Um Coração Selvagem – Reid

“O mundo é antigo, mas as raças que o habitam são jovens. A pluralidade de espécies é cada vez maior, assim como as particularidades que as difere uma das outras. E que difere a si mesmas.”
(O Livro de Bronze)

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“Com ombros largos, e um rosto que reproduzia a ferocidade de sua alma, Reid ultrapassou o arco de pedra, que era a entrada de Arram. Essa era seu primeiro contato com a civilização, e o primeiro contato da civilização com ele. Seu aspecto causava um certo desconforto aos que iam e vinham, sua grande arma de haste era imponente e nova naquela região, suas roupas iam de encontro à moda do lugar e o couro curtido de sua loriga era incisivo, mostrando ser aquele um guerreiro.”

Zanard, você acaba de passar pelos arcos da entrada principal da cidade. Ela se chama Arram, e fica a alguns quilômetros da costa do mar ao leste. Logo de início, você se surpreende com o número de pessoas que transitam pelas ruas pavimentadas do lugar. De um lado e de outro, formando uma espécie de corredor, existem várias barracas de madeira com teto de lona: são vários comerciantes, vendendo os mais variados produtos; desde tapeçarias à armas. A atrás dessas barracas é possível ver vários edifícios de alvenaria e marcenaria bem trabalhada, erguidos do solo e capazes de alcançar o tamanho de árvores – ou até mais.

Já as pessoas, elas passam por você e te olham com olhos curiosos. É notável a diferença física entre eles, e os de sua tribo. Os homens comuns são visivelmente menos corpulentos e parecem possuir a pele macia como a de uma mulher. As mulheres, por sua vez, são tão ou mais bonitas do que as que vivem nas pradarias: sustentam jóias, e roupas de tecido capazes de exaltar suas belezas, mesmo as escondendo.

Essa é a dita civilização.

Mas, seu tempo de paz no novo mundo parecia estar contado. Enquanto você anda pela rua do mercado, barulhos de cascos estouram pelo piso de pedra da cidade e aumentam gradativamente. As pessoas começam a se afastar, indo para perto das barracas, deixando o caminho da rua livre. Atrás de você o barulho já está bem próximo. De repente um grito se rompe.

– Saia da frente, cão!!

E, ao se virar para ver, você se depara com um enorme cavalo bolonhês a poucos metros de um choque contigo. O que você faz?

Reid pensa em segurar o cavalo, mas ao ver seu tamanho, conclui que sem dúvida se machucaria ao fazê-lo. Ele dá um salto em direção da rua, para sair da rota de colisão, e se vira, a fim de ver quam o chamara de cão.

O cavaleiro tenta desviar o cavalo, mas, por imperícia, acaba sendo arremessado ao chão, rolando alguns metros.

Os outros cavaleiros descem de seus cavalos e vão acudir aquele que havia caído. Porém este, num salto, se põe de pé e, em passos rápidos, vai enfusivamentem direção à Reid. É possível notar que as roupas do homem, apesar de agora estarem sujas devido à queda, são muito bonitas e luxuosas, adornadas com metais preciosos e gemas.

– O que acha que está fazendo, seu animal!?

Ele se aproxima, sendo acompanhado dos dois outros homens - dois soldados, vestindo cotas de malha e elmos. Perto o suficiente, ele eleva a mão até a altura dos ombros, mostrando vários anéis dourados nos dedos, e lhe mira um tapa no rosto com as costas das mãos.

Reid segura a mão do homem, antes que este lhe acerte o tapa, calmo.
- Desculpa, eu não pretendia te derrubar do seu cavalo. Mas você caiu porque não sabe cavalgar. Desviar de uma pessoa, principalmente depois dela ter saído do caminho, é ridículo! - E deu uma gargalhada. - Agora, que é você? Agum cara rico? Essas jóias e pedras me fazem pensar que sim.

Reid só havia ouvido falar de pessoas com roupas bonitas e adornadas de gemas e jóias em história que contavam pela sua tribo, e as pessoas que as trajavam eram, normalmente, pessoas odiáveis. Obviamente, achava que aquele homem à sua frente também era uma dessas pessoas.

O homem, apesar de não ser gordo, nem magro, não parecia ter força física. Sua mão foi facilmente aparada.

