Viver ou Sobreviver? [Cap.3 - Jason Miller]

Jason levou Luana para o quarto.

Margareth ficou um tanto confusa e asssutada ao ver a jovem naquele estado.

- Oque aconteceu com vocês? Quem era que estava na porta?

Luana permaneceu como estava, abraçada cada vez mais forte no tronco do homem. Parecia que ia desavar em lágrimas a qualquer momento.

- Apenas um estorvo - disse Jason, sentando Luana na cama e lhe dando um beijo na testa. - Arrumem as coisas, mas de pressa, pois vamos sair daqui agora. Se eu voltar e não tiver dado tempo de ter arrumado tudo, deixa pra lá. Peguem apenas as coisas úteis, ok?

Jason abraçou Luana pela última vez, fazendo um rápido cafuné em sua nuca, com o rosto recostado no da garota.

- Vai dar tudo certo. Relaxa.

Por fim, o garoto também abraçou a mãe. Um abraço que mais parecia a de um filho pequeno.

- Eu já volto. Agilizem tudo.

Dada a última ordem, Jason saiu do quarto para, enfim, começar o seu plano de fuga. Ele não queria nem imaginar o que aconteceria com sua família caso as coisas dessem errado. Mas por outro lado, também não queria pagar para ver o que aconteceria se continuasse lá sob ameaças de um desconhecido.

[Quero entrar no quarto em que Mark está. Não quero ser furtivo, mas também quero evitar fazer o máximo de barulho, tanto nos corredores (checar câmeras) quanto no ato de abrir a porta]

Jason passou pelo corredor calmo e observador, prestando atenção para ver se encontrava alguma câmera. Não tendo avistado nada, o jornalista entrou no quarto onde seu editor estava.

Lá dentro, o homem estava deitado em sua cama, cochilando, com as mesmas roupas que viera vestindo.

Neste exato momento, ouviu passos no corredor e alguém batendo na porta do quarto ao lado- o quarto de Luana.

[#&$!%!!]

O coração de Jason disparou. Ele não havia dado instrução nenhuma para o caso de alguém bater à porta delas, mas esperava que, de acordo com os eventos recentes, elas tenham aprendido a lição da primeira vez.

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Eu abro um pouco a porta, tomando cuidado para não ser ruidoso, deixando espaço o suficiente para que eu possa ouvir a conversa.

Jason furtivamente abriu de volta sua porta, para justificavelmente bisbilhotar na conversa alheia. Ouvia a porta do quarto ao lado abrir-se e alguém falar. Reconheceu como sendo a voz de Margareth.

- Oque deseja? - Ela perguntou, ríspida e áspera.

Neste momento, Jason já estava segurando o coração nas mãos e o empurrando de volta para dentro do corpo, porque este já estava prestes a fugir.

- O Sr. Frederik está convocando todos os senhores e senhoras para seus aposentos. Deseja tratar de algo muito importante e me incumbiu de levá-los até lá. - Disse uma docemente feminina voz, deixando Jason um pouco mais calmo. Já não era aquele maldito homem de volta para outra investida.

- Ah, certo... - A mãe do homem parecia um pouco comfusa quanto ao que fazer. - Você pode chamar meu filho no quarto ao lado? Minha nora está dromindo, vou acordá-la...

Com isso dito, Jason ouviu Margareth fechando sua porta rapidamente e passos vindos na direção de seu quarto.

O jornalista não tardaria em voltar a fechar a porta e esperar pelas batidas da mulher.

[Se puder adiantar: eu espero alguns segundos antes de abrir a porta e receber a informação da mulher. Acordo Mark, caso ele não esteja acordado, e o aviso.

Quero deixar uma frase solta para o meu muy amigo editor: "- Por que você fez isso?"]

Jason acourdou Mark rapidamente e disse-lhe, enquanto este ainda estava confuso:

- Porque você fez isso?

O editor ficou extremamente confuso, tanto por ter acordado repentinamente, quanto por ser interrogado assim que acordara. O jornalista foi atender à porta. Ao abrí-la, viu uma jovem empregada de curtos cabelos escuros parada.

- O Sr. Frederik gostaria de tratar com os senhores em seus aposentos. - Ela disse, cordial. - Queiram acompanhar-me, por favor.

