpiões e unicórnios mas ele podia ver grupos de caranguejos, leões e até mesmo um raposa andando descontraído pela rua. Após alguns minutos ele chegou na frente da construção. Era a prefeitura de Ryoko Owari, onde a reunião estava marcada.

Matsu Mariko Havia acabado de chegar de viagem, agora entrava na cidade. Os Heimin olharam para a enorme samurai-ko com um pouco de medo. Sua altura e aspecto eram amedrontadores para os camponeses. Alguns saíam do caminho de olhos abaixados, outros não escondiam o medo e saíam correndo. Para eles era novo uma mulher assim tão grande e portando espadas e com uma naginata nas mãos. Ela entrou pelo portão da cidade obstinada. Caminhou mais um pouco e chegou até a prefeitura. Vários samurais olhavam para ela, alguns com admiração e outros com curiosidade. Ela realmente era algo diferente do comum na cidade.

Os quatro samurai estava agora no salão principal. Muitos yojimbo passavam por eles patrulhando todos os cantos. Haviam muitos magistrados também e a grande maioria era do clã matis. Alguns minutos se passaram, os quatro se olhavam imaginando milhares de coisas até que chega um homem baixo e um pouco gordo usando um kimono vermelho com o mon dos Bayushi. Ele parecia importante pelo modo que andava e pela roupa que parecia muito cara. Ele se aproxima dos samurai e com uma reverência fala:

- O senhor Tsimaru-sama está pronto para ver vocês.

Haki logo reconheceu o nome, era Bayushi Tsimaru, governador da cidade. Hanshiro achava que já havia ouvido o nome antes mas não tinha certeza mas os outros não tinham ideia de quem era, só imaginavam que era alguém do alto escalão. Todos responderam a reverência e seguiram o homem. Ele conduziu todos a uma grande sala. Na porta estavam dois samurai escorpião totalmente armados. Os quatro entram na sala e o homem que os conduzia fechou a porta de correr logo atrás deles.

A sala era realmente grande, quase do tamanho do salão principal mas muito mais bonita. Um grande tapete vermelho cobria a sala, o tapete era decorado com diversos escorpiões, um diferente do outro. As paredes de papel da sala eram também decoradas com escorpiões mas as imagens pareciam contar uma historia que Haki logo identificou como sendo o famoso conto do Escorpião e do Sapo. Nas laterais da sala estavam vários yojimbo mascarados, pareciam prontos para agir. Ao fundo da sala estava Bayushi Tsimaru ajoelhado no chão com seu daisho ao seu lado e um yojimbo nas suas costas, Hanshiro achava que se tratava do homem mascarado que havia conversado com ele mas não podia ter certeza. Ele fez uma pequena reverência aos quatro samurai e mostrou a sala a sua volta com a mão convidando-os a sentar em uma roda.


Bayushi Tsimaru

Bayushi Haki se adianta e se ajoelha, se curvando.

- É uma grande honra ser chamado perante a presença de tão ilustre membro. Uma honra maior será ser útil ao sama.

Apenas acompanho os demais e sigo os protocolos de etiqueta adequados.

Apesar de sua aparência Hanshrio sabia se comportar em uma situação dessas. Então com toda etiqueta necessária, mas nada exagerado, o Kakita se encaminha até uma das posições. Seu olhar ainda permanecia baixo e escondido pelo chapéu.

Ao se sentar, Hanshiro retira sua espada e a coloca ao seu lado

Mariko se abaixa e inclina levemente o tronco enquanto olha diretamente nos olhos do anfitriao e fala
-è uma honra esta na sua presença Tsimaru-sama

- Konichiwa companheiros. Eu sou Bayushi Tsimaru, governador dessa cidade e servo do Campeão de Esmeralda, fico feliz que tenham respondido ao meu convite. Ryoko Owari Toshi é a maior e a mais gloriosa cidade do Império mas vocês conhecem a reputação da cidade como A Cidade das Mentiras. O contrabando e atividades ilegais inundam a cidade e isso tem sido dificil para mim. Devido as crises dos ultimos anos, e a guerra principalmente, a maioria dos magistrados são Mantis, eles encheram a cidade e isso não está me agradando. Alguns são muito corruptos e eu precisava de um grupo novo para manter a ordem. Por isso chamei vocês.

Ele fez uma pausa quando entrou uma serva trazendo chá. Ela serviu todos vocês e se retirou. Depois de tomar um gole ele continuou.

- Eu tenho pesquisado bem cada um de vocês, e todos vocês têm muito a oferecer. Vocês terão que aprender a confiar uns nos outros e confiar uns nos outros. Sei que muitos de vocês possuem algo contra o clã de um ou de outro mas deixei isso de lado, se não aprenderem a trabalhar uns com os outros, você vocês morrerão nessa cidade. Espero que tal coisa não aconteça; me custariam dias para achar outros magistrados tão
capazes quanto vocês e tal coisa seria uma terrível inconveniência para mim. - Ele sorriu friamente. - Vocês ficarão hospedados na Casa dos Magistrados. Alguma pergunta?

Haki só afirma com a cabeça.

