1a Reunião

Se passaram 6 meses desde que Salomonis caiu. O reino que governou toda Allansia Norte por 200 anos não existe mais. Graças a valorosa ação de heróis, a ameaça gigante foi extinta. Apenas grupos solitários de ogres e trolls, os soldados rasos dos inimigos, ainda vagam pelas planícies. O frio do inverno começa a se abater, e o novo conselho de blacksand, o primeiro fora dos domínios de Salomonis em mais de 100 anos, é formado.

Blacksand é uma cidade complexa. Já foi a capital de um império antigo, já foi abrigo pra refugiados e párias, já foi paraíso de piratas, já foi um antro do Mal, já foi uma metrópole comercial. Agora é uma cidade acabada pela guerra. Metade de sua população foi morta ou fugiu. Todas as expansões alén da muralha original velha foram destruídas durante o cerco. Todas as vilas satélites que forneciam o grosso dos recursos básicos pra cidade foi destruída ou está seriamente danificada. Assim como o maior parceiro comercial, a metrópole Salomonis.

No momento a cidade passa por um turbulento período de transição. Poderes antigos que sofreram durante a dominação Salomonica estão se erguendo para voltar ao poder. Poderes que se mantiveram ativos querem se manter no poder. A população espera mudanças, sejam elas começar num novo reinado pirata ou tomar controle das cidades que sofreram com a guerra.

Os conselheiros são esperados nos escombros do Palácio da Cidade. A imponente construção centenária, mais da metade dela ruiu. O seu único morador atual é Joe Coxo, o castelão.

Joe Coxo trabalha como castelão para a cidade a mais de 40 anos. O velho deve ter uns 70 anos, o que é uma idade extremamente avançada. Ele manca de um ferimento horrível que teve na época de jovem. Dizem que já foi pirata, marinheiro, soldado e caçador de recompensas antes de se aposentar com um trabalho fácil de castelão.

Ele espera na porta da sala, um quarto do Palácio que ficou intacto durante o cerco, convertido em sala. No centro dele uma pesada mesa de madeira, e as 7 cadeiras, cada uma com o brasão da cadeira. Em frente a cada uma delas folhas de papel com o brasão da cidade, com informações e pedidos a serem discutidos na primeira reunião.

Colocando eles sobre a mesa está Fineas Silverfish. Um homem sisudo de olhar triste. O secretário do conselho. Responsável pelo trabalho burocrático e ajudas em geral para o conselho como um todo.

Fineas tem uma cara enrugada pelo sol e pelo tempo, mas é bem pálido devido ao trabalho como secretário nos últimos 10 anos. O que dá a ele uma aparência assustadora. Usa roupas sempre limpas e arrumadas, e carrega sempre várias sacas de papel e suprimentos vitalícios de tinta e penas nos bolsos.

Na entrada do castelo, uma mulher de uns 30 anos passa a vista nos guardas responsáveis pela segurança do palácio, um triste bando. Ela cumprimenta com cerimônia todos os conselheiros que chegam naquele primeiro fim de tarde de primavera.

Martha Songbird é a tenente mais velha da guarda, e assumiu o posto de Capitã da Guarda durante a guerra quando o antigo capitão morreu. O posto é provisório, e precisa da aprovação do conselho para ser mantido, mas ela assume a gerência das tropas nesse momento. Martha é uma mulher feia e bruta, com uma cara de poucos amigos e nenhuma vaidade. Tem uma carreira exemplar na Guarda, e conhece profundamente cada soldado, e é temida por todos os recrutas pelos seus castigos exagerados.

Sobre os portões, existem 5 portões da cidade, mas somente um deles é aberto e mantido depois da guerra. Os outros todos precisam de reparos ou foram barrados durante o cerco. O Portão Principal fica do Distrito do Mercado.

