"É agora ou nunca." -Brian [Cap. Final]

[Hum... Ok.]
Brian notando que os portões estavam pra cair, atirou um tiro de .12 nos zumbis e ordenou para que eles subissem. Brian ficou na porta esperando o pessoal entrar.

Double Post:
[Os zumbis inevitavelmente vão entrar... =\ por isso que eu preciso de outro plano!]

Obedecendo prontamente, todos pararam oque estavam fazendo e comrreram para o interior da casa.

- Vai, vai, vai! - gritava Keith, que parara ao lado Brian para ajudar.

Ele disparou uma rajada rápida contra os zumbis mais próximos do portão: cada segundo que ganhassem significava muito.

- Cuidado aí embaixo! FRAG! - berrou Carl, do andar de cia, enquanto arremessava uma granada para baixo. Com precisão incrível, o explosivo cai entre os zumbis e, explodindo violentamente, criou uma área razoável livre de zumbis próxima aos portões.

Com o tempo comprado, Keith e Brian tiveram tempo de entrar na casa também.

- Reunião estratégica já! - berrou Keith, visivelmente assutado com o transcorrer das coisas, assim como todos ali. - Eles entraram pelo portão, mas NÃO PODEM entrar na casa, entendido!?

- Vamos usar as janelas como postos de defesa, mas em hipótese alguma fiquem dentro do alcance dos braços deles! - disse Mary, preocupada.

- Brian? Alguma idéia? - perguntou Rolland, esperando alguma coisa boa do homem que os liderava.

Mary entregou agora duas garrafas de whisky para Brian: ele poderia fazer seus coquetéis, mas demoraria um pouco.

Todos puderam ouvir o som do ferro batendo no chão. Um tanto apavorados, sabaim oque isso significava. O portão caíra.

[Se você for fazer os molotovs, fica uma rodada sem agir, só fazendo o molotov. Mas pode falar/dar ordens/chorar de medo à vontade ^^]

- Como estamos de explosivos?
Perguntava Brian rasgando sua camiseta em duas para fazer os molotovs.
- Precisamos correr o risco. São muitos zumbis lá fora...
[Obs: É uma rodada por molotov???]

- Creio que ainda tenhamos um estoque razoável, - disse Keith. - e é uma boa idéia aproveitarmos ele logo. Daqui a pouco estarão perto demais pra usarmos explosivos!

[Uma rodada, vc faz as duas. Mas não rola dividir a ação e fazer uma em cada e outra ação tbm.]

- Ótimo! Preparam-se, pois teremos que jogar explosivos aqui dentro!
Alertava Brian enquanto preparava os molotovs.
[Gogogogogo!!!!]

Os zumbis avançavam, mas os esforços para repelí-los era o suficiente para retardar o avanço de tal forma que eles aparentemente demorariam um tempo razoável para atravessar o jardim e chegar à porta.

No entanto, os explosivos de Carl pareciam ter acabado: o suporte pesado dele foi interrompido:

- Alguém me traga mais granadas! Rápido! - Ele berrava, do andar de cima.

Com suas mãos trabalhando o mais rápido que podiam, Brian estava manufaturando dois coquetéis molotov para queimar os mortos vivos até que morressem de novo.

- Alguém ajude-o! R-r-r-r-r-r-rápido!!!
Gritava um desesperado Brian enquanto fazia seus coquetéis.

O término de sua manufatura exatamente seguido por uma sequência de explosões do lado de fora, umas duas ou três granadas explodindo.

- Tomem isso, babacas! - Berrou Carl, do andar de cima, aparentemente se divertindo com a destruição e caos que podia causar naquela situação surreal. - Essa Anna é um anjo! Tem como me dar um pouco de munição!?

Aparentemente o sistema de suprimentos bolado às pressas era eficiente, Mary e Anna davam conta do recado.

- Ótimo, Brian! - disse Terry, com um sorriso no rosto, pela primeira vez em horas. - Eles estão se amontoando no portão, que está funcionando como um funil! Eles não estão conseguindo avançar muito!

- Está funcionando melhor do que o esperado! - ria Ronald.

- Não se descuidem, se um deles entrar aqui, é sinal de que todos entrarão! - retrucou, realista, Keith.

Sem falar nada, mas compreendendo tudo, Brian foi correndo para a janela faminto por um churrasquinho.
[Se eu já puder atirar um dos molotovs nos féla da puta, pode já considerar!]

Brian, já um tanto doidão daquilo tudo, arremessou um molotov contra os zumbis.

A garrafa se espatifou, lançando chamas para todos os lados. O fogo tocava nos corpos mortos e se alastrava, devorando a carne desmorta que perambulava.

Todos festejaram por alguns instantes, enquanto os zumbis pareciam ser detidos pelas chamas, mas logo a felicidade foi substituída pelo horror e pelo medo.

- CARALHO! - berrou Terry. - ELES TÃO ANDANDO PEGANDO FOGO!

Só Terry pôs pra fora, mas todos estavam pensando a mesma coisa: aqueles malditos estavam avançando mesmo conforme o fogo corroía suas entranhas. Claro, eles queimava e logo cairíam, mas de forma alguma paravam de avançar.

Com esse momento de terror, preciosos segundo de ataque foram perdidos: os mortos-vivos estavam à dois passos da porta da casa.

- Todo mundo pra longe da porta e das janelas! - gritou Keith, em aviso e preocupação. - Eles vão derrubar essa porta como se fosse papel!

