Resumo

Resumindo o jogo:

Essa é uma mesa de roleplay, se passando numa cidade portuária chamada Porto Blacksand, num mundo medieval hard e sujo. Magia existe, mas é rara e difícil. Clérigos q ganham poderes divinos são raríssimos, mas muitos sacerdotes estudam magia comum.
A região já foi muito violenta, Blacksand mesmo já foi um dos maiores antros de piratas do mundo, mas ela foi conquistada pelo Reino de Salomonis, que dominou toda a região por 200 anos(ela foi conquistada a 100 anos). Infelizmente, os últimos 25 anos foram de guerras constantes contra um exército de ogres e troll, comandado por gigantes. As raças da Ordem(humanos, elfos e anões) venceram, mas o preço foi a destruição de Salomonis e arremessar toda a região do reino num caos social. As maioria das grandes cidades eram cidades-estado antes do domínio do reino destruído, o que causa nesse época de reconstrução uma corrida para voltar as raízes independentes da maioria, apesar de todas terem se tornado extremamente dependentes da metrópole q não existe mais.

O jogo vai ocorrer quando pelos vários motivos do caos da Guerra, todos os postos do Conselho da cidade foram deixados vagos. No geral a cidade esperava mesmo uma grande mudança no pós-guerra, e está empolgada. O grande problema é que praticamente cada cidadão de Blacksand espera que a cidade tome um caminho diferente. De voltar a ser um paraíso pirata, a se tornar a capital de um novo Império Unificado.

A cidade era o maior porto da Allansia Norte, e do reino de Salomonis. Mesmo durante seus longos anos como paraíso pirata, ela era um nexo de comércio, sendo um porto ótimo para se atingir as cidades mais centrais no continente seguindo pelo Rio Bagre, velejas ao Sul para as cidades além do deserto dos Crânios, e especialmente irem aos portos ricos e lucrativos de Analand no Mundo Antigo.

Como uma cidade que sempre viveu do comércio, a interrupção desse durante a guerra e no pós-guerra(por muitos lugares não existirem mais para se comerciar com eles). A o único recurso da cidade são o pescado e o sal. Poucas fazendas em volta da cidade existiam, a maioria vinha de vilas mais afastadas, ambas foram praticamente destruídas nas marchas dos gigantes.

A população interna também foi drasticamente reduzida. A cidade que tinha vivido anos de prosperidade enorme após o domínio de Salomonis, tinha inclusive se expandido além das muralhas originais, hoje voltou ao seu tamanho e pobreza natural. A população busca soluções, os grupos de influência buscam usurpar o poder, e os malandros buscam vantagens. E todos os cidadãos acreditam que pertencem aos três grupos!

O conselho da cidade atua como autoridade absoluta em todos os assuntos. Durante o domínio de Salomonis, um governador apontado pela metrópole era superior ao conselho, mas depois da década inicial pós domínio, ele deixava o conselho trabalhar livre. Hoje o conselho é formado por novatos, testas de ferro ou simples marionetes dos joguetes dos poderosos. Ou seja, os jogadores! Eles precisam conciliar suas agendas, a dos aliados, e da cidade para sobreviver nessa nova época de perigo e conflito em Allansia.

O conselho é formado por 7 cadeiras, cada uma escolhida ou herdada de uma maneira diferente. Cada cadeira tem influência sobre um grupo e um distrito da cidade. A voz do conselho é absoluta, mas somente quando é unânime. Felizmente reza a tradição, que qualquer votação que tenha maioria simples, os conselheiros que forem voto vencido alteram seus votos para os da maioria.

Dentro do conselho não existe nenhuma hierarquia. Não existe um presidente ou secretário. O que costuma gerar muito caos. Toda segunda-feira é dia de reunião do conselho, que começa ao por do sol no palácio da cidade. Ausentes sempre votam com a maioria.

É tradição ocorrer 4 vezes por ano no lugar de uma reunião do conselho, uma audiência pública, onde todos podem fazer pedidos ao conselho, que vota na mesma hora sobre os mais variados problemas e assuntos. Também 2 vezes por ano a alta sociedade espeta uma festa, onde os convites são disputados a tapa, e grandes armações e alianças são formadas.

As cadeiras do conselho, que distrito representam e como são eleitas são as seguintes:

Cadeira da Moeda: É eleita entre os comerciantes da Praça do Mercado e do Distrito do Mercado. Para ser votado é preciso ter um estabelecimento comercial. Ela representa o Distrito do Mercado e o Laço.