Todas essas informações estão nos papéis entregues por Fineas para cada conselheiro. Além desse existem pedidos.
1- Os comerciantes querem menos impostos
2- As famílias nobres querem muito menos impostos
3- Os pescadores querem mais recursos.
4- Os marinheiros querem uma nova tabela de preços para o porto, e reformas no mesmo.
5- O povo em geral quer jogos mortais na arena.
6- A guilda dos feiticeiros solicita uma audiência.

Kaliel entra na sala. E se posiciona em sua cadeira, pondo-se a ler os papeis entregues por Fineas.

- Fineas, gostaria de saber em quanto estão as taxas de impostos e quanto temos de recursos disponíveis. Tenho que pensar em como aumentar o moral da cidade nesses tempos de pós guerra. - digo sem desviar o olhar dos papéis.

- Joe, poderia providenciar uma jarra de água fresca para beber? O dia está quente. E teremos muito o que discutir.

Allan entra na sala e senta em sua cadeira, ele lê rapidamente os papeis a fim de compreender melhor os temas a serem discutidos...

- Nenhuma novidade. É claro que sempre envolvera o dinheiro. Dinheiro é o que faz o mundo funcionar.

Roland cumprimenta todos pelo caminho e adentra a sala do conselho comprimentando com um aceno de cabeça todos os conselheiros j presentes. ele recebe os papeis e se arruma na cadeira para lê-los.

- impostos, recursos, tabela.... lutas na arena... feiticeiros? hmm... dia cheio. melhor esperar todos antes de propor algo.

Kehl vai entrando no palácio da cidade, com cabelo curtos e aparência comum. Meio afobado, ele abre as portas da sala do conselho e rapidamente vai até seu lugar

- Bom dia senhores, perdoem-me pelo atraso. O que temos em pauta hoje? - e dizendo isso vai lendo o papel a sua frente - Menos impostos para quem tem mais dinheiro. Engraçada essa forma de reconstruir uma cidade...

Sua face era fechada e mostrava preocupação no olhar

Kaliel, desvia o olhar das folhas com a pauta ao ouvir o representante do clero. Tenta se conter, mas...

- Espero então que não se zangue se instituamos taxas para as Igrejas, ao meu ver a única instituição que não paga taxa alguma mas recebe vários donativos de nossa sociedade, principalmente da parte da sociedade que possui dinheiro, meu caro Conselheiro. - diz com uma calma até debochada.

- Se cobrássemos alguma taxa das igrejas, poderíamos baixar os impostos das demais casas e até mesmo acelerar o processo de reformas... - faz uma breve pausa para em seguida dizer - Penso ainda, nobre conselheiro, que alguns, para não dizer todos, membros da guarda clerical deveriam responder ao Conselho de Defesa não à igreja meu caro. Porém como disse isso é um ponto de vista pessoal.

Levanta então a cabeça observando a reação dos outros na sala. E conclui:

- Não convém ao caso discutirmos sobre a necessidade da igreja possuir um braço armado hoje, pois temos outros assuntos a tratar, e precisamos pensar no melhor para Blacksand. E para mim o principal agora é que seja instaurada a Ordem pois sem ela não poderemos começar nada. Devemos preparar a reforma das nossas fazendas na região exterior as muralhas para o provisionamento de alimentos, e um festival para o aumento do moral dos cidadãos. Com isso ganharemos tempo e recursos para reconstrução do porto que aumentará nossos estoques de comida. Iniciando o processo de reconstrução pela área pesqueira.

Entro na sala do Conselho.

Na entrada cumprimento brevemente a Martha e procuro um local no canto para me encostar.

Um cheiro estranho se faz presente quando Eric entra na sala do Conselho. Uma mistura de peixe fresco com produtos para que não se perceba o cheiro anterior.

Eric é um homem bonito apesar de simples e não está vestido correspondentemente à situação.

Ao entrar cumprimento a todos, sento na cadeira correspondente e leio à demanda do dia como se procurasse alguma coisa em meio às palavras.

