Um Coração Selvagem – Reid

Se controlando o máximo que conseguia, o máximo que sua força de vontade permitia, ele permanecia sentado, de costas para o fonte da voz. Para ele, a voz vinha, como um manto úmido, depositar-se sobre seus ombros, envolto com um uma camada espessa de frio, medo e terror.

Várias histórias passaram pela sua mente. Desde algumas contadas por guerrerios de sua vila, nas quais passavam por situações semelhantes, ou alguns mitos que o xamã costumava contar às crianças, para matê-las longe de certos perigos.

Num destes mitos, o persongaem, um caçador ia para numa caverna extremamente escura, quando seguia uma raposa, que seria seu jantar.
ele adentra a caverna, mata a raposa, e assim que ia sair desta, ocorre um terremoto, e a encosta da montanha desmorona, tampando a saída da gruta onde se encontrava. Numa escuridão total, o bárbaro gasta todas suas energias tentando abrir caminho para o lado de fora, mas acaba cnasado e sem nenhum sucesso. Quando senta-se para descansar, ouve atrás de si, um rosnado. Congelado de medo, compreende que era a mãe da raposa que matara, e que a caverna era seu ninho. nunca mais ouviram falar daquele caçador.

Sentia-se numa situação extremamente parecida. Não conseguia, após ter comparado sua situação à história, parar de pensar que a voz que falava era, provavelmente, o espírito do nobre que matara, que viera por vingança.

Ele conseguiu somente ficar parado, respirando pesadamente, de olhos fechados. De vez em quando tentava balbuciar alguma coisa, mas nada saia de sua boca.

[Mandou muito bem, Zann]

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As imagens inventadas por Reid perturbavam sua mente. Elas se repetiam num loop infinito, porém cada vez mais fortes e mais terríveis.

O silêncio voltou a reinar... por pouco tempo.

Passos lentos começaram a vir na direção do bárbaro. Um seguido do outro, em intervalos regulares. Reid podia sentir a pele de suas costas ser tomada por arrepios constantes, além de um calafrio sobrenatural.

Ele sentiu a presença de algo. Mesmo sem olhar para trás naquela sala escura, ele definitivamente sentiu a presença de algo. A mão daquilo veio se aproximando lentamente por trás de seu ombro. O coração de Reid estava disparado, ao passo que o suor era abundante. A mão continuou a se aproximar... até que subitamente um guarda aparece pela fresta da porta gritando.

– Acorde cão!!

Ao notar a palidez excessiva e a expressão de horror no rosto do selvagem, o soldado dá uma breve olhada para o interior da cela tentando verificar algo fora de ordem. Por inexperiência, desconhecimento ou falta de ângulo, o soldado não percebeu que Reid havia se soltado das algemas fincadas à parede.

– Que coisa estranha... – disse, sendo subitamente acometido por um calafrio – Vá dormir homem, vá dormir!

Talvez o soldado estivesse mais preocupado com outra coisa ao olhar a cela...

Em seguida verificou se a porta não se abalou com os tremores de terra, e continuou sua ronda pelos corredores do calabouço, alimentando o fogo das tochas que se apagaram pelo caminho.

Estava apavorado em demasia, não conseguia nem pensar se o guarda percebera que não estava mais algemado à parede ou não.

[Antes deu fazer alguma outra coisa, me diz: As tochas que o guarda reacendeu iluminaram alguma coisa dentro da cela, ou não?]

Sim iluminou mais a cela, mas, como disse no início, a iluminação é somente suficiente para não te deixar uma escuridão total.

Ainda com medo, Reid corre até a porta, e senta-se, de costas a esta, olhando para o resto da sala, tentando se aproveitar da luz para ver se via oque falava com ele.

- Oque quer de mim!?

[Agora, se eu precisar de uma teste para virar-me, aqui está:]
Vontade 4
Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

5 , 4

Com um pouco mais de coragem, Reid resolveu encarar o desconhecido. Seus olhos percorreram minuciosamente todos os quatro cantos da cela, não conseguindo encontrar nada além de tijolos, umidade e imundície.

Ele não sabia ao certo o que havia acontecido alguns minutos atrás, mas aquilo certamente o abalou. Seria um delírio?

Concluiu, ao fim de alguns longos minutos de reflexão, que todo o cansaço da luta e de ter ficado naquela cela, em condições precárias por tanto tempo se acumularam o suficiente para lhe causar alucinações. Tinha de sair logo dali, para poder chegar a uma estalagem e dormir uma boa noite de sono.

Como será que sairia? Não planejava morrer, sendo enforcado em praça pública. Não se importava com as chibatadas, na verdade, mas sim com o enforcamento. Aprendera, quando pequeno, que o sofrimento é bem vindo, quando a outra opção á a morte. O problema, era que estavam impondo a ele, no momento, os dois! Tinha de fugir dos dois, mesmo que só quisesse evitar um deles.

