Segredos da Magia [Jerry12345]

Supostamente deveria haver, em algum lugar da cidade de Rahkburg, um grande mago com incrível conhecimento e domínio sobre as artes da necromancia. Mas, além dessa suposta existência, Haullo estava num poço de ignorância. Como anoitecia, entrou numa taverna aleatória que encontrou no meio do caminho. Não tinha a menor idéia de onde procurar e o melhor jeito provavelmente era perguntar para quem ali vivia. Ainda estava encapuzado, embora tailoxes aparentemente fossem aceitos naquela cidade, não queria que ninguém desocbrisse sua ligação com a necormancia assim, de graça.

Assim que entrou na taverna se deparou com um grupo um tanto asqueroso de humanos embriagados ao nível de suas faces róseas aparentassem ser tomates. Com suas vozes amarradas, roucas e muitas vezes incompreensíveis, cantavam, berravam e riam. Sobretudo, seus trajes e adornos sugeriam que se tratava de um grupo de certa nobilidade, apesar do comportamente certamente ignóbil.

Haullo apressadamente locomoveu-se para um assento próximo ao balcão do lugar, a fim de não chamar a atenção dos bêbados: não queria, de forma alguma, problemas com nobre nenhum. Passou os olhos pelo lugar e viu somente mais um cliente: um homem razoavelmente grande e parrudo encapuzado, escondendo seu rosto e corpo sobre vestimentas, sentado numa mesa num canto afastado da taverna.

Surepeendeu-se em um pouco, mas em meros instantes a taverna começou a lotar-se. Humanos entravam em comboios e lotavam mesas. Por entre as pessoas comuns do lugar, destacaram-se a presença de um anão não muito amigável, que sentou-se numa mesa adjacente à do homem encapuzado. Por fim, entraram no estabelicimento ainda mais uma figura misteriosa e encapuzada, seguida de um grande e forte Juban.

Havia gente o suficiente ali para conseguir informação. Só restava saber quem e como iria abordar.

O dono da taverna ora!

Haullo se aproxima do aparente dono da taverna, que já estava um pouco ocupado com a chegada repentina de tantas pessoas. Ele espera receber atenção e fala em voz baixa - Eu vou precisar de um lugar para passar a noite, e você teria alguma informação sobre onde eu poderia encontrar os magos da cidade?

- Nos pisos superiores funcionamos como estalagem, logo, está com sorte, amigo. - Disse o homem, do outro lado do balcão, roçando a grande barba ruiva que cultivara ao longo de, aparentemente, muito tempo. - Poderá passar a noite aqui por um preço especial, já que, graças à esses Löt malditos, nobres filhinhos-de-papai que nada fazem além de perturbar, ninguém mais quer ficar na nossa estalagem. Quanto à esse papo de magos, eu não sei muita coisa não. Talvez seja melhor você se informar numa das lojas especializadas em magia da cidade, posso te indicar à uma ao amanhecer, caso queira.

Um dos nobres berrava indelicadamente para que a taverneira o atendesse logo, oque lhe rendeu um olhar frio e ameaçador do dono do estabelecimento, mas o indivíduo pareceu não se importar ou talvez sequer perceber.

-Sim... obrigado

Haullo sobe as escadas e arruma suas coisas no quarto, fazendo uma oração para sua irmã e indo dormir

Haullo entrou no pequeno quarto da estalagem. O cômodo era apertado, a cama e o armário ocupavam quase todo o espaço prático do lugar. Organizou rapidamente as poucos posses que tinha dentro do armário e fez bom proveito do supreendentemente confortável colchão da cama.

Viajando à pé, fazia algum tempo que não dormia numa cama fofa e aconchegante, muito menos sob um teto seguro. Ou melhor, supostamente seguro.

Ofereceu um prece para sua finada irmã, observou o límpido céu pela janela e logo deitou-se ao leito de Morfeu.
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Foi acordado por uma voz incrivelmente familiar. Sentou-se na cama e se viu no apertado quarto da estalagem, ainda.

Estava um dia claro do lado de fora, o céu azul resplandescente trouxe um vigor há muito esqueçido por Haullo. Ao lado da janela estava sua irmã, exibindo um largo sorriso no rosto.

- Está acordado? - ela disse, suave e doce. - Você prometeu que me levaria para fazer compras hoje! Eu sempre sonhei em visitar a cidade grande... o ar daqui é diferente.

-Como?!? Oque?!? - Haullo esfrega os olhos relmente não acreditando no que vê - Logo depois ele rapidamente abraça a irmã e com lágrimas nos olhos diz - Claro irmãzinha, onde você quiser - logo depois arrasta a garota escadas a baixo indo em direção da cidade

Feliz como nunca, Haullo correu escadas abaixo, segunrado e puxando sua irmã pelas mãos. Saiu da taverna e foi às pressas ao mercado, onde poderia cumprir a suposta promessa que fizera à sua querida irmã.

- Ei, mano... - ela parecia um pouco receosa. - Eu tô com fome, vamos comer alguma coisa?

A situação monetária do tailox viajante estava supreendentemente boa: ele tinha muito mais peças de ouro em sua algibeira do que se lembrava de ter. Quase uma centena de moedas compunham suas atuais reservas econômicas. Isso significava que eles poderiam comer do bom e do melhor sem a menor preocupação: sobraria muito dinheiro do mesmo jeito.

Sua irmão encontrou um restaurante aparentemente caro, mas deveras atrativo. Uma imponente casa de madeira, as grande portas com imagens decorativas gravadas.