- Então finalmente nosso pedido de recursos chegou à pauta do Conselho. Espero que entendam que sem recursos nós vamos continuar sem barcos, e, por conseguinte, sem comida. Nós não conseguimos pescar à nado.

Ao passar os olhos novamente com mais calma sobre as reivindicações exclamo:
- Há! Há! Que os nobres paguem mais para que possamos comer! - entonando uma graça que esconde o nervosismo.

Faço um silêncio preocupado aguardando a reação dos outros presentes.

-Vejo que alguns partilham de pensamentos semelhantes aos meus. Quanto a forçada armada do clericato, devo inormá-lo nobre conselheiro, que não passam de duas dezenas responsáveis pela segurança dos sacerdotes. Meu antecessor já fez o favor de integrar o total do nosso imponente braço armado - diz isso com um tom de ironia - as forças da Guarda, como Martha pode atestar.

- Imagino que a criação de um fundo para a reconstrução da cidade, é a coisa mais interessante para pensarmos no momento. Os assuntos relacionados a impostos virão naturalmente a essa discussão, pois precisamos pensar de onde serão retirados os recursos e onde serão investidos os mesmos.

Dizendo isso, faz uma pequena reverência, dando lugar para que o próximo possa falar

- Vejam bem... Diminuir os impostos sobre os comerciantes seria, de certa forma, um investimento a longo prazo, pois com taxas menores, poderiamos controlar melhor os preços e movimentar mais mercadoria e capital. Sem duvida é algo dificil no momento atual, mas em tempos de crise sacrificios devem ser feitos. - diz Allan, calmamente - Para conseguir mais dinheiro para os cofres da cidade, seria importante movimentarmos não o capital interno, mas conseguirmos capital de fora. Talvez com maior investimento para o porto, possamos estimular mercado.

Ele então pausa para ouvir o que os outros tem a dizer.

- Volto a dizer que devemos, aumentar a moral do povo. Não cobrar mais taxas, devemos investir primeiro em um festival. Isso nos dará retorno certo. Vários homens sem pátria estão dispostos a lutarem por poucas moedas de ouro. Investiríamos 100 po para premiação e por inscrição nos jogos cobraríamos 10 pp. Faríamos um festival de um ciclo lunar. - faço uma pausa e continuo - E para o vencedor daríamos o prêmio em moedas de ouro ou um trabalho na nossa guarda.

- Os nossos artistas fariam as apresentações, com o valor natural que sempre pagamos. Durante os dias de festividade, uma parcela do que fosse arrecadado seria para a cidade. Digamos que 2/5 de tudo iria para as reformas primeiro do porto dos pescadores de água doce, sem ele não poderemos ter mais barcos de pesca, depois na região rural da cidade que foi assolada pela guerra.

- Acredito que desejam que a nobreza custeie a maior parte das reformas, deixando a cidade novamente como era. Pois bem caso custeássemos essas reformas seria justo que a partir daí estivéssemos com isenção de impostos por 20 anos e teríamos ainda direito ao retorno de nosso investimento na reconstrução da forma de 5% dos impostos recolhidos pela cidade durante 10 anos.

Levantando os olhos que estavam ainda sobre a folha:

- Amigo Kaliel, sinto que sua intenção é boa, mas qual seria a consequencia de não cobrarmos o imposto dos nobres durante 20 anos pós guerra? A resposta é simples, aumento abusivo do imposto ao Povo.
- faço uma pausa como que buscando palavras - E após esse período ainda teríamos que nos desdobrar para pagar 5% a mais de impostos que voltariam para seus bolsos? Essa idéia me parece um tanto quanto insuficiente.

- Todos temos que pagar da forma que pudermos. A cidade é de todos, o povo incluído. Todos os meus companheiros ficariam ofendidos em não ajudar de alguma forma a reconstrução da cidade. Apenas não podemos - e nem vamos - pagar a mesma quantidade que vossa senhoria, que tem - e bem sabe - melhores condições de arcar com despesas inesperadas.

