Turath - Origem

Os lugares mais chiques de Coruscant estavam na cidade alta, e lá estava Turath, numa mesa com Ti-Dar, seu mentor, ambos estavam comendo uma deliciosa carne de veado, era uma receita nova,e era deliciosa, o gosto era meio apimentado, mas a carne ainda ficava em destaque, e além disso, aquele vinho arkaniano era divino, em meio aos comes e bebes, Ti-Dal comentava sobre o novo plano de um dos senadores de Coruscant, Eiskmael, sua proposta era de que, se Coruscant quisesse controlar toda a galáxia, teria primeiramente que controlar suas próprias fronteiras, a ecumenópole estava sendo invadida por aliens e seus sindicatos criminosos, que não adianta negar, controlavam as partes de baixo de todo o planeta, era um lugar onde a ordem e o estado não eram plenos, e aquilo realmente não era aceitável, não para Coruscant, o plano? Limitar a entrada de aliens ao máximo, e colocar os que viviam em Coruscant em locais seletos, e dar permissão total para que a lei agisse da forma que quisesse para levar a ordem aqueles locais, racista, sim, mas haviam muitas pessoas comprando aquela história, a discussão era sobre isso.

Til-Dal, vendo seu amigo e aprendiz pensativo, lhe perguntou:

-Meditando sobre nosso problema? Diga-me o que pensas. - disse o cerean, colocando de lado seus talheres, e apoiando sua cabeça com suas mãos.

Turath terminava de comer e ouvia tentando transparecer um semblante alegre e calmo, os problemas iam e viam, era seu dever estar no controle e manter a calma. Era vital para alguém ser bem sucedido em qualquer área, conseguir enxergar água no deserto, ver oportunidades onde os outros viam problemas.

Esse problema do controle do lado inferior do planeta já havia se mostrando um problema que em geral os senadores passaram a tentar ignorar, eles não mexiam com as gangues e as gangues não “futricavam” no “mundo” superior. Essa hipocrisia dos tais defensores do povo gerava angustia em Turath.

Após terminar sua comida , Darres põem a mão no queixo e pensa e começa a tentar raciocinar em voz alta.

-Tentar segregar os aliens nativos não vai mudar nada, simplesmente vamos criar um novo problema, um novo mercado negro de transporte. Aumentar o custo da entrada apenas criaria corrupção com suborno das gangues...

Darres se acomodava na cadeira e esperava o cerean acompanhar seu raciocínio. Após tomar um ultimo gole do vinho, continuou o discurso enquanto brincava com seu copo(ou taça)

-- Ti-Dal, democracia é o que o povo precisa ver para se sentir confortável e no poder. Mas que devemos fazer para controlar as massas inadimplentes é usar a força. Temos que criar uma força armada para segurança civil da Coruscant inferior. Um mini exército legal, com autoridade para fazer valer as leis. Após limparmos as ruas de toda essa marginalidade, ai sim estaremos prontos para regulamentar a entrada de aliens em Coruscant. Até então estaremos apenas colocando a sujeira pra baixo do tapete....o problema é, o senado nunca estará disposto a financiar isso, eles tem problemas demais sobre suas regalias.....

O Cerean fez um barulho com a boca, como que dizendo, não, e começou a falar:

- Turath Turath...Você é jovem, por isso ainda perdôo a sua persona sonhadora, mas...Quantos habitantes Coruscant tem? Um trilhão? Não é um mini exército que vai fazer essas leis valerem, além do quê, não é como se toda aquela parte de baixo fosse marginalizada, muitos criminosos gostam de manter a ''classe'' - ele parou para fazer as aspas - E mantém uma relativa ordem, isso aqui não é Nar Shaddaa.

Após uma pequena pausa para pedir um pouco de café, ele continuou:

- Há dois lados sendo formados no senado, o primeiro, que você mencionou, é o que não quer fazer absolutamente nada, é uma pequena minoria, mas já são votos, o segundo é o dos que são a favor desse controle maior, e, acredite quando eu digo, há espécies alien nesse grupo, e o terceiro é o composto dos realmente corruptos, que tem até mesmo negócios na lower city, e dos aliens que estão realmente lutando por seus direitos, mas esse grupo é menor.-pausa-No entanto, se você conseguir pegar esse grupo dos indecisos, poderemos ainda fazer com que eles já não ganhem por maioria absoluta.

