Nûr - Rascunhos do Göl

Bom, olhando os rascunhos do Jerry me deu vontade de passar pra cá um resumo dos rascunhos de um cenário que eu tenho em mente ha anos, mas que nunca vai pra frente. O pessoal que participava do Silicon Dragon deve se lembrar de alguma coisa.

Repetindo: Trata-se de um resumo dos rascunhos (do que eu ainda lembro).
________________________________________________________________________________________

Nûr

Nûr é apenas uma pequena parte de um continente no mundo conhecido como Kryzmor.
A origem de Kryzmor é geralmente atribuida a uma lenda na qual um incomensurável e faminto dragão primordial, - de mesmo nome, - vivia a devorar as estrelas do infinito.
Quando o dragão tentou devorar o sol, fracaçou. Tão cansado e faminto, Ele devorou a si mesmo pela cauda e deu origem ao mundo de Nûr.

-----------------------
Reinos de Nûr

Arthreald;
Berkare;
korstash;
Werthal;
Szallezar (Desert);

-----------------------

Deuses de Nûr

Aznaghûl - Deusa da Morte;
Il'Askel - "A Grande Mãe"; "A Deusa-Mãe";
Myrkstul - Deusa da Magia;
Mashaki - Deusa da Natureza;
Skorth - Deus da Guerra;

------------------------

NPCs de Nûr

Zurgzûl - Rei Orc

Tem como desenvolver melhor a ideia de como um dragão se devora e tal ato cria algo?
Só para eu entender como um cidadão encara a lenda de criação de seu mundo...

Pra que deuses se tinha o dragão?

@Exar: Ninguém disse que o povo sabe como se originou o mundo, talvez?

@Sig: Pensei na mesma coisa...
------------
Interessante, a primeira coisa que me veio à mente com esse dragão que se come pela cauda foi Ourobouros. Porque será, hein...? xD

Mas então, a "Deusa Mãe" é tipo Gaia, presumo?

Ah vei, ele falou que era lenda. Então eu assumi que...

Sou muito chato com nome parecidos com outros nomes de mídias parecidas, pois é inevitável a comparação.

@Sig: Eu tinha um conto no Silicon Dragon no qual eu explicava direitinho esse conceito. Gostaria de saber se aquele fórum ainda existe, pois eu poderia dar um ctrl+c/ctrl+v.
Mas se não estiver, eu tento reescrever quando possível.
Mas basicamente, niguém sabe explicar ao certo como o mundo foi criado. Por isso acreditam na lenda e a aceitam como uma verdade.

Por enquanto dá uma olhada logo aki em baixo:

@Exar: Antes do Dragão existir, haviam dois Deuses: Il'Askel (A Lua) e _________ (O Sol). Eles periodicamente se encontravam no infinito e criavam as estrelas. Porém certa vez, ambos criaram Kryzmor, o Dragão.
Esse por sua vez, passou a destruir tudo o que Il'Askel e __________ criaram antes do seu surgimento.
Quando Kryzmor devorou-se, os dois Grandes Deuses viram que havia uma oportunidade de criar um mundo a partir do corpo do Dragão Primordial. Por isso deram origem a "X" filhos que se responsabilizariam pela Origem da Vida em Nûr. Em sua maioria, nessa época, nenhum deus era maligno de fato, mas a inveja, a ganancia e a vontade de agradar os Grandes Deuses fizeram com que mudassem seus alinhamentos.

@Gun: Pode me dizer sobre o que tu te refere?

Szallezar - Um Nome de um Dragão em aTormenta
Aznaghûl - Senhor dos Anéis
Myrkstul - Divindade de Forgotten
Skorth - Raça do Reinos de Ferro


Que saladinha mista gostosa...

AH, DOIDO GOL.

Gun Hazard escreveu:Szallezar - Um Nome de um Dragão em aTormenta
Aznaghûl - Senhor dos Anéis
Myrkstul - Divindade de Forgotten
Skorth - Raça do Reinos de Ferro


Que saladinha mista gostosa...

Szallezar e Skorth - Eu juro que não sabia. Eu nunca li RF e odeio Tormenta. Bom que tu tenha me dito, pois assim posso mudar.

Aznaghûl - Bom, esse eu me inspirei em SdA mesmo. Não nego.

Não lembro de uma divindade chamada Myrkstul...

Nomes parecidos a de Forgotten por exemplo é Myrkul.

As outras a mesma coisa são nomes parecidos, você só acrescentou umas letras nos nomes...

Ah, saquei, mas é só isso mesmo.
Talvez eu mude o nome de Szallezar, pq é o único com um "link" com tormenta.