- Vinte anos de isenção e ainda 10 anos tendo que pagar para quem tem muito? Interessante seu ponto de vista, já que isso tornaria a nobreza a maior credora da cidade. Não concordo com isso, a cidade deve ser reerguida com as próprias pernas, de maneira independente e sustentável.

- Em relação aos impostos dos comerciantes, sugiro que sejam taxados sobre o volume de negociações, e não de forma fixa. Afinal de contas, se não houver comércio, não há sentido em arrecadar tributos. E sim, uma pequena redução talvez, seja necessária por hora, para que investimentos possam ser gerados.

-bom, ja que entramos no assunto dos impostos, posso sugerir que comecemos pelos dois primeiros tópicos e nos dediquemos a um assunto por vez? sinto que algo vai ser perdido se ficarmos mudando de assunto. sobre a moral do povo, acredito que podemos cobrir esse ponto no tópico de lutas na arena, inclusive propondo alternativas.

-muito bem, sobre os impostos. antes de mais nada, Fineas você sabe me dizer quanto atualmente estamos taxando em impostos das casas nobres e dos comerciantes? acredito que mais do que se é valido ou não, é importante saber o quanto eles querem diminuir os impostos. se pudermos negociar um valor que não afete muito a cidade como um todo e satisfaça-os, podemos resolver essa questão de forma simples.

*faz uma pausa*

-eu pesoalmente sou a favor de diminuir um pouco a taxa dos comerciantes. nós podemos negociar uma troca: em troca de abaixar os impostos dos mercadores,seriam reduziriam em valor proporcional o preço de necessidades para pescadores e de um ou dois produtos mais consumidos pelos nobres. assim os nobres embora continuem arcando com o mesmo encargo, poderão gastar menos comprando as mesmas coisas, de quebra melhoramos um pouco a vida dos pescadores que precisam de recursos. os mercadores pagam menos em certos produtos mais vendem mais barato. até ai nenhuma vantagem. mais como tem outros produtos que são vendidos fora desse acordo, isso irá beneficia-los por terem encargos menores. o que acham?

- Meus caros, acho que ainda não se informaram bem, mas nós já custeamos praticamente tudo na cidade, afinal sempre somos nós que investimos mais, sejam nos negócios, nas igrejas, nos equipamentos para a guarda, e ainda ajudamos emprestando recursos a muitos dos nossos cidadãos, além de fazermos tudo isso somos taxados!

- Sempre que um cidadão vem até nós os ajudamos, se repararem nós não somos os maiores mercadores, mas sim os maiores consumidores da cidade. Nesse período de paz e prosperidade em que fazíamos parte do Reino de Salomonis, fez com que se esquecessem da nossa origem.

- Não somos nobres de berço, mas negociantes. Assim como todos os outros, excetuando a igreja. Não possuímos a terra como o termo nobre pode levar a crer, mas o capital que é investido nela. Parece que não se recordam que o primeiro porto fora construído com nosso incentivo.

- O que peço é viável sim. Estaremos investindo em 3/5 das reformas e precisamos de retorno, para isso. Que não seja 5% de retorno mas precisamos ter um retorno nem que seja de 1% a 2%, o que daria isso 150 po por mes para ser divido por todos os nobres. E de um período de carência para poder retornar a pagar as nossas taxas. Estou falando de arcar com mais da metade do custo das reformas. Que não poderá ser feita em 1 mês mas em alguns anos.

- Isso sem contar nos nossos empregados que também recebem seu salário mensal. Pensem, nós assim como os mercadores precisamos de incentivos para podermos investir na cidade. Senão todos nós iremos a bacarrota, e conosco a cidade.

- Roland meu caro, creio que tem uma boa visão de mercado, então irá me compreender.