Cadeira da Vela: É leiloada entre todos os capitães de navio e construtores de barco. Depois de adquirida pode ser vendida ou passada como herança. Para adquiri-la é preciso ter um navio ou um estabelecimento naval. Ela representa o Distrito do Porto.

Cadeira da Lotus: É herdada sempre entre as famílias nobres da cidade, que passam o tempo casando entre si e tentando garantir que as complexas leis de herança da cidade lhes dêem a cadeira. Normalmente a mais influente no ramo de entretenimento da cidade. Ela representa o Distrito dos Jardins.

Cadeira do Insenso: Eleita entre um voto dos sumo-sacerdotes de cada templo da cidade. Normalmente alguém que não seja do clero ou tenha um posto alto numa igreja, mas que vá representar os interesses da "classe". Ela representa o Distrito dos Templos.

Cadeira do Escudo: Escolhida entre os guardas da Cidade. O voto é popular, feito numa grande festa. Combates abertos ou furtivos são comuns entre os preferidos da multidão. Muitas fraudes e punhaladas são esperados durante a votação. Ela é responsável pelo Palácio da Cidade, que infelizmente foi praticamente todo destruído durante a guerra.

Cadeira do Peixe - A cadeira mais desprezada, eleita entre os pescadores. Normalmente muito influênte entre as classes mais baixas da cidade. Ela representa o Distrito do Mercado do Peixe.

Cadeira da Corda - Eleita entre os magistrados da cidade da cidade, que por sua vez são indicados pelo conselho. Então é a cadeira mais rabo-preso de todas. Pelo menos quando não rola uma renovação maciça do conselho... Ela representa o Distrito do Martelo, antiga Colina do Executor.

Todos os cargos são vitalícios, mesmo os que vêem de eleições. Corre a tradição q nenhum mal conselheiro dura mais de 5 anos.

Aqui vão alguns mapas da cidade(mais um monte de mapas de subterrâneos)

http://www.fightingfantasy.org.uk/BookofAtlan/BS-INDEX.html

As Famílias Antigas

Em Blacksand os "Nobres" sempre foram os ricos, que estão entre os primeiros colonizadores da cidade, e tiveram manhã e sagacidade para estarem por cima até hoje.

São basicamente endinheirados. Tem influência na maioria dos negócios da cidade, especialmente os negócios de alto nível, como jóias, especiarias, sedas, armas e dinheiro. Seu poder básico é grana, muita grana. Não existe um sistema financeiro com bancos e tudo mais, então eles são a fonte principal de empréstimos na cidade. Além da grana, eles tem terras. Uma enorme parte dos prédios e navios da cidade é deles, direta ou indiretamente.

Existem 3 famílias principais: os violentos Kobassi, os refinados Sturtz-Chenser e os exóticos D'Arrago. Além das 3, outras menores que são ramos das principais, ou menos antigas, dividem o poder. Os Stormfire por exemplo, tem lucrativos negócios voltados para o entretenimento, como treinamento de lutadores, escolas de teatro e casas de prazeres.

Guarda da Cidade - A Guarda da Cidade é um grupo recrutado voluntariamente dos cidadãos de Blacksand. A guarda constituiu de cerca de 200 homens e mulheres valorosos ou nem tanto assim. São divididos em 5 níveis. Recruta, guarda, sargento, tenente e capitão. cada Sargento é responsável por um grupo de 5 guardas e normalmente patrulha algumas partes da cidade. Cada distrito tem um forte da guarda, que é gerenciado por dois tenentes(o 1o e o 2o). Além disso 4 tenentes auxiliam diretamente o Capitão da Guarda. Recrutas são alistados em patrulhas junto com Guardas normais, normalmente de 2 a 4 recrutas. A sede da Guarda é/era no Palácio da cidade, mas a maior parte está destruída, e agora elas se dividem apertados nos 7 fortes pela cidade e nas guarnições dos portões.

Religião - A religião de Blacksand é confusa e violenta como a cidade. Existem 5 templos principais, e vários altares menores. O distrito dos templos está sempre cheio de desesperados e suplicantes, os sacerdotes passeiam para cima e para baixo pregando

Os cinco templos de Blacksand são:
Templo de Dalgalla - A religião de maior penetração na cidade. Dalgalla foi um dos primeiros fundadores da cidade, um marinheiro, e é considerado um homem santo. Sua gama de milagres passa por todos os aspectos da vida cotidiana. O foco da doutrina são as exigências do padroeiro em si e a própria cidade. Tem uma extenso e complexo corpo clerical, e seu templo é o maior da cidade.