– Guardas! – com os olhos arregalados, o homem se estremeceu. Em sua ânsia, mal escutou o que Reid, educadamente, tinha a falar.

Imediatamente, logo atrás, os dois soldados pousaram as mãos nos cabos de suas espadas as retirando até a metade da bainha.

– Solte ele, selvagem! – gritou um deles.

As pessoas, comerciantes e citadinos, paravam seus afazeres para ver o que acontecia.

Reid assustado pela atitude ridícula do homem, e a violência dos guardas, solta a mão do homem na hora, e recua. Pareica que estava certo, e aquele homem era um idiota, assim como os homens ricos sobre os quais ouvira na sua infância.

-Podem guardas essas espadas, já soltei ele!

Os guardas hesitam tomar qualquer providência agressiva, mas são impelidos a fazê-lo por ordem do nobre.

– O que estão esperando suas morrinhas? Prendam-no!

Temerosos, os soldados sacam suas espadas e avançam, ao passo que o nobre recua.

– Fique quieto, selvagem, e ninguém se machucará.

- Ei, ei, ei, não façam isso...

Reid arruma sua alabarda em mãos e se prepara pro combate.

– Se entregue sem resistência, homem! Por Petraer! – gritou um dos guardas, e o mais apreensivo dos dois.

– O que estão esperando!? – gritou o nobre, impaciente.

Talvez a informação de toda a algazarra tenha sido soprada pelos ventos, e pelas bocas curiosas, mas fato era que, ao longe, um pequeno grupo armígero vinha se aproximando.

Os soldados parecem hesitantes em começar um combate. E, ao longe, mais soldados estão vindo. O que você vai fazer, Zanard?

Número de Guardas Rakkah efetuou 1 lançamento(s) de dados D4 :

2

+1

Reid se desanima um pouco após ver que mais três guardas estavam chegando. [E isso mesmo, não é?] Ele acha que não é uma boa idéia machucar pessoas que ele nem conhece, ainda mais por ser novo nesta civilização tão estranha.
Decide desarmar os guardas, infligindo somente danos leves, mas demonstrando sua força, para ver se o deixam ir sem mais delongas.

Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

5 , 6

[edit] sry, eu tinha ecrtio d4 em vez de D4 no código, deu dado não existente.

Então o selvagem decide atacar. Usando sua brutalidade, e a parte cortante de sua alabarda, o bárbaro Reid faz um ataque em arco mirando a espada de um dos milicianos.

Os aços relampejaram, mas o soldado mostrou que seu cargo é sustentado por um homem de verdade e sua espada não voou como normalmente aconteceria com qualquer outro. De qualquer jeito, o ataque foi forte o bastante para desestabilizá-lo.

O segundo soldado, ao perceber a iminência do combate, projetou-se para frente a fim de ter distância suficiente para golpear o adversário. Sua espada singrou o ar como um drakkar nórdico, porém, ferozmente Reid a aparou com a haste de sua alabarda.

Reid rapidamente aproveita que o guarda se desestabilizou para usá-lo de exemplo aos outros. Ele tenta, com um golpe, jogar a espada do homem longe, para mostrar como era forte, e que poderia fazer o mesmo com todos os que vinham.

Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

6 , 6

Num movimento cirúrgico, a alabarda cortou o ar horizontalmente até acertar a base da lâmina da espada do guarda. O clangor ensurdecedor foi ouvido até mesmo pelos soldados que vinham - e estavam bem próximos. A espada longa foi arremessada metros de distância, caindo no meio das barracas que formavam o corredor da rua principal de Arram.

Vai ter que fazer muito mais do que isso para me impressionar, pensou o guarda que ainda possuía sua arma. Por Petraer, que força descomunal! - pensou o outro.

– Seus inválidos! Se não pegarem esse bárbaro, eu mesmo irei enforcá-los! – gritou o nobre, intimidando seus servos.

Por fim, a carne e o aço se encontraram; Reid pôde sentir o fio da espada adversária fatiar na transversal seu bíceps e tríceps esquerdos. A dor foi superficial. Não era nada que pudesse abalar a montanha de músculos de ferro do bárbaro... nada que ele nunca tenha sentido. Nada não natural.