Eu não lembro desse dragão chamado Szallezar.
Mas até aí, eu não fixei muita informação do cenario na minha mente. XD

Então, Göl, eu me lembro do cenário. Mas, se você me permite, gostaria de fazer duas perguntas:

1) Qual a proposta do cenário?* Isto é, que tipo de campanhas você espera ter aí? Eu sei que "fantasia medieval genérica" poderia responder, mas Forgotten Realms e The Shadow of Yesterday possuem propostas muito diferentes, apesar de ambos serem alta fantasia medieval.

2) O que seu cenário faz de novo?

A verdade é que até agora eu só vejo plot, não situações. "O feiticeiro José acorda de um sono de centenas de anos para notar que seu amuleto mágico fora roubado. Ele envia suas hordas de mortos-vivos para perseguir o ladrão, pois o amuleto possui o segredo X". Isso é uma plot. "No meio de seu sono, vocês acordam e notam que a casa em que estão está cercada por mortos-vivos. O que vocês fazem?" é uma situação

O sistema é D&D, eu presumo. Provavelmente 4e. A escolha do sistema já diz um bocado sobre o tipo de jogo que você busca. Cenário não diz muito. É possível fazer um jogo político, um de terror, um de bizarrice pós-moderna ou um de dungeon crawl no seu mundo. Mas saber o que você quer te ajuda a focar os seus esforços.

@Slash:

1) Fantasia medieval genérica. Basicamente FR e Greyhawk. A proposta é ser um cenário de one-shtots, visto que para campanhas mais longas geralmente uso Eberron ou FR.

3) Não trás grandes coisas não. Não é a intenção criar um "cenário comercializável" nem muito inovador. É pra ser um cenário próprio, de uso pessoal e de alguns amigos e conhecidos, da maneira que eles acharem melhor.

O Sistema é D&D 4ed., mas algumas notas possibilitam a adaptação para 3.x.

Tive uma insônia essa noite e um acesso de criatividade, então resolvi escrever um pouco sobre meu cenário.

Os Deuses de Nûr

Nûr é um lugar de crenças variadas. A maior parte de seus nativos é politeísta e venera cada divindade de acordo com a ocasião apropriada.

Algathor, O Pai de Todos os Deuses, O Astro Reluzente, Aquele que Brilha Acima de Todas as Outras Coisas, é o responsavel pela Criação em conjunto com Illaskel. Representado pelo Sol, Algathor O Bondoso, é deus da vida, da proteção e da justiça. Sob seu calor a vida é
possível; sob sua luz, toda a ameaça se desfaz e toda injustiça se revela. Seus sacerdotes, sempre homens, são bondosos e combatem a
injustiça e o mal onde quer que ele esteja, espalhando assim a luz de Algathor a quem necessita. Seus belos templos são encontrados
nos mais diversos lugares, e construidos de maneira que a luz do sol adentre e permaneça visível em seu interior o máximo de tempo
possível. Mesmo durante à noite, graças à tochas e lanternas, os locais de veneração permanecem sempre muito bem iluminados. O Símbolo
sagrado de Algathor é um sol nascente geralmente feito em ouro.

Aznagûl, O Guardião do Submundo e o Ceifador das Almas, é o Deus da Morte de Nûr. Filho de Makashi (ver adiante) e Skorth, Aznagûl
ao nascer teria rasgado o ventre da mãe pondo um fim à sua vida. Irado, Algathor condenou Aznagûl ao exílio no interior de Kryzmor,
onde este construiu seu próprio "império". Maligno, Aznagûl roubou o Pingente de Mirkstul e, do sangue do Dragão Primordial, no
interior da terra, ele criou os primeiros diabos e demônios, seus serviçais que vivem a tentar os mortais, trazendo mais e mais almas
ao Submundo, onde Aznaghûl pretende criar um exército capaz de afrontar e derrotar a todos os deuses. Seus templos são praticamente
inexistentes ou pouco conhecidos, geralmente escondidos em cavernas e masmorras, onde seus seguidores podem realizar seus rituais
profanos sem serem vistos ou incomodados. Seu simbolo sagrado é uma Foice sobre um Crânio.