Mas como? O próprio guarda havia checado se a porta estava bem presa em seu lugar, e por sinal, estava. Resolveu descansar. Não sabia quanto tempo faltava para sua execução, então resolveu descansar, até recuperar suas energias o suficiente para poder tentar novamente arrancar a porta do lugar.

Reid acordou após algum tempo. Não sabia se era dia ou se ainda estava dentro daquela noite de pesadelos. O fato era que algumas vozes, de homens, o acordaram. Elas vinham do corredor, mas estavam longe o suficiente para não permitirem serem decifradas perfeitamente. A única certeza que o bárbaro tinha era que ele era o assunto da conversa.

"Droga, perdi minha chance de escapar... Agora tem gente por aí..."

Após perceber que talvez tenham vindo buscá-lo para levá-lo à praça, onde seu castigo seria realizado, ele se levanta, e cautelosamente, sem fazer nenhum baruloh, se esconde ao lado da porta (do lado que ela não vai estar bloqueando, quando aberta.), pronto para atacar , se alguém entrar no recinto.

Os passos metalicos ecoaram nas paredes de tijolos do lugar. Eles pararam próximo à porta da cela de Reid e... silêncio, mas não por muito tempo.

– Para onde foi levado o selvagem prisioneiro? – perguntou a voz, mas, novamente, distante.

– Não sei, senhor. Em meu turno ele dormia no chão.

– Dormia no chão? Como assim "no chão"!? Quem o libertou das algemas da parede?

Agora os passos voltaram a ecoar e se aproximar da cela do bárbaro. As vozes iam aumentando gradativamente.

– N-não faço idéia, senhor! Talvez a parede da cela tenha se enfraquecido com o terremoto de ontem a noite. Por fora da prisão podíamos notar uma rachadura enorme na...

– Cale-se! Saque sua espada, recruta – a voz estava novamente alta, e bem próxima da porta – Cão! Apareça imediatamente se não quiser ser executado aqui mesmo junto com os ratos – ordenou o guarda à Reid.

Surpreso com o que diziam, o bárbaro pensava no que fazer. "Rachadura na parede? Que história é essa?" Ele tinha dúvidas se deveria obedecer, lutar ou tentar fugir.

-Estou aqui, guarda... - não saia do lugar, mas falava como se estivesse na parede. - Você devia estar sonhando, guarda. Meus braços ainda estão presos. Ouça.


Com isso dito, ele chacoalhou as correntes que estavam presas em sus braços, a fim de fazer barulho.

[Preciso de teste pra mentir?? Se precisar tô rolando um com Mente + 3]
Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

2 , 4

Não entendi sua ação, Zann. Vou postar um mapinha da cela e você me diz exatamente o que está fazendo (pode editar no paint mesmo) ok?


Obs: o segundo mapa mostra como é o alcance da visão do guarda através da fresta da porta. A parte não englobada pelo sombreamento vermelho é o ponto-cego do NPC.

[off]Ah... Eu achei que ele não via o fundo da cela. Mals... Reformulando...

O bárbaro faz o mínimo de barulho possível, controlando até sua respiração, para que achem que ele não está na cela.

O silêncio permaneceu... até uma nova manifestação, da voz mais vacilante entre as duas.

– Será que ele fugiu, senhor?

– Fugir!? De qual unidade você é? Seu fazendeiro! A menos que ele tenha aprendido a virar fumaça, não há como escapar daqui... não ao menos sem botar a baixo essa porta – falou ao recruta. Mas em seguida se voltou ao bárbaro – Último aviso, bárbaro, deite-se no centro da cela ou teremos de utilizar de violência para tal!

[A corrente que está pendendo dos meus pulsos é comprida os suficiente para enforcar uma pessoa, ou usá-la de refém, colocando-a no pescoço do mesmo? E a porta, abre pra dentro ou pra fora? Vou colocar 4 possibilidades de ação, uma pra cada situação. Estou considerando surpresa pq, memso que vc saiba que está por vir um golpe se ele for de repente e de uma direção desconhecida, é surpresa, certo? Se não for vc ignora o 3º d6, ok?]

[Se a corrente FOR longa o suficiente]
O bárbaro passa em frente à porta, deixando sua cabeça ser vista pela grade, várias vezes, e desaparece, abaixando, de forma a fazer com que os homens não saibam de que lado da porta está, e volta para sua posição inicial.

