"Desde quando?" (John Hastings - Cap.1)

John chegou à sala de reuniões, que ficava no mesmo andar em que estava antes, no térreo. Guiado por Melissa, a enfermeira que cuidava de Ashley, sua paciente com lapsos de memória, o psicólogo entrou no recinto.
A sala de reuniões era relativemente pequena. A grande mesa cricular que ficava em seu centro ocupava a maior parte do espaço útil daquela pequena sala, e com todos os médicos, doutores e cirurgiões reunidos naquele apertado espaço, mal havia lugar para respirar. Parecia que John era o último a chegar. Assim que entrou, todos olharam para ele com olhos supeitos e analíticos, mas logo notou que assim olhavam para todos ali presentes. Um deles havia dado chá de sumiço num defunto, e todos eles estavam pagando por isso.

- Estão todos aqui? - Melissa perguntou, levantando a mão, para chamar atenção.

Todos responderam, em uníssono, como se estivessem numa classe de primário, um "sim" em alto e bom som.

- Muito bem. Então, nosso diretor gostaria de ter uma palavrinha com vocês. - A enfermeira colocou uma espécie de rádio sobre a mesa, e ligou o equipamento.

Após alguns momentos de estática, o velho rádio começou a funcionar.

- Bom dia a todos vocês, médicos e doutores do hospital da Alma Sacra. - Era, sem sombra de dúvidas, a voz do diretor. - Esta é uma transmissão direta e de mão única. Em outras palavras, vocês me escutam, eu não faço idéia do que vocês estão falando. Direto ao assunto, vocês estão aqui reunidos pois , como já devem saber, o corpo de um homem que morreu a caminho do hospital hoje, próximo ao meio-dia, desapareceu sem deixar vestígios. E, como vocês, médicos, são os únicos que tem autoridade para entrar no necrotério do hospital, todos vocês são suspeitos.

John começou a sentir agitação no ar. Alguns cochichos ali, um burburinho se formava.

- Mas, vocês querem saber a verdade pro trás de tudo isso? - Ele fez uma pausa dramática bem falsa, como se seguisse um script de um filme de suspense barato. - Só há um culpado, e ele não está nessa sala. Na verdade, duvido que vocês se quer saibam que ele existe! E, como estou devendo um pequeno favorzinho para ele, estive preparando essa situação.

Alguém gritou, indignado, "Desde quando esteve planejando isso, seu porco!?", esqueçendo que o homem do outro lado não poderia ouví-lo. As pessoas ao seu redor, tomadas pelo momento, começaram a ficar agitadas também, soltando altos brados.

- E, acho que deveriam me agradecer por isso, - Ele deu uma gargalhada quase histérica, e John sentiu um calafrio terrível. - Vou explicar para vocês oque aconteceu com aquele corpo, já que nenhum de vocês irá sair daí vivo.

Nesse momento, Melissa, até então calma, começou a mostrar indícios de nervosismo. Ela tentou abrir uma porta que estava próxima a ela, sem sucesso. Alguns outros médicos presente, desesperados, tentavam abrir as outras portas, com mesmo resultado. Açguém havia trancado as portas por fora. Outro, céticos, concluíram que aquilo não passava da uma piada e simplesmente esperavam para ver como aquilo terminava. Haviam ainda outros que estavam completamente perdidos, confusos.

- Uma vez infectados, vocês estarão condenados à nunca terem seu descanso eterno. Isso aconteceu com nosso amiguinho. Quando um infectado morre, ele se levanta, depois de morto, com um único objetivo em sua mente. Infectar mais pessoas! - Mais uma risada histérica. - E adivinhem oque vai acontecer com vocês?

Um barulho retumbante e estrondos veio do duto de ventilação que ficava no teto da sala, logo sobre a mesa. Todos olharam fixamente para ele, suando frio.

-Alguém arromba a porta!

O grito de John pareceu um gatilho, que estourou todo o pânico que estivera, até então, contido. As pessoas começaram a se empurrar de um lado para o outro, a bater nas paredes, e alguns tentaram seguir a ordem do psicólogo. Tentaram. E tentaram. Sem sucesso. Aquela porta fora feita para que ninguém pudesse arrombá-la.