-deixe me ver então se eu entendi corretamente sua proposta. você propõe que em troca da isenção durante 20 anos de imposto para todos os nobre mais 5% de todo imposto recolhido na cidade os nobres passariam a arcar com... seriam 60% dos custos de todas as obras feitas na cidade nos próximos 20 anos?

preciso colocar isso na ponta do lápis... precisaríamos saber primeiro quanto a cidade como um todo arrecada em impostos, quanto os nobres pagam por si de impostos e quanto precisamos para concluir as obras.

infelizmente suspeito, embora não tenha certeza, que o valor dos impostos cobrados a todos os nobres somados a um vigésimo de toda a renda da cidade se mostre um preço maior que o necessário para conclusão das obras...

-e enquanto a minha proposta, os nobres não estão interessados em pagar menos em alguns produtos de interesse?

- Seria bom então considerar as mercadorias mais consumidas pelos nobres.

-Claro. E a maior parte da população, que consome trigo, carne e peixes continuaria arcando com a carga que existe sobre esses produtos. Acho que ainda não perceberam que a sugestão do nosso nobre conselheiro visa apenas garantir o sustento de seus semelhantes para os próximos anos. E se uma peste ou uma fome ocorrer, quem garante que o auxílio vai chegar aos menos afortunados? Pois são eles que trabalham todos os dias para garantir que a maior parte da comida chegue a todas as mesas e foram eles que em sua maioria morreram na Guerra, para proteger suas belas mansões.

-Vocês acham que quantos pobres e quantos ricos eu enterrei durante a Guerra? Quantos que morreram tiveram ouro e flores em seu funeral e quanto tiveram apenas uma vala compartilhada com outros?

-Eis que são as minhas propostas: redução de impostos sobre produtos de necessidade básica, que afetaria a todos da cidade; Redução dos impostos sobre os mercadores e transformação dos impostos fixos sobre eles em impostos sobre o volume negociado; Manutenção dos impostos sobre a nobreza; Criação de um fundo para Reconstrução da Cidade, e partir dai, discutição sobre incentivos e recursos para pescadores, para o Porto, para as Muralhas.

-Vejam que estas propostas, acabam reduzindo as tarifas pagas por todos, incluindo a nobreza. Vejo ai a redução mais do que necessária para a sua classe, nobre conselheiro. Ainda sim, como disse que eram negociantes, também seriam afetados pelos impostos reduzidos aos mercadores, não?

-E antes que possam vir me falar sobre as riquezas do clero, só vos digo que tudo que os templos tem foi dado de bom grado por todos, sejam nobres ou não. E que muitas vezes os menos afortunados são beneficiados em forma de doação e de ajuda que os sacerdotes promovem a que necessita.

- Concordo com parte de seus argumentos. Produtos de necessdade basica devem estar acessiveis. Mas para tanto, gostaria de estar a par da situação na produção de alimentos. Diminuirmos o preço dos alimentos é uma otima ideia, mas e e quanto a escassez dos mesmos? A produção é suficiente para alimentar o povo?

-Se não for, talvez seja necessario investir na produção. Precisamos definir as prioridades, e para tal, precisamos ter todas as informações necessarias.

- nesse caso precisaríamos considerar a possibilidade de criar algum plano de ajuda aos fazendeiros para que estes possam suprir o mercado. ahn...

*fica mudo revirando os papéis*

- Caso uma peste ou fome ocorra, como sempre nós iremos auxiliar nos investimentos necessários. Como sempre fazemos. Essa é uma das nossas atribuições como nobreza, gerar subsídios para quem necessita, mas claro que temos que ter também um retorno, senão meu caro conselheiro a fonte seca. Outro ponto que divirjo é quando se põe de maneira ofensiva que apenas eu estou olhando para os interesses de quem represento. Não é isso que cada um de nós deve fazer?

