Lutar para...? [Cap. 4 - Brian]

[Você pode tentar passar correndo por ele e pelo fogo pra chegar na viatura, se for o caso. Fiquei interessado xD]

[Melhor do que nada... ]
Brian saiu em disparada para tentar atravessar o fogo e chegar em uma das viaturas. Ele ainda estava em dúvida se aquilo era correto... Mas era melhor estar se movimentando numa situação dessas, do que parado!

- Continuem atirando nele. E se alguém tiver uma faca ou espada, prepare-se para cortar a cabeça do monstro! - Brian ouviu um homem gritar do andar de cima, o mesmo homem que arremessara o molotov em Johan, enquanto corria pelo inimigo.

Por sorte ou habilidade, Brian conseguiu atravessar as chamas que ardiam e passar por Johan sem amiores problemas, no máximo um pouco chamuscado.

Estava agora do lado de fora da mansão: sentiu um vento frio, mas nada de mais. Há cerca de sete metros dele estavam duas viaturas da polícia, provavelmente nas quais Kieth e companhia haviam vindo.

Pôde ouvir, vindos do interior da mansão, gritos e disparos:

- Certo! Não parem da atacar, mas não se desesperem! Vamos atirar organizadamente! Cada tiro deve valer! - Era a voz de Gustav. Ele realmente tinha nervos de ferro para manter-se são e composto numa situação daquelas.

[Que vontade do caralho de fugir! xD]
Brian entrou na viatura. Ligou o motor e buzinou para chamar a atenção de Johan.
"Acho que eles vão ficar putos cmg... Eu devia mesmo era fugir!"

Buzina soou alto o suficiente para ser ouvida perfeitamente no interior da mansão, visto que Johan virou-se para a porta imediatamente, assustado com o som repentino e curioso.

Brian ligou o motor do carro e ficou dando aceleradas apenas esperando o momento certo de agir, ou alguém falar pra ele que isso era loucura...

Considerando a distância a que se encontrava da construção, era plausível que Brian pudera ver a comoção no interior: Parecendo terem entendido a idéia aparentemente louca que tivera, os policiais se afastavam da parede, dando espaço para que ele fizesse oque queria sem perigo de atingí-los ou ferí-los.

Com a adrenalina pulsando, Brian pisou fundou no acelerador e partiu em direção a Johan. E assim que ouviu o ronco do motor subir, ele não resistiu:

- Weeeeeee!!!! Heeeeeeeeeeeeee!!!!!!

E o som da sua voz foi abafado pelo potente motor da viatura.

Demorou alguns segundos, essenciais segundos, para que Johan notasse a aproximação barulhenta e destrutiva de Brian.

Em uma questão de instantes o veículo já estava atavessando a abertura das portas da mansão e atingindo o corpo de Johan me cheio, que foi atingido, empurrado e arremessado contra uma parede. Sem o menor medo, Brian não freou e, assim, a viatura seguiu seu rumo até enterrar o capô e, cruelmente, Johan consigo, no concreto da parede.

O rastro de caos e destruição deixado por Brian era sem dúvida grande: a sala estava de pernas para o ar, descrevendo-se de forma eufêmica.

Milagrosamente, mesmo no interior de um veículo que se chocara contra um ser imenso, arreessara-o contra a parede e depois mergulhara contra a mesma, Brian não havia sequer se arranhado na empreitada.

Keith, Gustav, Mary e os outros aproximaram-se , um tanto quanto assustados e preocupados.

- Brian, você está bem? Está vivo? - indagou Gustav, esperando por uma resposta.

[Caralho... Essa cena foi tão... *_*]
Brian saiu do que sobrou do carro, e saiu gritando pra todo mundo, tomando distância para disparar contra o carro:
- Explodam essa porra!!! Vai! Vai! Vai!

Logo entendendo a déia de Brian, todo se afastaram, Keith puxou uma sub-metralhadora das costas e, mirando no tanque de gasolina de sua própria viatura, descarregou um pente.

A explosão foi inclusive um tanto cinematográfica: pedaços de metal voando para os lado, o fogo e a fumaça se confundindo e subindo ao teto, as chamas e fagulhas jogando a luz avermelhada nas faces eufóricas e assustadas dos policiais...