Enquanto isso, o som que vinha do duto ia ficando cada vez mais alto. A transmissão do rádio havia terminado, e este agora só produzia um terrível som de estática. Um dos médicos presentes, numa ira incondicional, pulou sobre ele, batendo-o contra a mesa, gritando que ele paresse com aquele som odioso.

Alguns gritavam, tentando estabelecer a ordem, mas ninugém ouvia.

[Tem janela? alguma outra saída? De q é feito uma porta de hospital pra aguentar uma horda de pessoas querendo sair por ela!]

[Não tem janela, a ventilação chama ar-condicionado, além do duto. Tem três portas, as três igualmente barradas. E não, não tem uma horda de pessoas batendo na porta, é uma porta normal, só um cara consegue bater nela de cada vez, no máximo dois.]

[Ah, então o povo não tá tão desesperado assim]

Vejamos, só tem 3 portas, todas sendo atacadas sem deixar nada sair. Nenhuma janela. Eu sento e não faço nada, num canto...

Você se espreme por entra as pessoas até um canto, onde relaxa e espera, sem fazer nada.

O movimento e o burburinho continuam. Já haviam conseguido acalmar, a essa altura, o doutor que explodira e atacara o rádio, que agora estava quebrado em dois.

Um dos médicos que gritava, tentando reestabelecer ordem conseguiu oque queria, até certo ponto. Ele subira na mesa e de lá dava um discurso confortador, para que as pessoas ficassem quietas.

O barulho nos dutos ficava, incomodamente, cada vez mais alto. No auge do discurso do homem, a grade que fechava esse duto caiu, batendo no chão com um som estrondoso. Todos os presentes olharam para a grade, assusstados, na expectativa. Por isso, todos presenciaram quando, do duto, caiu uma pessoa. Ela caiu direto no chão, estatelando-se e ficou lá, imóvel, estirada.

Os segundos se arrastavam, fazendo parecer que vários minutos haviam se passado. Um grupo de três médicos corajosos resolveu se aproximar para ver do que se tratava. Eles observaram o corpo e viraram-no. Soltaram algumas interjeições de nojo neste momento, um deles inclusive se afastou, dizendo alguma coisa como "podre" , que você não conseguiu discernir porque estava muito longe.

Os outros dois, mais corajosos, ou simplesmente possuidores de um estômago mais forte, continuaram a analisar o corpo. Depois de algum tempo de expectativa e tensão, um deles se virou para a multidão, enquanto o outro ainda analisava o corpo, e anunciou:

- Isso tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto. Este corpo está calramente morto, não há nenhuma esperança de que ele possa se mexer. - A multidão toda se aliviou com a notícia, e começaram os cochichos. - Agora nós só temos que nos preocupar com sair da...

A fala dele foi interrompida repentinamente por um grito agudo de dor e agonia, seguido de dezenas de berros de surpresa e horror. O médico que estava analisando o corpo estava caído, com um pedaço de seu pescoço faltando, sangrando profusamente. O defunto estava segurando na perna do outro médico, preparando-se para mordê-la com todaa sua força.

A única coisa que o médico teve chance de fazer antes de levar a poderosa dentada que levou boa parte da batata de sua perna embora foi olhar com um misto de pavor, horror e ódio para a coisa maldita que agarrara-lhe a perna. Algumas das pessoas que conseguiram ver a cena desmaiaram e os outros que só conseguiam ouvir ficaram apavorados e confusos. John conseguira ver a cena em toda sua essência grotesca.

Ninguém ousva dar um passo.

Eu ataco ele! er...
[tem algo pra eu fazer? se não continua a cena]

Assim que entenderam o que estava acontecendo, o pânico se instalou.

Todos tentaram correr para as portas e os coitados que estavam próximo à elas foram pisoteados. Por sorte, Joh estava num canto razoavelmente longe das portas, logo, não vieram em sua direção.

Os médicos feridos já não mais se mexiam, provavelmente haviam morrido. A coisa já havia conseguido se levantar, e caminhava lentamente em direção ao grupo de pessoas.