- Vamos comer aqui, vai? - ela fez a melhor cara de pidona que conseguiu. - Por Favor...?

No entanto, outra coisa chamava a atenção de Haullo. Do outro lado da rua, alguma coisa havia atraido uma multidão aparentemente razoável. Talvez uma apresentação de circo ou coisa parecida.

Haullo ignora a comção no outro lado da cidade e se volta para o restaurante

-Claro! Tudo o que você quiser

Od dois adentraram o estabelecimento.

Um salão grandioso decorado com cortinas e panos avermelhados era lotado de mesas. O lugar estava estranhamente vazio, no entanto. Nenhuma alma no lugar.

Logo foram atendidos por uma taverneira tailox que entrou por uma porta do lado oposto de um balcão. Haullo constatou, mesmo que por alguns instantes, que ela era um tanto bonita e elegante.

- Sejam bem-vindos ao meu humilde restaurante. - Ela sorriu. - Por favor, sintam-se à vontade para escolher uma mesa, estamos com uma clientela baixa hoje.

Embora aquele "baixa" fosse na verdade eufêmico, e o termo correto seria "nula", a irmã de Haullo não hesitou em se sentar na primeira mesa que alcançou.

- Oque vocês vão querer? Alguma idéia? Que tal o especial de hoje? Temos um assado especial de porco! - A jovem tailox sabia fazer propaganda, inegavelmente. - É uma delícia!

["É uma delícia" graaande propaganda]

-Hoje vamos comer tudo que minha princesinha quiser, vamos! Qualquer coisa!

[Concordo. Embora não seja grande coisa, já vi bem piores xD
E outra, se você quiser definir um nome pra sua irmã, eu agradeço ^^]

Logo sua irmã havia terminado de pedir tudo o que ela aparentemente planejva comer, você ouviu alguém entrar no estabelecimento.

Olhou rapidamente e notou um humano alto e esguio, que vestia um manto escuro sobre o corpo. Sua cabeça à mostra explicitava sua calvidade. Ele calmamente falou alguma coisa com a taverneira e se aproximou de sua mesa.

- Seria um incômodo se eu me sentasse aqui? - ele perguntou, cordial. - Tenho algo importante para discutir com vocês, Coldfang.

[Milla]

-Na verdade eu me importaria sim, se é realmente importante podemos conversar em particular, minha irmã está tentando aproveitar o almoço.

- Então venha comigo, o que tenho a dizer é de extrema importância. - O homem parecia estar falando sério.

Dito isso, o homem se afastou um pouco da mesa, e ficou ali, esperando que Haullo fosse até ele.

Haullo pede que a irmã espere um pouco e vai até o homem.

- Tenho algo muito importante para dizer-lhe, e diz respeito à minha vida. - Ele estava sério. - Sou um mago. Ilusionista e estudioso das artes necromânticas. O fato é que fui sequestrado por um grupo de mercenários e orcs. Posso oferecer oque você quiser, que estiver dentro de meu alcance, como recompensa pelo meu salvamento.

-Não obrigado, eu já tenho tudo que eu preciso, agora se me dá licença... - Haullo volta à mesa onde estava e continua a esperar a comida conversando bobagens com Milla

- Coldfang, - disse o homem, se aproximando novamente. - você não é tolo o suficiente para crer nesta situação, é?

O olhar dele era tanto triste quanto duvidoso.

Ele volta o olhar triste para a irma - *suspiro* Eu preferi simplesmente acreditar. De qualquer forma eu continuo sem motivos para te ajudar, apenas desfaça o feitiço por favor, é... deprimente

- Não esperava que a única pessoa da cidade que tenha a capacidade de me ajudar não tenha a capacidade de compreender oque posso oferecer. Eu sei oque deseja, por isso fiz esta ilusão. - Ele estalou os dedos. Vocês agora estavam em pé no meio de uma planície. Milla, desaparecida. - Eu posso te ajudar a trazê-la de volta, mas primeiro você deve me ajudar a escapar de meu aprisionamento. Você não tem nada a perder, tem?

-*suspiro* Não, realmente não. Onde você está?

- Estou sendo mantido como prisioneiro num acampamento deles. Eles se denominam Filhos do Escorpião. Este acampamento não fica muito longe de Rahkburg. - ele estava sério, suava um pouco. - Você deve procurar pelo capitão da guarda amanhã. Ele aparentemente está montando uma expedição de caça à esses mercenários.

-Certo, apenas me leve de volta dessa planície até a cidade e eu te ajudo.

- Não se preocupe. - disse, calmo, o mago, estalando novamente os dedos. Agora estavam de volta ao restaurante. Estranhamente, não havia mais ninguém no local. - Você ainda está em sua cama na estalagem, trata-se meramente, como já deve ter notado, de hipnoilludo, ou seja, uma ilusão que vive durante seu sono. Se há algo que deseja saber, pergunte agora.

-Apenas me diga onde eu posso encontrar o captão da guarda e quantos orcs existem no acampamento

- O capitão da guarda... Talvez você possa tentar na central da guarda da cidade...? - Ele suspirou, um tanto descrente. - E quantos orc tem aqui? Como você quer que eu saiba disso? Pelo que fiquei sabendo, os Filhos do Escorpião se uniram à uma tribo inteira de Orcs. Isso significa que devem ter dezenas deles aqui. isso sem contar os próprios mercenários humanos. Não tente, de forma alguma, atacá-los sozinho.