Jason esperaria por Margareth e Luana para então seguir a serviçal -- mas nunca de cabeça baixa, nunca com sentimento de derrota, pois não deveria, em hipótese alguma, desmotivar aquelas que nele se apoiavam.

- Estamos aqui, vamos. - Lauan e Margareth saíram do quarto e se juntaram ao grupo.

Continuaram seguindo a guia, em silêncio. Atravessarama o hall de entrada, o salão onde haviam ceado e pararam defronte à uma grande porta, atrás da mesa de jantar.

A empregada abriu a porta, que deva à uma passagem em T. Dois corredores laterais e um principal, longo, com uma porta em seu fim.

- Sigam reto este corredor, os aposentos do Sr. Frederik são logo através daquela porta. Batam e esperem ser conivdados a entrar.

Insatisfeito com tudo aquilo, o repórter apenas seguiu o comando e fez exatamente como foi dito, esperando ser atendido pelo anfitrião.

No momento que Jason ia tocar na porta, Mark segurou seu braço.

- Jason, - ele disse, e passou rapidamente os olhos por todos que estavam ali. - e companhia. Tenho uma coisa muito importante para dizer para vocês antes de entrarmos nessa sala. Mas pode ser que vocês não gostem de ouví-la.

O editor de Jason ficou então em silêncio, como se esperasse por algum sinal de que deveria prosseguir. Ainda não havia soltado o braço do jornalista.
As duas mulheres olharam para o homem como se fosse seu pai, e deixassem com ele a decisão.

Jason apenas virou o eixo de seu corpo na direção do editor, lhe concedendo a permissão para continuar o que tinha para dizer.

Ele parecia um pouco envergonhado, mas soltou o braço de Jason e começou a falar:

- Eu peço desculpes, primeiramente. - Ele iniciou o discurso, cabisbaixo. - Eu os trouxe para cá sabendo do que se tratava. Sabendo que não gostariam. Sabia que ficariam apreensivos. Mas peço que por favor me desculpem. Foi inevitável, aqui é o único lugar seguro! Os mortos-vivos não irão atacar esta mansão, porque quem os controla é o próprio dono dela!

O editor estava exaltado. Parecia que uma certa confusão que prendia dentro de si estava saindo, os nervos à flor da pele.

Jason estava apreensivo. Não sabia se deveria dizer algo ou não. Ali, qualquer coisa dita poderia ser jogada contra ele e sua família.

O jornalista apenas ficou quieto esperando Mark terminar seus discurso.

- Mas não sabia que estaríamos em perigo aqui também. Eu acho que sie oque o Sr. Frederik quer falar conosco. E tenho certeza de que não aceitarão. - Mark parou de falar um pouco, suando frio. Cerrou os punhos, aplicando tanta força nesse ato que o sangue se esvaia das mãos, deixando-a esbranquiçada. - Ele vai querer que nos juntemos a ele. que trabalhemos para ele.

[Claus é o cara que me abordou no hospital, né?]

Jason fechou os olhos e engoliu em seco. Se lembrou da proposta que o hospedeiro havia feito durante o encontro no estacionamento do Alma Sacra.

- Como saímos daqui, Mark? - disse, quase sussurrando.

[Sim ]

Mark fechou a cara. Sua expressão denotava medo, ansiedade, norvosismo e mais um trilhãos de coisas que Jason podia facilmente associar tanto à prisão de ventre quanto ao medo da morte.

- Não sei se é possível, Jason. A menos que você queira atravessar a floresta toda, fugindo até uma cidade infestada de zumbis.

[Demorou um tempo pra cair a ficha kkkk. Se eu tivesse percebido antes, não teria ido para lá]

- Você não sabe pilotar helicóptero? - disse Jason, ansiando por uma resposta positiva.

- Eu.... - Maark virou a cara. Parecia que ele já receava que Jason tivesse essa suspeita. - Sim, eu sei. Mas como nós vamos conseguir as chaves?

Luana interveio neste momento, entrando na discussão:

- Espera, você não é amigo daquele tal de Claus? Ele pode te dar a chave!