Ao chegar perto, a coisa lançou seu braço, descrevendo um arco, que terminou fincando seus dedos nas costas de uma médica, que desabou, chorando de medo e de dor.

Um outro doutor, mais parrudo, criou coragem e deu com o pé na cara do cadáver, que caiu pra trás. Em seguida, foi tratar da doutora ferida, com a ajuda de outros dois médicos.

Haviam alguns homens que chutavam o ser caído, tantos outros que corriam e gritavam, desesperados, e ainda outros que tentavam derrubar as portas.

John vai correr para tentar coordenar a derrubada da porta:
-Vamos siar daqui gente, com calma, no 3!

A ordem realmente ajudou, de forma que a porta começou a mostrar sinais de ceder, enquanto o número de ferido ia somente aumentando.

A força que a "coisa" tinha era imensa. Enquanto algumas pessoas a chutavam, ela revidava batendo em suas pernas, e esse simples golpe na perna deuubava-os com espantosa facilidade.

Em mais alguns minutos, a porta cedeu por completo, a tranca quebrou-se, os pino voaram longe, e a porta caiu para o lado de fora da sala com um estrondo. As pessoas começaram a correr como um estouro de boiada, desesperadas, porta à fora. Algumas caiam ao chão e eram pisoteadas. Por muito pouco, John evitou ser uma delas, espremendo-se por entre as pessoas que corriam. As pessoas correrram, bradando morte ao diretor, entre outras coisas.

A sala estava relativamente vaiza agora, haviam umas seis pessoas, contando John, o doutor parrudo, a médica ferida e mais três homens que batiam na coisa com todu oque podiam. O doutor parrudo chamou John:

- Ei, você aí! Venha aqui me ajudar, ós precisamos levar essa paciente pra um lugar seguro.

-Ei, Hank, essa porra não pára! Não importa o quanto a gente bata nela, ela só continua revidando! - Um dos doutores, que batia no ser com uma cadeira, estava apavorado, mas não parava de bater nele.

- Só não deixe essa porra levantar! Vou conseguir ajuda! Você aí, anda logo! - ele apressava John.

-Esquece isso é corre! Vamos salvar os pacientes! Esse bicho não vai cair assim!

John corre para ajudar a evacuar o hosital.

John percebe que um grande número de pessoas já havia se mobilizado para evacuar o hospital, e decidiram por começar pela ala de emergência. No caminho, você encontrou Melissa, ajudando a organizar a evacuação, junto com outros médicos e enfermeiros.

- Vamos evacuar primeiramente os pacientes em estado mais crítico! Levem-nos às ambulâncias! John, pode nos ajudar?

-Claro, mas não acha q está demorando muito? QUem puder correr é melhor correr com as próprias pernas!

- Você está pensando em deixar os pacientes aqui, por acaso? Aqueles que podem ajudar estão ajudando, aqueles que podem se ajudar estão indo para segurança. Nós consegimos conversar com o pessoal da escola primária da cidade, e eles permitiram que nós alojemos os pacientes por lá. - a enfermeira distribuía ordens, entre uma frase e outra. - Se você quiser, pode ir pra casa, nós conseguimos cuidar dos pacientes com um a menos, sem problemas.

Hastings faz o que a mulher mandou.

[Você ajudou ou foi pra casa?]

[fui ajudar]
[o alarme de incêncio tá tocando?]

[Não, não tá tocando. Mas tão repetindo uma mensagem de "quem pode por favor vá até o lobby do hospital para ser evacuado com segurança" nos megafones de aviso.]

John começa a guiar as pessoas que ainda podem andar sozinhas para as ambulâncias. Ele nota que não viu Ashley em lugar nenhum. Ela poderia ter sido ajudada por outro médico, ou ainda estava em seu quarto.