Turath olha ao redor enquanto ouve Ti-Dal, a medida que o assunto se desenvolve, Turath passa a olhar a janela e viaja em sua mente imaginando quantas coisas possíveis cada uma dessas trilhões de pessoas estaria fazendo, impossível pensar mas era divertido tentar imaginar. Ainda olhando a janela responde.

-Desculpe-me Ti caso tenha me expressado mal, mas como eu disse esse “mini-exército” custaria uma fortuna pelo próprio fato dele não ser tão mini, por isso é inviável, o senado nunca financiaria, tenho que me vigiar para a maneira a qual me expresso. Esse controle do qual falamos como já falei só ira gerar outro problema, obter esses votos é sempre o mais fácil, esses indecisos só precisam de uma força seja monetária ou seja um “incentivo psicológico”. Tem a lista dos nomes dessas três categorias?

Apesar de falar calmamente seu semblante era sempre jovial, era obvio que fazer aquilo seria mais difícil do que falar....

Ti-Dal olha pela janela e diz:

-Não, não possuo nomes, até porque a proposta só foi apresentada na última sessão, e além disso os tais lados ainda estão em processo de formação. Mas onde você pretende arranjar essa propina? - perguntou o Cerean.

--Ora dos fundos para negociações exteriores de Corellian, tenho certeza que temos o suficiente para subornar alguns desses senadores, ou pelo menos dar um "sinal" de apoio.

Dizia Turath com uma certeza que por dentro ele não sabia se era tudo tão certo quanto ele planejava, seria a primeira vez que iria recorrer a esse fundos.

Ti-Dal olha para Turath, e toma mais um pouco de seu café, dizendo:

-Acho meio difícil você suborná-los, eu realmente acho, a maioria dos indecisos são limpos.

A conversa prolongava, e começava a atormentar a paciência de Turath, sua juventude o impedia de permanecer sentado conversando por muito tempo, ele precisava agir.

--Olhe bem Ti-Dal todos querem alguma coisa, pode ser tanto trazer paz para seu planeta quanto comprar um carro melhor, logo vamo procurar alguns contatos para descobrirmos o que cada um desse senadores querem e ofereceremos a eles....todos tem seu preço, só precisamos descobrir qual é o de cada um.

-Você está disposto a sujar suas próprias mãos tanto assim? - perguntou Ti-Dal.

--Acredito Ti-Dal que nossos fins irão justificar os meios pelo qual agimos. Nosso proposto maior para ser alcançado, algumas mãos terão que se sujar, isso é inevitável.

Impaciantemente Turath revira os olhos, e fala sorrindo.

-Abra o jogo logo, se tem algum plano em mente compartilhe-o a mesa.

- 1 trilhão de pessoas vivem em Coruscant, 20% são aliens, 200 bilhões de seres, vamos assumir que 150 sejam passivos e não falem nada, e o resto faça alguma coisa.- pausa- 50 bilhões de revoltosos, é muito, muito problema, os civis iam acabar pagando um preço muito caro, porque, com todo o respeito, as vezes vocês humanos são muito apáticos. Acho que tem de usar esse argumento, no entanto, você pode continuar com o suborno se quiser.

Turath fazia uma cara irônica de espanto como-se Ti-Dal tive-se explicado o maior mistério do universo.

-Ti-Dal sua ingenuidade me espanta as vezes...mas dessa vez vou seguir o que fala, esse problema é de Coruscant e não de Corellia, não tenho nada a perder.

De pé, botava a mão no ombro de Ti-Dal.

-Decidido então o problema vamos indo, não somos pagos para ficar sentado comendo, e sim sentado votando-o sorriso se alargava em seu rosto- Te espero la fora.

Após isso ia em caminhada ate saída do restaurante, a permanecia na porta a espera de Ti-Dal.

Ti Dal veio andando naqueles passos lentos e pesados de um homem velho que já estava mais perto do fim de sua vida do que do começo, eles andaram em direção ao ponto de shuttle mais próximo para irem ao senado, conversaram sobre assuntos mundanos, ao chegarem no ponto, avistaram dois humanos, Til Dal os apontou como sendo do grupo dos indecisos, eles estavam esperando um shuttle, que logo chegou.

Turath, esperto como era, não gastou uma oportunidade, fez uma pequena corrida, e entrou no shuttle junto com os dois, dizendo para o homem que estava pilotando que também iria ao senado, os políticos ficaram esperando por alguma palavra de Turath, estavam confusos, e, pelo olhar, putos.