Mark fez uma cara de espanto. Chacoalhando fortemente a cabeça de um lado para o outro, retrucou, negativo:

- Não, não! Eu conheci aquele homem pouco antes de ligar para Jason oferecendo a carona!

- É? E como foi isso? - Jason se mostrou interessado na história.

Mark olhou para Jason nos olhos. Parecia estar sendo o mais sincero e honesto o possível, quando contou a história.

"Estava no meu escritório, vendo o noticiário. Podia muito bem ver o caos pelas minha janelas, enquando via também pela televisão a tal infestação dos zumbis. Foi quando começou a chover que pensei se deveria sair da cidade. Mas não sabia como. Nesse momento, ele bateu à minha porta. Trajava aquele terno surrado e sujo, molhado.", o editor contava como se estivesse escrevendo um suspense policial um tanto fantasioso no qual ele era o narrador personagem.

"Ele disse que poderia me levar para longe da cidade, para algum lugar seguro, já que eu era merecedor. Perguntei se poderia chamar alguns amigos junto. Ele concordou, disse que, se estavam vivos, tinham todo o direito de nos acompanhar. Coinfiei nele porque ele me protegeu de alguns dos mortos-vivos no caminho até o heliporto, onde ele me mostrou o helicóptero da fuga, antes que vocês chegassem.".

- E isso é tudo? - Luana indagou, desconfiada. - E você colocou nossas vidas em pergio só porque ele te protegeu de alguns zumbis!?

O rosto da jovem estava avermelhado, o sangue subia à cabeça.

- Calma, menina! - Margareth interveio, entrando também, por fim, à conversa. - Ele pensou somente no bem estar de todos. No momento qualquer lugar parecia melhor do que aquela cidade, tenho certeza.

- Mentira - Jason, de olhar tão frio, pegou seu gravador e o fez rodar no pedaço em que Claus e Mark conversavam.

Após o trecho o jornalista, com uma voz quase assassina, falaria para o editor:

- Se eu desconfiar que você está me enganando, seu filho da puta, eu vou meter uma bala na sua boca. Juro por Deus.

Agora o garoto não queria saber de mais nada. Aquilo tudo era uma armadilha. Todos naquele lugar, exceto as que ele protegia, eram serpentes prontas para causar mal. Malditos.

Mark foi pego pelo braço com a força de um torniquete. Começou a ser guiado pelos corredores da mansão como um delinquente levado pela polícia, mas à base de ameaças.

- Um pio. Só quero ouvir uma palavra sua.

Jason seguiria pelo caminho inverso que fizera, indo da casa ao heliporto, tomando todos os devidos cuidados para não ser surpreendido por nenhuma pessoa indesejada.

As duas mulheres estavam terrivelmente espantadas tanto pela gravação quanto pela reação de Jason.

- Jason... Você sabe que isso não é certo. - Mark começou a falar, num tom até um pouco desafiador. - Eu sei que vocÊ não teria coragem de me matar. Eu te conheço.

- Engraçado, pois eu também achava o mesmo de você - com um olhar frio, Jason continuou a levar o traidor pelos corredores.

Fazendo valer de todo a sua força de vontade, Mark parou e, num rápido movimento, girou o corpo todo acrobáticamente no sentido anti-horário, inutilizando a manobra que Jason aplicava em seu braço. Assim que estava livre, segurou com o braço livre o outro braço de Jason e empurrou-o com todo o corpo contra a parede do corredor.

O jornalista pôde ver bem os olhos do seu editor neste momento. Estavam confusos, turvos, como uma lagoa quando se enfia a mão dentro e chacoalha. Haviam nervos saltando na cabea de MArk aqui e ali, deixando claro que estava pondo nos braço toda a força que tinha, para manter Jason ali.

- Jason, escuta aqui, nós estamos brigando um contra o outro quando na verdade deveríamos estar do mesmo lado! - As palavras saíam claras da boca do homem, mas Jason não coseguia saber sua natureza. - - Você não acredita em mim por causa daquela gravação!? Oque nela é tão suspeito assim, homem

Luana já havia se posto atrás de Mark e tentava puxá-lo para longe de Jason, mas sem sucesso. Já MArgareth já estava ficando velha para esse tipo de aventura e conflito: estava apoiada, espantada, contra uma parede, respirando pesadamente.