A noite já caíra faz tempo, e o céu estava bem limpo. Você via muitas estrelas e, tristemente, também via grandes nuvens de tempestade ao longe. Dr. Wilson, que também estava ajudando com a evacuação, comentou:

- É, parece que vai chover pasedo hoje à joite. É melhor agilizarmos, pra chuva não nos pegar no caminho. - Ele olhou para dentro do lobby do hospital. Haviam somente enfermeiros e alguns médicos discutindo alguma coisa lá dentro. - Parece que acabaram os pacientes que podiam se locomover sozinhos, hora de começar a trasportar aqueles que precisam de ajuda.

No caminho, passou por um grupo de doutores e ouviu-os conversando sobre terem sido instruídos a não contar nada à ninguém sobre oque realemtne ocorrera no hospital, e que se perguntassem, deveriam dizer que era só um vazamento de gás ou coisa parecida. Melissa parou Jonh, para perguntar se todos seus pacientes já haviam sido evacuados.

-Sim, foram todos pra casa. Agora, pq não falar isso com alguém?! Ficaram loucos? O diretor enlouqueceu, e sabe-se lá que tipo de doença causou aquilo que nos vimos?!

- Se já foi difícil conter os ânimos por aqui, nós nunca íamos conseguir conter o pânico na cidade, certo? Agora pense comigo: Nós precisamos ir atrás do diretor pra entender direito tudo isso. Alguns de nós já se voluntariaram para ir interrogá-lo. Quer ir junto? Senão, acho melhor ir para casa, não há nada mais que possa fazer.

[perai, o diretor do hospital, mancomunado com a mulé que chamou a gente, joga um zumbi dos infernos pra chacinar todos os médicos do hospital, consegue em alguns. A gente sai da sala correndo e evacua o hospital as pressas. O bicho nem morto deve tá, e o povo teve tempo de se reunir e ir conversar com o diretor? não faz sentido isso cara! era pra estar todo mundo desesperado falando sobre o ataque de um zumbi ou coisa parecida. Se vc quiser eu vou na história, mas não faz o mínimo sentido.]

[Não, é verdade. Eu parei pra pensar, analisei a situação/história e acho que vc tem razão. Eu sei que é meio ruim, mas tem como vc deixar eu dar uma repassada nsse último post, pelo menos? EU reposto assim que escrever com mais calma. Que tal?]

[por mim blz eu até pensei depois, e vc podia ter feito de proposito pra eu achar estranho. Muitas vezes jogador não saca quando o mestre tá fazendo as coisas bizarras de proposito, ou sem querer ^^ Fique a vontade.]

Correção do último post in-game:
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Muitos dos médicos que também haviam, assim como John, sido atacados pela coisa, haviam simplemente fugido, á pé, ou com seus carros.
Outros ficaram para auxiliar na evacuação e foram junto com os pacientes, para a escola, para continuar prestando auxílio.
Haviam restado umas sete pessoas por ali, no hospital, contando John, Melissa, e Wilson. Os outros dois eram o médico parrudo e a doutora que fora ferida pela coisa, além de mais outros dois enfermeiros dos quais John não se lembrava.

- Nós já chamamos a políca, eles devem estar a caminho. - Melissa parecia estar bem calma, considerando a situação.

- Acho que nós deveríamos ir ver com o diretor que porra era aquela que ele armou pra cima de nós! Isso é, se foi ele mesmo que planejou aquilo tudo! - O doutor parrudo, que agora o psicólogo reconhecia como Dr. Hart, pediatra, esbravejava. - Temos que descobrir oque aconteceu antes da polícia atrapalhar! Qual de vocês está comigo?

Os dois enfermeiros desconhecidos levantaram suas mãos.

- Mais alguém? - Hart perguntou, olhando fizamente para John, encarando-o. A frase soava como um ultimato.

Dr. Wilson não conseguia fazer nada mais além de roer suas unhas, nervoso, quando, de um salto, lembour-se de algo importante.

- E a coisa!? Como está? Oque fizeram com ela!? - Ele gritava, desesperado.

Dr.Hart recuou uns dois passos, assustado.

- Ela parou de se mexer, depois que batemos nela por um bom tempo. Então a amarramos e deixamos na sala de reuniões trancada. - Ele continuou, confiante. - Posso afirmar que estava morta.