- Matamos aquela porra! - Berrou Gustav, mais alto do que poderia, e tossiu umas três vezes em seguida.

- É isso aí! - Luccas e Carl pulavam de alegria, festejando o feito.

Mary se aproximou de Brian, ainda cabaleando e, apoiando-se no mesmo, abraçou-o.

- Você é retardado... - Ela disse, seus olhos lacrimejando, talvez de felicidade, talvez de dor, ou alguma outra coisa que Brian não conseguia distinguir. - Tome mais cuidado da próxima vez.

Realmente, Brian tivera muita sorte: não se ferira no impacto do veículo nem na explosão. Para dizer a verdade, era incrível que ninguém se ferira na explosão, considerando que haviam pedaços da viatura para todos os lados.

Brian sorriu para Mary. Era um sorriso que se situava entre:
"Foda-se! Não era meu carro!"
e
"Ei... Deu certo! A prioridade agora é nos recuperarmos!"
Sendo assim, Brian tentou apelar pro que sobrou de seu bom-senso:
- É melhor irmos... Precisaremos do exército aqui e tem mais criaturas desse tipo nesta casa!

- Você quer fugir? - perguntou Mary.

- O exército... Ouvimos há algumas horas, pelo rádio, que o exército já estava a caminho. Há essa hora, já deviam estar na cidade.

- Claro! Você não viu o tamanho daquela coisa?
"Que pergunta estranha... Deve ser a falta de sangue..."
Pensava ele após ouvir a resposta de Mary.
Levantando o tom da voz para todos ouvirem e já andando para a saída disse Brian:

- Vamos! Estamos perdendo tempo parados aqui! Nós podemos comemorar depois...

Keith pareceu um pouco confuso com a idéia de Brian.

- Pensei que sua idéia era ficar e lutar, quando você destruiu e explodiu nosso meio de fuga. - Ele estava sendo um tanto sarcástico.

- Estamos em seis, Brian. - Mary disse, em voz baixa. - Um de nós ia ter que ficar, no mínimo.

Com paciência, Brian retrucou:

- Não tinhamos outro jeito... Precisavamos do fogo.. certo? Não importa... Devemos ir embora agora!

E respondendo a inquietação da Mary e de Keith, ele teve uma idéia brilhante:

- Mas pode se dar um jeito em tudo... Eu posso ir no porta-malas!

Ele sorria alegremente. Pois considerando a situação, ele topava qualquer negócio.

- Se você diz, vamos logo! - Disse Gustav, que, para não dizer nada muito drástico, parecia gostar da idéia de Brian.

Logo se mobilizaram para fora da mansão, a fim de fugir definitivamente daquele lugar.

- Além disso, Brian, você ainda não está sabendo da situação na cidade, não é? - perguntou Keith, um tanto aflito. - Os zumbis estavam ficando mais violentos e se reuniam em grupos. Um comportamento estranho. Mas quando saímos ainda não havia ocorrido nenhum desastre maior.

Gustav ouviu a narrativa de Keith e resolveu complementar:

- Quando você e Mary saíram, nós recebemos alguns chamados de socorro pela cidade e resgatamos algumas pessoas. Todas elas ficaram em casa. Acho que é para lá que devemos ir.

- Em grupos, é?
De repente Brian se lembrou da reunião com Frederik.
"Ufa... Ainda bem que não aceitei fazer parte do grupo de Frederik! Ele deve estar controlando o que sobrou das mentes deles..."
- Gustav, Keith... Precisamos de fogo... Balas são inúteis, a não ser que tenhamos uma excelente pontaria!

- Brian tem razão, Gustav... - Disse Keith, um tanto receoso. - Você mesmo notou que os zumbis têm ficado cada vez mais resistentes e violentos.

- Pensaremos em algo. Gasolina talvez... - Respondeu o delegado, pensativo.

- Aquele homem usou um coquetel molotov antes... - Inteveio Mary. - Talvez possamos fazer bombas caseiras, já que o arsenal da polícia é fraco.

