Lutar para...? [Cap. 4 - Brian]

- Se quisermos fazer qualquer coisa por aqui, inclusive salvar inocentes... Precisamos de fogo.
Essa era a única certeza que Brian tinha... Coitado... Vítima da ironia do destino, ele acreditava que viver fugindo de cidade em cidade ia ser o melhor para evitar problemas.

- Vamos para minha casa, então. - Disse Gustav. - Lá poderemos administrar melhor a situação dos sobreviventes e também teremos como nos armar para um combate, caso necessário.

- Você vai no porta-malas de novo? - perguntou Mary, com um sorriso debochado.

- Ajoelhou... Tem que rezar!
Brian soltava um sorriso conformado:
"Sobrevivi ao atropelamento de um monstro... Melhor não abusar da sorte, por enquanto!"

Após se encolher novamente para dentro do porta-malas, Brian prestou atenção no que acontecia. Principalmente ligado aos sons, ele imaginava a situação do lado de fora do veículo.

De repente, freadas e curvas bruscas o jogaram de um lado para o outro. Mesmo curioso, Brian não tinha muito oque fazer naquela situação: estava de mãos atadas.

Um balançar forte iniciou-se e o homem pôde ouvir gritos, enquanto era prensado pela inércia contra a lateral do porta-malas. Por fim, o veículo parou de um tranco, que arremessou-o contra a abertura do compartimento de carga em que havia se metido. Por pouco este mesmo não abriu.

Ouviu vozes do lado de fora e, logo, o porta-malas foi aberto. Era Keith. Ele estava desesperado.

- Rápido, saia daí! Temos que correr! Batemos o carro, Carl está ferido, tem um grupo de zumbis vindo e ainda estamos à duas quadras da casa do Gustav!

- Caralho... Então vamos correndo!
Pulava Brian do porta-malas pronto pra ação.

[Eu sei que tá nojento, mas taí seu mapa. Para retratar um combate um pouco mais aberto e em maior escala, já que vocês estão enfrentando muitos zumbis, eu fiz o seguinte:

- Os blocos negros são contruções. Os cinzentos são ruas e passagens.

- O seu grupo de policiais é o bloco verde. Vocês andam como uma entidade única, não podendo assim se separar, embora o bloco possa se deformar para caber em espaços menores (como ruas estreitas). Cada bloco representa um combatente (Keith, Gustav, Brian e Mary. Carl está ferido demais para lutar.)

- Os blocos vermelhos representam grupos de zumbis. O n° exato de inimigos não importa, o bloco divide uma vitalidade única, baseada somente no tamanho do grupo. Um único bloco de zumbis representa um pequeno número, sendo assim, uma ameaça pequena também.

- O seu bloco pode realizar um movimento e duas ações por turno. Uma delas será realizada por mim, como os NPCs e a outra, por você, como Brian. A ação de movimento também é feita por você. O limite do seu movimento é de três blocos por turno.

- O objetivo inicial é alcançar o bloco azul, que é a casa de Gustav.]
================

================

- Ande logo, Brian, vamos! - Berrou Gustav, apressado.

Com uma .12 em mãos, Mary atirou contra alguns zumbis bem próximos, arrebentando-os e jogando pedaços deles para longe. Ela estava com medo estampado no rosto.

- Rápido, rápido!

[Seu turno. Você tem uma ação e um movimento para fazer.]

Brian mirou nos zumbis mais próximos e atirou duas balas apenas com os suas velhas pistolas.
[Quantas balas sobrou nas minhas pistolas? o.o]
E, sem dizer uma só palavra, andou três fuckin blocos pra cima.

==============
- Tem alguns vindo por trás!! - gritou Keith, enquanto arremessava uma granada na direção de um grupo de zumbis que avançava rapidamente pelo sul.

O explosivo caiu perfeitamente entre os pés rastejantes dos mortos-vivos e estourou, arremessando-os a grandes distâncias, em pedaços, feridos e, em sua maioria, imóveis. [grupo eliminado]

Brian avançou intrépidamente ao norte, seguido pelos policiais. Ao chegar no fim do quarteirão, foi surpreendido por um grupo considerável de desmortos e acabou sendo atingido por um forte golpe no abdômen, que rasgou a carne, resultando num sangramento doloroso. [3 de dano letal]

- Ajuda aqui, por favor! - disse Gustav, vendo o número de zumbis que se aproximavam pela frente.

- Falem baixo e não façam tanto barulho, parece que os grupos mais distante ainda não nos notaram! - comentou Mary, preocupada.

Brian segurou o grito de dor do seu sangramento. Ele estava mais focado na chegar na casa do que qualquer outra coisa. Ele andou mais 3 blocos e atirou mais duas vezes nos zumbis que incomodavam Gustav.

=======================
- Vamos, falta pouco! - gritou Keith, correndo para frente.

Mais uma vez, o grupo deu de cara com zumbis na esquina: dois grupo consideráveis fechavam a rua.

- Saiam do meu caminho, babacas! - disse Mary, descarregando sua Uzi com as duas mãos.

As balas atingiram os mortos-vivos aqui e ali, mas não foram o suficiente para parar seu avanço.

- Chegamos... Finalmente!
Falava Brian consigo mesmo assim que adentrava a casa.
- Vamos, Gustav! Mostre-nos o que você tem!
Brian adentrava a casa ancioso pra conferir novamente o armamento de Gustav.
Ele aproveitou e deu mais dois tiros nos zumbis que estavam por perto.

Levandos os tiros em cheio, mais alguns zumbis caíram ao chão, imóveis.

Apressadamente entraram na casa a fim de se proteger. Chegaram com dificuldades aos portões, que foram prontamente abertos por dentro por um homem que Brian não reconheceu.

Armado com um rifle, esse homem segurou os mortos-vivos que avançavam até todos estarem no interior dos muros e logo tornou a fechar os portões de ferro.

- Vejo que estão bem, pessoal. E voltaram acompanhados. - disse o homem.

- Obrigado pela ajuda, Hans. - respondeu Gustav. - É sempre bem-vinda. Como estão os outros?

[Fim do Capítulo 4]