Illaskel, A Deusa Mãe, Aquela que brilha no céu da Noite e A Dama dos Mistérios é a Mãe de Todos os Deuses; A Lua no céu noturno de
kryzmor. Illaskel é atualmente uma deusa neutra, distante, porém, sempre presente. Ela é a responsável pela Criação junto à Algathor.
Venerada por muitos druidas e elfos, Illaskel criou os Pingentes das Estrelas, composto pelas estelas mais brilhantes do infinito, às
quais ela imbuiu com os seus maiores poderes, Magia e Gênesis, que mais tarde viria a entregar à Mirkstul e Mashaki, as Deusas Gêmeas
(suas filhas favoritas). Nos dias atuais, o nome de Illaskel geralmente é invocado quando segredos devem ser mantidos sob um pesado
manto de ocultação e, jamais devem ser revelados. Seus templos e locais de adoração são simples, encontrados ao ar livre, geralmente
sobre pequenas montanhas e colinas, onde se erguem misteriosos monolitos rochosos circulares. Suas sacerdotisas, sempre mulheres, são
raras, mas seus veneradores são muitos. Seu símbolo sagrado é uma lua crescente em prata.

Makashi, A Terceira Irmã é uma deusa morta. Irmã gêmea de Mirkstul e Mashaki, Makashi teve um filho com Skorth, chamado Aznagûl. Ao
dar a Luz a esse filho, ele teria rasgado o ventre de Makashi e posto um fim à sua vida. Makashi não possui templos ou sacerdotes,
sendo citada apenas nas Lendas da Criação de Nûr.

Mashaki, A Mãe Natureza e a Guardiã do Gênesis, Mashaki é uma deusa neutra, porém bondosa. Segundo às lendas, Mashaki teria recebido
de Illaskel o Pingente do Gênesis, e com a permissão e ajuda de Algathor, teria dado origem às plantas e animais que se encontram hoje
sobre o solo de Nûr. Mashaki é representada de diversas formas e seu culto é pouco organizado e muito variado. Por vezes ela aparece
como um grande Lobo Azul, um forte e poderoso Rubro Urso, um imponente Leão Albino ou uma sublime Àguia Dourada, entre muitas outras
representações, que dão nome às tribos do Norte, seus maiores adoradores. Mashaki é associada não apenas à natureza e aos animais, mas
também à prosperidade e fertilidade. Seus locais de adoração são simples e, encontrados ao ar livre, muito similares aos de Illaskel,
porém em lugares mais afastados e também ao longo de estradas, onde viajantes podem pedir proteção e bons ventos ao longo da jornada.
Irmã gêmea de Mirkstul, suas relações são neutras, mas sempre dispostas a alianças em casos mais graves.
Os símbolos sagrados de Mashaki variam de acordo com a representação em questão, mas geralmente são talhados em madeira ou esculpidos
em pedra.

Mirkstul, A Senhora da Magia. Mirkstul, uma deusa com tendência ao caos, é a portadora do Pingente da Magia, criado por Illaskel, e
dado a Ela como presente pela Dama dos Mistérios. Através do Pingente, Mirkstul aprendeu, criou e ensinou a magia a seus Irmãos e
primeiros sacerdotes mortais. Estes por sua vez, encorajados pela Deusa da magia, repetiram o processo ao longo das eras, repassando o
conhecimento adquirido a todos aqueles interessados em aprendê-lo. Os templos de Myrkstul mais se parecem com bibliotecas gigantes,
rodeadas por magia por onde quer que se ande. Servos invisíveis realizam o trabalho àrduo, equanto penas escrevem sozinhas, tomos
flutuam e algum feitiço lê em voz alta o que quer que sê aquelas palavras incompreensíveis, sendo que os sacerdotes de Mirkstul são
facilmente confundidos com magos e feiticeiros. Seu símbolo sagrado é um velho Grimório Negro sobre o qual, uma estrela dourada adorna
a capa em baixo relevo.

Skorth, O Destruidor, O Mestre da Guerra e O Senhor das Tempestades é o deus da guerra de Nûr. Geralmente representado nas Lendas
Nurianas como um poderoso gigante empunhando um martelo de guerra, cujo tamanho é proporcional à sua força. Ele é rival de Mashaki,
assim como seus templos e sacerdotes. Ao contrário da deusa da natureza, embora não seja maldoso, mas sim caótico, Skorth é associado
à destruição, à devastação e aos eventos climáticos catastróficos como tempestades e terremotos. Dizem que não há nada que Mashaki
crie que Skorth não destrua. Assim como Skorth, seus sacerdotes geralmente não tendem à maldade, mas sim ao caos. Geralmente são
militaristas, individualistas, e acreditam que somente os realmente fortes podem sobreviver a tudo e a todos. Facilmente encontrados
em sítios de guerra, espalham esse dogma por onde quer que passem. Os templos de Skorth mais se parecem com torres de vigia ou
fortalezas muradas prontas para um conflito iminente, que realmente um lugar de veneração. Seu símbolo sagrado é um martelo de guerra
sobreposto a um escudo circular vermelho.