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Guarda 1: De pé. Lutando.
Guarda 2: De pé. Se afastando da batalha (desmoralizado).
Nobre: De pé. Ao longe.
Milícia: Se aproximando. Bem próxima.
Reid: -10 de HP.

[Caraio, -10 de HP, já? É melhor me cuidar, não quero morrer agora xD]

Reid, tomado pela frustração, ao ver que seu plano de fazer os guardas desistirem da luta por meio da intimidação, se deixa ser levado pela ira e pela adrenalina e atca, para ferir mesmo o homem que o cortara. Com um movimento grande em arco, planejava acertar o homem nas pernas ou no tronco.

Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

1 , 5

A alabarda veio em cheio martelar o tronco do soldado. A lâmina da arma atravessou a cota, cortando a carne do guerreiro que cambaleou para o lado antes de cair ofegante.

Nesse momento, os três guardas restantes chegara à cena de batalha, logo rodeando Reid. Esses não eram cavaleiros, e por isso cada um possuía, além da cota de malha e da espada, um pequeno escudo.

Cada um deles tenta derrubar o selvagem com um ataque. O primeiro lança sua espada na vertical, em direção ao crânio de Reid, mas o ataque é aparado pela haste da alabarda. O segundo golpe vem em forma de um uma perfuração, mas num movimento corporal parecido com o espreguiço de um enorme felino, o bárbaro evita o golpe.

Mas o terceiro ataque não pôde ser evitado. Por falta de proteções na cabeça, o cabo da espada do quinto soldado acertou em cheio a nuca gigante das pradarias. A visão ficou enegrecida por um momento, mas a batalha prosseguia.

– Renda-se!

– Peguem ele! – ordenavam.

___
Reid: -3 de HP.
Soldado 1: Caído.
Soldado 2: Fora de combate.
Soldado 3: De pé. Lutando.
Soldado 4: De pé. Lutando.
Soldado 5: De pé. Lutando.
Nobre: Ao longe.

O bárbaro, mais irado ainda, se levanta e gira sua grande arma, em um arco, a fim de acertar ou afastar dois dos soldados com quem lutava, enquanto se preparava para desviar de qualquer golpe que o terceiro guarda tentasse acertá-lo com.

Força 4 + Alabarda;dano = 10
Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

1 , 2

Agilidade 4
Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

3 , 3

[off] Será que eu posso fazer isso? Se eu não puder fazer tanta coisa de uma vez, considere somente o ataque, sim?

As pessoas não conseguiam crer no que estavam vendo: um único homem lutando com todo o seu coração e garra contra três guardas. Ninguém sabia quem ele era ou de onde vinha, não sabiam quais eram suas intenções, mas fato era que o selvagem conquistou um pouco de respeito dos citadinos.

A luta prosseguiu. Como uma pantera acuada, Reid continuou a tentar açoitar os seus inimigos, sua alabarda bailava no ar como se fosse um leve cabo de vassoura.

Os guardas recuavam e atacavam. Já Reid nunca retroagia, e sempre jogava andando pra frente, trocando com seus adversários.

A lâmina da alabarda cortou o vento, assobiou e explodiu no escudo de um dos guardas. Ele pensou: "graças a Petraer!". O impacto fora tão forte, que se não estivesse sendo protegido por uma cota, o antebraço do guerreiro teria sofrido um profundo ferimento.

A arma do bárbaro estava fincada no escudo de aço do soldado. Os segundos que Reid usou para tentar desprendê-la foram cruciais. O guerreiro a sua frente emendou um corte vertical, de cima para baixo, na direção do rosto do selvagem. O gigante levou sua cabeça para trás a fim de desviar o golpe, mas a ponteira da espada riscou de sua testa até a metade da maçã de sua face esquerda.

Mais uma vez escuridão. Uma vermelhidão de sangue preencheu a visão do nômade das pradarias, e uma escuridão o assolou. Os raios solares cegaram seu outro olho, e um novo golpe: um corte horizontal no peito.

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Zann, jogue 1d6.
Resultado 1~3 = seu olho esquerdo está cego.
Resultado 4~6 = seu olho esquerdo não está cego.

Reid ganhou uma cicatriz vertical no olho esquerdo.