Templo de Fourga - O templo do deus do Orgulho está sempre veio nos dias santos, e seus sacerdotes são especialistas em discursos cheios de fogo e enxofre. O povo comum da cidade acha uma religião muito "apropriada". Fourga é um deus guerreiro, sempre a caça dos pecadores. Sua doutrina ensina q o orgulho vem de dentro, e não pode ser confundido com arrogância. No seu grande templo abobadado, cultos menores a Courga, a deusa da graça e humildade, irmã e esposa de Fourga, também ocorrem.

Templo de Solinthar - O massivo templo ao patrono dos marinheiros pode ser visto de longe ao se entrar no distrito. Todo feito de marmore, conchas, coral e madeiras de velhos barcos, o templo é um dos mais poderosos da cidade. O sumo-sacerdote Yuro Furtha sempre abençoa os novos barcos ao serem lançados ao mar. Todos os marinheiros são devotos de Solinthar, e a maioria dos grandes barcos tem pequeno altares para ele. Oferendas em troca de boas viagens e sorte são comuns.

Templo de Sukh - O templo do deus das tempestades tem a forma de um enorme barco com suas velas cheias de vento. O mastro principal é uma fina e alta torre, onde um acólito chamado voz dos ventos reza altas preces toda noite. Desse mastro é lançada uma vítima abençoada como sacrifício todo ano. Sukh é um deus poderoso, e é venerado por muitos ricos que se identificam com seu poder. Não é um deus benevolente, tendo q ser acalmado com preces e sacrifícios para não despejar sua fúria sobre a cidade e os barcos.

Templo de Sindla - Deusa da sorte e dos destino, seu templo é modesto e simples, com apenas alguns afrescos de mármore e metal do lado de fora, e não mais alto q um prédio de 2 andares. Sindla foi uma deusa importada por Salomonis, que nunca conseguiu forçar uma presença forte de Libra, a deusa da justiça, filha de Sindla e patrona do Império. Já Sindla, foi rapidamente identificada com os jogos de azar e a vida cheia de riscos e jogadas do cidadão de Blacksand. Seus fiéis são em menor número, mas estão em crescimento desde q ela foi adotada na cidade. Após a guerra, o principal discursos dos seus sacerdotes é que a sorte favoreceu os sobreviventes, e é de obrigação de Blacksand agarrar o destino com as mãos.

Além dos cinco maiores, templos menores de Hydana(deus dos oceanos), Glatanka(deusa do sol), Libra(deusa da justiça), Lunara(deusa da lua) e Asrel(deusa do amor e da beleza). Templos subterrâneos e secretos de Kululak(deus da dor e do fogo do céU), Morte, Doença e Podridão(os 3 lordes negros) e Logan(deus da loucura e da neutralidade) são de conhecimento do público, mas ninguém sabe dizer onde ficam. Os templos conhecidos ficam todos no distrito dos templos, com exeção do altar a Hydana no porto do peixe, e do templo de Libra q fica no distrito do Martelo. Dentro da sede da guilda dos feiticeiros tem um altar elaborado a Hamakis, o deus do conhecimento.

A religião de Blacksand é bem simples e pragmática. A maioria das pessoas tem uma fé básica em vários deuses, normalmente nos que o domínio envolve susas ações do dia a dia. Quase todos prestam pelo menos votos não-praticantes aos 5 principais deuses da cidade, se preocupando em ir a dias santos e rituais sagrados de todos que puder. Especialmente se rolar festas. Os que veneram os deuses menores são normalmente menos ecléticos em suas crenças, venerando só um deus menor e mais um ou outro deus maior. Os maiores devotos(ou os devotos verdadeiros, dependente de quem fala) veneram apenas um deus, e ficam bastante envolvidos no dia-a-dia de sua igreja. Existe poucos conflitos religiosos na cidade, todos os templos se dão muito bem(pelo menos seus sacerdotes não tem restrições de tomar um vinho no fim do dia com os sacerdotes de outra igreja). O poder dos templos de eleger um conselheiro deu a eles vários benefícios, como isenção de impostos e capacidade de manter seguranças armados nos arredores dos templos.

No geral o povo da cidade é crente, independente da classe social. Eles acreditam nos poderes dos deuses e correm para eles no primeiro sinal de problemas. Mas o pragmatismo natural da cidade os faz mudar de deus muito rápido assim que se percebe que não se está tendo resultados imediatos. É comum um cidadão em aperto rezar toda noite(ou toda hora!) para um deus de cada vez, da maneira mais fervorosa, prometendo mundos e fundo, até ter seu problema resolvido. O último deus q ouviu suas preces é considerado o que o favoreceu e recebe os benefícios, doações e fé até o próximo problema.