- Se quer que me renda, ou você me dá um solução plausível, ou que venha me pegar você mesmo! Rato! Tenho certeza que se esconderá atrás de seus soldadinhos! Soldadinhos sem cerébro que escutam vocês como idiotas! Até eu tenho mais honra! - O barbáro desafiava os dois homens, para que entrassem no recinto, esperava que o "nobre" viesse na frente.
[Dependendo da porta:
Se ela abrir pra dentro, assim que eles abrirem a porta (quando ela estiver uns 40° aberta, eu vou chutá-la com tudo pra que bata na cara do que estiver na frente [rolagem 1])
Se ele abrir pra fora, assim que eles entrarem, vou fazer silêncio, esperar o "nobre"estar visível, e, com um lépido movimento [rolagem 2], colocar a corrente em volta do pescoço dele, me posicionando atrás do mesmo, tendo ele como refé, entre mim e o recruta]

[Se a corrente NÃO FOR grande o suficiente:]

Reid decide por ficar quieto, e espera que usem a força, para poder alegar legítima defesa de novo, se for o caso. Se fosse possível, sairia dali sem ser visto.
[Se a porta abrir pra dentro, vou ficar do lado que fica coberto que abrem a porta, e quando eles entrarem na sala, vou nocautear o guarda com um golpe de surpresa[rolagem 3], e logo em seguida, nocautear o "nobre", mesmo que ele tenha me visto [rolagem 4]. Em seguida, pego as armas/armaduras do guarda e saio da cela.
Se a porta abrir pra fora, eu vou tentar vou dar um tackle (uma investida) no primeiro que entrar (tantofaz quem for) tentando nocauteá-lo, e em seguida, pegar a arma do guarda (se ele ainda estiver de pé, use a [rolagem 5], se não, espero que não precise de rolagem).]

[Se tiver alguma coisa que não entendeu, pergunte, que posto de novo, já que não vou poder editar esse post...]

Rolagem 1:
Físico +4, surpresa +1d6, Espírito Animal: Lobo + 1 (Se for considerado combate)
Zanard efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

4 , 3 , 6

Rolagem 2:
Físico +4, surpresa +1d6, Espírito Animal: Lobo + 1 (Se for considerado combate)
Zanard efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

2 , 4 , 6

Rolagem 3:
Físico +4, surpresa +1d6, Espírito Animal: Lobo +1
Zanard efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

6 , 3 , 3

Rolagem 4:
Físico +4, TALVEZ surpresa +1d6, Espírito Animal: Lobo +1
Zanard efetuou 3 lançamento(s) de dados D6 :

1 , 3 , 3

Rolagem 5:
Físico +4, Espírito Animal: Lobo +1
Zanard efetuou 2 lançamento(s) de dados D6 :

1 , 1

Ao entrarem na cela, Nari, Heitz e Merrabam são surpreendidos com um ataque inesperado vindo do prisioneiro.

Ele, o bárbaro, havia usado pedaços de correntes ligadas às algemas de seu pulso como arma.

Como num salto de um grande felino, Reid começou a enforcar o clérigo Merrabam.

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O que vocês, Allian e Gun, fazem?

Nari quase que por impulso, corre até ficar atraz do selvagem, e com a dobra dos braços, trava e tenta puxar os braços do selvagem para longe do Clérigo, tentando ser ouvido.

-calma, calma , calma!!!!

[Rakkah, vc deve ter rido muito quando leu minha ação xDD Imagina se o Allian ou o Hetiz tivessem entrado antes ia ser muito engraçado. Vou esperar o Gun postar. Se pá eu vou soar um pouco mal-educado, mas é puro roleplay, ok?]]

Rapaz, eu queria rir, mas eu fiz tudo tão na pressa que, sério, se eu estivesse com mais tempo hoje a tarde, eu teria feito tudo diferente rs. Mas é que minha família toda foi visitar meu sobrinho – que acabou de nascer –, daí eu que tive que levá-los e não podia atrasar rs.

Fico parado um pouco longe do bárbaro, vendo o grandalhão enforcar o clérigo e digo com calma sínica:

- Hei grandalhão se eu fosse você não faria isso por vários motivos:
- Um este cara comprou sua liberdade, em vez de deixar você ser enforcado.
- Dois a punição por matar ele seria muito pior que ser enforcado
- E Três e o principal ele me deve dinheiro, a punição por me privar desse dinheiro seria muito pior que a punição por matá-lo...

- Então porque você não fica calminho e vamos saindo desta possilga cheia de percevejos...

Os guardas já estavam prontos para alvejar Reid, mas Merrabam, que apesar de não aguentar mais a posição incômoda, os ordenou – com um gesto manual – que parassem.

eu faço mais força, tentando por tudo puxar os braços do selvagem pra traz.

Se Reid for resistir à imobilização, façam um teste de Força.

[Gente, eu achei que postar em turnos era uma boa xD]

Ao ouvir as palavras do ladino, Reid afrouxou muito a corrente, de forma a parar de ferir o clérigo, embroa não tivesse soltado-o ainda.

- Isso é verdade? Eu vou poder sair desse inferno? - Ele parecia estar muito exciado por ouvir isso, ams queria confirmar a veracidade do que lhe disseram, antes de soltar o homem. Ele já tinha, em pouco tempo, descoberto o quão desprezíveis os homens da cidade poderaim ser.