Se quiser ficar de pé, faça um teste de Vontade, dificuldade 10. Se falhar, considere que ele caiu.

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Reid: -20 de HP.
Soldado 1: Fora de combate.
Soldado 2: Fora de combate.
Soldado 3: De pé. Lutando.
Soldado 4: De pé. Lutando.
Soldado 5: De pé. Lutando.
Nobre: Ao longe.

Cegueira:
Zanard efetuou 1 lançamento(s) de dados D6 :

6

Ficar de Pé, Vontade 4
Zanard efetuou 1 lançamento(s) de dados D6 :

2

[off] Meodeus estou com 27 de HP :shock Tenho que pensar num jeito de sair dessa sem morrer... Nem me render. Mas eles têm um iron will do caramba xD

[Eu errei o teste de Vontade, ao rolar somente um dado, e para não modificar o resultado dos dados com uma edição, vou rolar novamente aqui.]

Vontade 4:
Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

2 , 4

Zanard escreveu:Mas eles têm um iron will do caramba xD

Não é isso rs. Mas imagine o Reid, o Cohen, o Albert e o Heitz lutando contra um único guarda. Vocês estão em vantagem numérica, e não receberam dano algum. Você ficaria com medo de lutar contra ele?

[se o Heitz tivesse sido desarmado em dios segundo, talvez xD Mas eu entendi oque vc quis dizer.]

[Mas tem muita coisa envolvida: orgulho e um nobre escroto gritando no seu ouvido que vai te enforcar caso você não prenda o cara são só alguns dos exemplos rs. Enfim, pode ir, sua vez.]

[Eu entendi mesmo, só estou enchendo xD Ah, um detalhe que eu percebi, nós estamos lembrando de somar o +1 que eu ganho nas rolagens de combate corporal por causa do meu Espírito Animal: Lobo?]

Após considerar sua situação, e condição física, após ter levado tantos golpes certeiros, decide que prolongar a batalha não servirá de nada. Se esta sua última investida falhasse, planejava desistir, já que esta briga não valia sua vida.
Reid se afasta um pouco dos guardas, de forma a ficar numa linha reta ao nobre. Ele parte correndo, a fim de desferir um golpe que matasse o mesmo (usando a habilidade Investida Mortal, eu dou um ataque normal num alvo que esteja distante, e causo +10 de dano).

Força +4; Alabarda(dano) + 10; Investida Mortal(dano) + 10; Espírito Animal: Lobo[?] +1
Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

5 , 1

[O Espírito Animal está com uma interrogação do lado, pq não sei se já está contado ou não. Se já estiver, ignore-o]

[É, eu não lembrava do espírito. Se você tivesse lembrado disso na última ação, as coisas estariam diferentes agora rsrs.

...

Peraí, eu entendi direito? Você quer matar o nobre?? RSRSRS!]

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Os soldados já davam a luta como vencida. Apesar de terem sido dois abatidos, os guardas ainda eram o maior número e possuíam armaduras e escudos.

Eles se preparavam para debilitar de vez o bárbaro, e o levar para a prisão, mas algo inusitado aconteceu: o lobo acuado mostrou-se violentamente brutal.

Reid cingiu a haste de sua alabarda tão forte que os nós de seus dedos ficaram esbranquiçados. Os guerreiros tremeram em seus calcanhares. Um urro e uma disparada feroz. Os guardas tentaram fechar o cerco e parar o bárbaro usando seus escudos - tudo em vão.

Saído do meio da batalha, o destino da ponteira da alabarda era o coração grandíloquo daquele que gerara toda aquela confusão. O impacto fora tão potente que o corpo débil do nobre não o suportou. O cabo da arma do bárbaro foi enterrado vários centímetros no peito do egrégio, que caiu sem sentido ao chão produzindo um som abafado - e sendo seguido por um "oooh" uníssono.

– Peguem o assassino!! – gritou um dos guardas, que ainda não acreditava no que acabara de ver.

Certamente aquela falha risível da milícia não passaria impune... muito menos os atos do selvagem.

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Reid: -10 de MP.
Soldado 1: Fora de combate.
Soldado 2: Fora de combate.
Soldado 3: De pé.
Soldado 4: De pé.
Soldado 5: De pé.
Nobre: Caído.