Aceito sugestões sobre os "deuses que faltam".

Achei que alguém já ia ter comentado algo.

Eu juro que comentarei, mas, no momento, não me vejo com ânimo para ler.
Oque quero dizer é, não é que esteja ignorando vossa criação, é só que não me convém lê-la no momento atual.

Ok, compreendo.

Na verdade todas as divindades são facetas do anseios, medos e desejos dos seres humanos.

Lembra da frase:
"Nós criamos deus!"

Ela é verdade também para os jogos de RPG. Um individuo pode sim escolher uma divindade que mais se assemelhe ao seu modo de pensar, ou como nos casos mais autruistas, a que o mais o desafie a ser uma pessoa melhor (mas estes são Raros e geralmente seriam os personagens jogadores)

Ou seja cada grupo religioso irá criar a "Sua visão de deus" de acordo com o que acha valoroso ou certo.

Exemplos:
- os Vikings acreditavam que era valoroso morrer lutando então só assim se conquistava o Vahalla.

- a Igreja Universal atrai os avarentos com promessa de ganho monetário, dentro deste conceito é justificavel "dar dinheiro para deus para receber dinheiro de deus". A pregaçao é no sentido de "se você está na nossa igreja você está certo. Se algo der errado na sua vida é ou porque você não está dando o que deus (e o bispo) merece ou porque alguém fez macumba contra você".


Sobre estes aspectos cada grupo tem a religião que merece (isto mostra o quanto nossa sociedade atual é mediocre).

Se você acha que todas estas que você apresentou cumprem bem o seu papel para representar todas as facetas gerais da sua sociedade ficticia então está tudo completo.


Minhas dicas finais são:
- Deixe espaço para a criação de divindades menores, pois sempre você pode descobrir aspectos importantes que você pode ter esquecido.
- Leia "Isto és Tu" do Josef Campbell
- Assista o documentário "O poder do Mito" do mesmo autor anteriormente, tem no youtube.
- Pense na possibilidade de grupos diferentes enxergarem a mesma divindade de formas completamente diferentes, como por exemplo Católicos, Judeus, Evangelicos e Mulçumanos que incrivelmente acreditam no mesmo deus....

Mas tu leu o texto acima? O que tu achou?

Achei que faltam muitas das representações possíveis.

Como disse as facetas dos seres humanos são variadas de culturas, locais, tempo, entre outros.

Estas Divindades como você coloca não seriam suficientes nem para descrever uma crença em um local pequeno como a Grã-Bretanha.

Por exemplo quanto mais velho for um lugar maior o numero de "deuses mortos" ele terá uma vez que velhas crenças são substituidas por novas que melhor se adaptam aos conceitos atuais.

Isso aconteceu na Grécia, Roma e Egito antigos, assim como Babilônia e Suméria, assim como acontece também nos cultos cristãos atuais onde cada um enterra e desenterra conceitos "convenientes" a sua filosofia religiosa...

Mesmo que você queira que as divindades de seu cenário sejam "Reais" e atuantes elas vão ter representações variadas (a não ser que a divindade seja EXTREMAMENTE atuante ao ponto de fuzilar qualquer um que pregar uma virgula diferente do que ela impõe). Veja por exemplo os Reinos (Forgotten Realms) quantas gerações passam sem uma nova divindade aparecer ou outra sumir? Mesmo para divindades com milenios de vida, nada é estático.

Então gun, esses deuses aparecem de vez em quando.
Skorth aparece para afundar uma ilha, mas depois some por centenas de anos.
Então pode-se dizer que os deuses são atuantes, mas muito pouco.
São mais ou menos como aqueles chefes que só saem de suas salinhas quando dá uma merda muito phoda.

Tbm existem alguns poucos semi-deuses, ou melhor, mortais com poder divino. Porém não quero que eles fiquem sempre disponíveis no cenário, então eu dei um jeito de "sumir com eles".

Ex: Syrix é um npc do meu cenário. Trata-se de um "deva", que após pactos demoniacos, deu origem aos "tieflings" de Szalezar (o deserto à sudeste) e sua sociedade hierarquicamente dividida em castas. A casta mais alta é formada por sacerdotes que veneram Syrix como um deus e, embora ele não o seja, seus sacerdotes recebem suas magias devido à fé que possuem.
Nos últimos anos, Syrix desapareceu. Boatos dizem que o demônio com o qual o pacto teria sido feito estaria morrendo ou aprisionado, e Syrix com isso estaria perdendo seus poderes, por isso o mesmo teria ido ao inferno ter com seu mestre.