- Não Senhor!

Hanshiro se mantinha calado tomando seu chá. A idéia de criar uma ordem e paz em uma cidade agradava a muitos, mas até onde isso era a verdade?!

Após a reunião vocês saem da sala com um sentimentos renovado. Parecia uma nova vida apartir daquele dia. Teriam que trabalhar duro para manter a cidade funcionando legalmente e tentar controlar a violência que era abundante.

Vocês são todos levados para a casa dos magistrados. O local está lotado de Mantis e apenas alguns magistrados de outros clãs podem ser encontrados. Vocês só tem 2 quartos para dividir, o resto esta todo em uso. Um servo levou vocês até a porta dos dois quartos.

[Se dividam nos quartos e já confraternizem um pouco]

- Uma Leoa e um Escorpião. Um Garça e um Dragão. Duas alianças fortes e duas rivalidades ancestrais. Vai ser uma honra e uma aventura trabalhar com vocês - diz Haki sorindo.

[olha, sou o cara mais simpático do grupo ^^]

-bem como voces podem ver eu sou a unica mulher por aqui,entao eu irei ficar com um dos quartos e voces podem dividir o outro
-Alguma objeçao quanto a isso?

- Não precisava nos remeter ao óbvio.

- Levando em conta que nos exércitos do Leão não existe esse tipo de separação, acho desnecessária aqui. Achei que era uma guerreira.

Quando todos estão prontos para arrumar suas coisas nos seus quartos, aparece um grupo de jovens mantis. Eles levavam o mon dos magistrados como vocês. Andavam de uma forma descontraida e pretenciosa. Pareciam os donos do local. Hanshiro reconhece eles como os mesmos que apareceram no caso do assassinato da mulher.

- Seguinte novatos, vamos pegar um dos quartos de vocês. Como bons samurai, não precisam de dois quartos. Dividam um deles entre todos.

Todos os outros riam do que o "chefe" falava.

- Está certo disto Irmão Mantis?

- Talvez sua brincadeira descontraida possa lhe causar inconvenientes futuros, que podem ser resolvidos com uma melhor reflexão dos fatos...

Hanshiro seguia os demais conforme ia sendo guiado. Suas preocupações recaiam sobre a cidade e seu trabalho. Não no que estava acontecendo no momento.

- Não faz diferença. - Diz o Kakita se dirigindo a um dos quartos.

Os samurais ficam sérios de repente. Parecia que eles queriam avacalhar com os novatos mas nenhum dos novos magistrados parecia se importar. Irritar as pessoas sem elas darem bola não tinha graça.

- Ok, podem ficar com os dois quartos...

Eles ainda ficaram olhando vocês com olho torto.

Logo apos eles terem saido Mariko-chan vai entar no quarto que o Kakita nao tinha escolhido

- Bom, vamos nos acomodar então.

Haki olha para o dragão esperando apontando para ambos os quartos com cara de interrogação.

Dou com os ombros e entro no quarto com o Garça.

Haki vai para o quarto da leoa.

Ru-In Tori-Tora

Ru-In peregrinava por Rokugan em busca de iluminação. Um samurai do clã escorpião, de alguma maneira, conseguir encontrar ele nas bordas do território do clã. O samurai lhe entregou um convite para ser Magistrado e ele aceitou. Após alguns meses como magistrado de Ryoko Owari, ele foi instruído a se juntar a um grupo novo de magistrados e investigar um desaparecimento de algumas pessoas nobres da cidade.

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Vocês acordam de manhã após uma noite fria mas agradável de sono. Haki havia dormido no quarto de Mariko e os outros dois samurai dormiram no outro quarto (fiquem livres para descrever ações noturnas). Abrindo as janelas vocês podem ver que a neve de ontem parou de cair e o sol parece estar derretendo o que foi acumulado no dia anterior. Apesar do sol, ainda está frio e todos se vestem com kimonos de inverno e saem para a rua.

Um servo vem até vocês quatro com um pergaminho. Ele faz uma reverência quase até o chão. Atrás dele vem um samurai caranguejo beirando a meia idade carregado de armas. O servo então começou a falar:

- Senhores, Tsimaru-sama mandou eu entregar isso a vocês.

Ele entregou um pergaminho. O pergaminho indicava onde ficava a residência dos quatro nobres que haviam sumido na noite anterior. A missão de vocês era investigar esse desaparecimento.

Haki dormiu na paz e silenciosamente, dando apenas um polido boa noite para a companheira de quarto.

Após o servo se apresentar, Haki lê o pergaminho e repassa para os companheiros.
- Devemos começar cedo. - ele se vira para o caranguejo - e você samurai-san?

Ru-In com sua armadura completa vestida (como sempre ele a mantém) e o grande Tetsubo nas costas faz um abaixar de cabeça para os outros magistrados.

-Sou Hida Ru-In, não é necessário que se apresentem, o jovem (olhando para o servo) já me colocou a parte de seus nomes e, não sei quanto aos senhores, mas pretendo descobrir o responsável por esses sequestros e puní-los como os vermes que são.

A face de Ru-In tenta demonstrar sua natureza rude e prática.