Quando começa e acaba um encontro?

Estava mestrando uma campanha de D&D, e um jogador soltou a magia de clérigo de 1° nível diária "Guardião da fé", que conjura um guardião fantasmagórico que dura até o final do encontro. Só que isso no meio de uma rebelião da cidade onde havia vários guardas muito zangados que vendo a magia começaram a atacar os revoltosos e iniciou-se uma batalha em massa. O clérigo se fez de doido e disse que conduziu a magia de cabeça baixa e em silêncio, enquanto usava seu movimento para se distanciar da batalha. Nenhum guarda atacava o clérigo, que conduzia o guardião em direção ao comandante do batalhão (que era um mago de 5° nível). Dai a pergunta: até quando essa magia vai durar? quando começa e quando termina um encontro? procurei no livro do jogador e do mestre (por cima) e não achei nada que diga quando começa e termina especificamente um encontro. E sobre qual o ritual necessário para soltar magia? ele (o clérigo) poderia passar despercebido nesta situação? O guardião duraria a guerra inteira e mataria todo mundo? só seria possivel dissipá-lo se todos parassem de batalhar? fiquei na dúvida porque não tinha nada descrevendo com clareza (e o jogador era um advogado das regras... e insistia em discutí-las durante a sessão).

Como vocês resolveriam esse problema?

o mestre decide. Normalmente um encontro é um combate, ou 5 minutos. Mas tanto o tempo de duração do encontro e do descanso rápido estao sob controle do mestre, que pode determinar uma tempo mais longo ou mais curto de acordo com a história.

Na dúvida, usa sempre 5 mim q tá bom. 5 mim são 50 rounds de combate, nunca vi nenhuma luta chegar nem a 15.

Sobre regras de 4ª edição não sou especialista, mas conheço bem RPG e bem sobre mestrar combates inclusive os campais para te dizer que uma batalha assim é feita de uns 4 a 5 encontros.

E daí que é a mesma briga? que é o mesmo lugar?

Não é possivel em uma batalha o cara fiicar freneticamente lutando semparar, pois os inimigos não são pecinhas de dominó que ficam bonitinhas umas do lado das outras esperando as coisas.

Num combate os combatentes avançam e recuam em grupo.

Cada grupo pode ser considerado pelo mestre como um encontro diferente.

Por exemplo seu colega clérigo utilizou seu poder diário para conjurar o guardião? Ótimo, o Guardião lutou contra o 1º grupo que avançou contra o clerigo ou que o clerigo avançou, a menos que o combate fosse numa estação de metro na China haveria espaço entre os combatentes suficiente para o mestre decretar que aquele encontro acabou e que a p´roxima leva de inimigos seriam outro encontro.

então, na quarta edição, normalmente quando um mestre inicia um encontro, existem no tabuleiro meia duzia de inimigos que estão enfrentando-os. via de regra, o combate acaba quando essa meia duzia de inimigos estão mortos ou incapacitados. isso pode mudar caso o mestre faça com que mais combatentes apareçam durante a luta ou etc.

ou seja, a partir do ponto que ninguem está efetivamente atacando os jogadores, o encontro acabou.

Na dúvida:

Deixe ele usar um pouquinho (pois ser barrado sempre é chato) e depois simplesmente diga acabou!

Se ele reclamar simplesmente diga:
"Deixei você usar e matar um monte de inimigos, não deixei? Agora você acha que sou trouxa de deixar você usar um artificiosinho ridículo deste? Conta outra..."

PS: Alias seja bem vindo e cuidado com o Goltork.

muito obrigado a todos pelas dicas!


Bem, quanto ao caso, eu estava pensando e percebi algo:
O encontro é simplesmente quando um grupo de heróis (ou apenas um) encontra um grupo de inimigos ou vice-versa. Esse encontro inicia quando há um anuncio de combate ou um ataque vindo de qualquer lado (heróis ou inimigos) e acaba quando a situação é resolvida (os inimigos são derrotados, fogem ou derrotam os heróis). No caso, se o mago se escondesse de maneira a ficar invisível aos olhos do clérigo, o encontro contra o mago acabaria, se algum soldado atacasse o clérigo, seria um novo encontro. até porque o encontro é entre o clérigo e o mago que foi atacado pela magia. Se o mago possuisse seguranças, dai a magia continuaria. Quanto ao clérigo ficar em silêncio, percebi que há algumas magias que a descrição fala que há um sussurro, então presumo que as magias que não podem ser sussuradas são feitas de maneira evidente. Ou um detectar magia poderia resolver o problema.

Conversei com o colega e ele admitiu os erros, mas falou que não tem regra para esse tipo de situação e só admitia por bom senso.

OBS: Quem é Goltork??

Quanto a magias, acredito que toda tem que ter algum artifício para serem utilizadas(salve ressalva quando o PJ tem talentos que alteram essa afirmativa), seja verbal, gestual, ritual dentre outros, como você falou ali, na descrição tem como funciona a magia. Porem o mestre é você, você decide se sussurros podem ser o componente verbal, ou se a palavra tem que ser proclamada de maneira a ser ouvida por um outro ser a 3 metros de distancia do conjurador, isso cabe também para gestos, um simples esfregar de mãos pode ser um componente gestual, como uma dança milenar dos aborígenes da ilha perdida também pode ser.
Estou falando de 3.0 que é minha praia. :]

Isso ai, vc decide a parte bonitinha de todos os poderes. Se o guerreiro estiver usando um pedaço de pau ele pode dar um brutal strike? e se os braços tiveram amarrados, ele pode dar um brutal kick ? algumas limitações coerentes nos poderes são legais. Se os jogadores chiarem vc dá um troco de XP pra eles pela situação dificil

Como um jogo de contar histórias onde todos participam da construção da mesma, é normal em alguns momentos surgirem incoerências ou disparidades de ponto de vista. O mestre está lá justamente para resolver essas contradições e fornecer a todos uma visão comum dos fatos.

Na parte de regras, um encontro pode durar tanto quanto o narrador considerar, que normalmente é separado por momentos de calmaria (fim de um combate, a chegada em um novo local...). Para maiores informações, consulte no livro do mestre a parte que fala de encontros fora de combate (non-combat encounters).


Atenciosamente,
Gustavo "non-combat monster" Ito