- Retornando as questões de taxas e impostos. concordo com a diminuição das taxas sobre os alimentos, mas com ressalvas. Diminuindo-se demais o preço dos alimentos sejam eles de quaisquer segmentos, aumenta-se o consumo e a procura, o que traria uma escassez maior. Devemos manter nesse caso as taxas no nível que está, e procurar novas fontes de renda.

- Com isso que estou tentando demonstrar que devemos pensar como negociantes, que todos somos, e tentar com o incentivos fiscais às classes mais abastadas, nesse caso os nobres da Cadeira da Lótus e os mercadores da cadeira da Moeda, que se uniriam e custeariam grande parte das reformas, acho eu que juntos poderíamos custear 5/7 de todas as obras. O restante sendo custeado pelos cofres públicos.

- Quanto aos problemas de produção de alimentos, uma vez que tivemos nossas plantações devastadas, um incentivo aos produtores com redução isenção de impostos ou redução aos níveis mínimos, ou custeio com promessa de compra de 3/4 de sua produção pelo preço de custo. O mesmo incentivo podendo ser expandido para os pescadores.

- Isso sem contar com os festivais que poderiam arrecadar fundos para a cidade, gerando mais capital.

- Sobre os dois primeiros assuntos tenho uma sugestão:

- No meu povo, mesmo os lideres trabalhavam duro em caso de necessidade, duvido que o povo daqui faça o mesmo. Mas posso sugerir que no caso dos nobres, que eles coloquem seus empregados a disposição, um dia na semana, para que se dediquem a reconstrução da cidade.

- Em troca disto ofereceremos uma redução considerável nos tributos pagos por eles.

- Quanto aos mercadores acho justo uma redução e apoio o incentivo aos fazendeiros e pescadores.

Nesse momento o Sr. Silverfish dá uma tosida e explica.

- Pouco antes dos últimos integrantes antigo conselho, err, se aposentarem, foi decidido que a cidade não cobraria impostos como esforço de pós-guerra. Então faz quase 6 meses que a cidade não cobra um imposto sobre alimentos, mercadorias ou mesmo uso do porto e dos portões. O caixa da cidade é quase zero

- Assim como também não existem fazendas nem fazendeiros sobre o controle da cidade. A maior parte dos alimentos rurais vinha de vilas mais distantes, espalhadas entre Blacksand, Salomonis e Fang, sendo enviados para cá de caravana ou pelo Rio Bagre. As poucas áreas rurais no entorno da cidade eram da família Sturtz-Chensers, mas foram todas destruídas com a guerra, incluindo toda a região da Cidade Nova.

- Neste caso... Estou disposto a convencer todos os pescadores que estão sem barco ou sem recursos para poder pescar que trabalhem na reconstrução da cidade. Desde que eu tenha uma posição concreta quanto ao investimento para que meus companheiros possam pescar tão logo terminem seu trabalho e uma redução nos impostos dos peixes após esse período difícil. Lembrando que os peixes são vendidos à preço de água hoje, meus amigos pescadores mal ganham seu sustento.

- Meus caros membros do concelho, o ilustríssimo Sr. Silverfish elucidou o que eu estava falando convosco. Apenas minha cadeira e a cadeira da Moeda estamos mantendo a cidade.

- Estamos nós da Cadeira da Lótus, em custear grande parte das obras, não só da cidade como das regiões produtoras. E em troca precisamos de isenções de impostos e retorno de capitais que serão re-investidos na cidade e na população. E se a cadeira da Moeda estiver de acordo em se unir a nós para que tenhamos mais capital para acelerar as obras.

- Isso caro conselheiro do escudo, é o que vai manter seu trabalho mais tênue pois a população estará mais calma. - digo olhando para o Conselheiro do Escudo

- E ainda estamos propondo uma forma da cidade lucrar, quando fazemos a porposta de um festival, para comemorar o Renascimento de BlackSand, agora como uma Cidade-Estado que poderá ser um exemplo para todo o antigo reino de Salomonis!