Gustav riu baixinho, logo sorriu e, olhando para a filha, retrucou:

- O da polícia pode até ser. Mas o meu não é. Vamos.

Dito isso, ele começou a caminhar à viatura, como se já estivesse pronto para voltar à cidade infestada.

"Quem são essas pessoas?!? Como uma cidade tão pequena concentra um poder militar tão grande?!?"
Indagava-se Brian enquanto caminhava para um porta-mala:
"Quem é Frederik? Quem é Gustav? Quem é Mary? E o que mais me assusta... Quem é Clark?"
Forçava mais uma vez a memória para tentar se lembrar algo do que aconteceu.

Fosse pela adrenalina que ainda corria em seu sangue após ter adentrado uma mansão com um viatura da polícia e em seguida explodido a mesma ou simplesmente sorte, desta vez Brian conseguiu lembrar ligeiramente o ocorrido.

Em desacordo à filmes e noções teóricas e especulativas, as memórias de Brian não voltaram à tona ou em flashes, nada confuso. Era como se houvesse revivido a totalidade da situação novamente em sua mente. Era claro como o dia. Quando algo puxou Clark para o beco. Quando, assustado e embriagado, Brian seguiu-o só para ver um enorme cão asqueroso e violento arrastando o homem que se debatia pelo braço.

As poderosas presas cravadas na carne de Clark haviam aberto feridas que sangravam profusamente, a dor do homem visível em seus olhos que agora lacrimejavam.

"Brian, me ajude!"

As palavras ecoaram na mente de Brian. foram as últimas de Clark. Antes que pudesse sequer pensar em agir, o cão deferiu uma forte patada no peito de sua vítima, suas garras e sua força rasgando a carne, os pulmões e o coração do indivíduo, rendendo-lhe um morte instantânea.

Depois disso, lembrou-se somente do cão avançando em sua direção e, então, a escuridão. Nada mais.

Mais uma vez ao presente, Mary puxava Brian pela manga.

- Vamos logo, você mesmo disse que ia no porta-malas, então vai!

"Eu estou vivo... Desde o princípio... Eu estou vivo..."
Pensava profudamente Brian enquanto Mary o puxava e pela manga. A voz dela parecia distante. Mas ele entendeu a mensagem. E balançando a cabeça positivamente entrou no porta-malas sem dizer uma só palavra:
"Por que estou vivo??? ... Por que???"
[Caraio... Que medo! ._.]

- Cuidado com a cabeça! - Brian ouviu Gustav dizer, alguns segundos antes do porta-malas ser fechado com força e, como indicado, quase atingir em cheio a testa do homem.

Estava escuro. Pior que isso, a escuridão era total. A luz, completamente ausente. Brian sentia o interior do porta-malas, pois vê-lo era impossível. O motor do carro foi ligado. As vibrações e o som lhe contavam isso. O veículo começou a mover-se e, sendo inclinado de um lado para o outro devido à inércia, Brian ficou perdido em pensamentos por alguns minutos.

O carro parou de repente. Foi como se Brian tivesse sido acordado de seu sono, embora não estivesse dormindo. O porta-malas foi aberto.

- Vamos, saia daí. Temos que conversar. - Mais uma vez, era Gustav que falava. Estava sério, mas não soava zangado.

- Diga, Gustav...
Resporou fundo Brian ao sair do portal-malas.

O carro estava parado próximo à saída da floresta, era possível ver claramente a cidade de New Crow de onde estavam.

- Aqui estamos, Brian. Queremos discutir oque fazer a partir deste momento. - Explicou Keith, um pouco apressado. - A cidade está infestada de mortos-vivos e eles estão extremamente violentos.

- Pelo rádio nós conseguimos falar com os sobreviventes que estão em casa. Estão todos bem, mas parece que há um movimento estranho. Temo pelo pior. - Inteveio Gustav. - Acho que devíamos ir direto pra lá.

- Alguma notícia do exército? - Perguntou Carl, com um olhar esperançoso.

- Ainda não. - respondeu, cabisbaixo, Gustav.

- Oque acha que deveríamos fazer, Brian? - perguntou Mary. Parecia que todos ali valorizavam a opinião de Brian, embora ele fosse um forasteiro.