Dito e feito: um único golpe foi necessário e já havia um zumbi, em chamas, adentrando o recinto, pé ante pé, com seus lentos passos infinitos. Se não fosse ao vivo, com certeza aquela cena seria cômica.

- Caramba, juro que nunca pensei que veria isso fora de uma tela de TV! - disse, tanto rindo quanto chorando, Ronald, sempre com seu tom de deboche, enquanto corria pra longe dos zumbis.

Brian riu um pouco da situação cômica. Talvez fosse o nervosismo que o estivesse o afetando... Mas com isso ele conseguiu relaxar um pouco. E foi aí que ele teve uma idéia:
- Vamos para cima!!! Vamos para o telhado!!! Os zumbis não conseguem nem subir um portãozinho...

Assim que todos pareceram entender o que Brian quis dizer, outra coisa anunciou um fim aparentemente inevitável: Carl, do andar de cima, desceu as escadas como um louco.

- Eles tão no andar de cima porra! - ele estava com os olhos mais arregalados que sabe-se-lá-oque, suando frio como um porco em maratona e ofegante. - Acho que eles conseguiram entrar pela garagem!

- Mas como!? - Mary berrou, confusa. - Gustav e os outros estavam lá protegendo a garagem!

- Não sei, mas não dá pra subir!

Um tiro de doze explodiu interrompendo um pouco a discussão.

- Não sei se preceberam, mas tem uma porrada deles entrado por aqui também! - reclamou Terry, com toda a razão. Todos haviam se encolhido próximos à uma parede, e os mortos-vivos já entravam na sala com facilidade.

- Rápido, pra cozinha! - berrou Keith, guiando todos pra longe da sala, que agora já estava lotada com uma boa dúzia de zumbis, no mínimo.

[Estou arrependido de não ter aceitado o acordo com o Frederik... T_T]
Brian notou uma coisa. Pelo número de zumbis que tinha ali, significa que a cidade inteira já tinha sido dizimada. O fogo apenas retardava o avanço deles. E Brian só tinha uma coisa a fazer:
- Existe alguma passagem secreta por aqui??? Mary... Você sabe alguma coisa???
Perguntava Brian enquanto procurava rapidamente por uma.

- Me desculpe, Brian, - ela disse, tanto irritada quanto debochada. - , mas isso é minha casa, não uma base secreta!

Ela entrou correndo na cozinha e fechou a porta atrás de si com força. Ali estavam todos do grupo, Anna, Carl, Jerry, Terry, Ronald, Keith, Mary e o próprio Brian. Mas dali, não havia pra onde fugir: estavam fechados e encurralados.

- Talvez possamos sair pela janela! - disse Anna, agitada, apontando para as janelas cobertas pela persiana.

- É uma boa idéia. - respondeu Keith, levantando a persiana para ver oque havia do lado de fora e logo completando, com um suspiro. - Ou não.

Do lado de fora da janela a situação estava igualmente caótica: zumbis haviam dominado o lugar. Não demoraria para eles derrubarem aquela porta também.

Um forte som de algo batendo na madeira maciça da porta da cozinha. Ela já estalava.

Terry recarregou sua arma, pronto para lutar até o fim. Ronald fez o mesmo. Mary abraçou as crianças, Brian pensou ver uma lágrima descer seu rosto. Carl estava ferido deitado num canto, mal conseguindo repirar. Keith, irado provavelmente com sua própria impotência, socou com força a parede.

- Esses merdas NÃO VÃO MATAR VOCÊS, não COMIGO AQUI! - ele pegou o porrete que ele tinha preso à cintura e jogou o quepe que trajava até o momento no chão.

A porta cedeu no próximo golpe, e um zumbi entrou imediatamente no cozinha: cara à cara com todos vocês.

Ele foi calorosamente recebido pelo porrete do policial irado, seu crânio sendo despedaçado e espalhado sobre as dúzias de outros que vinham atrás, numa marcha sem fim. O corpo agora sem "vida" caiu ao chão, imóvel, só para levar um poderoso chute de Keith.

- Venham, seus MERDAS! - ele berrou, pondo pra fora tudo oque porvavelmente estava guardando até o momento.

- Keith! Idiota! - berrou Carl, logo tossindo sangue em seguida.

Mary agorava chorava num tom audível, soluçando. Anna estava virada de costas para a cena, e também abraçava Jerry.

Terry e Ronald, provavelmente tomados pela raiva de Keith e, compreendendo a atitude do homem, também entraram no combate, disparando contra os zumbis que entravam no recinto.

Numa questão de segundos, Keith já havia levado dois golpes nos braços e Terry um no rosto, sangravam e ofegavam.

[Opa... Pera lá...Sobrou alguma opção para mim?? ._.]

[Você pode fazer basicamente oque quiser: lutar até a morte, lutar para tentar viver, se matar, fugir pela janela, mesmo que tenham zumbis, você que escolher.]

[Porra! T_T Minha primeira morte no RPG??? T_T]
Brian, vendo que estava sem opções, pegou seu outro molotov e tacou ali mesmo na cozinha numa tentativa desesperada. Pobre Brian, sua vida estava prestes a terminar com ele sendo debochado por uma mulher!
Se ao menos ele tivesse escolhido se manter um fora da lei como sempre fora, ao lado de Frederik.
Desse jeito, talvez ele estivesse tomando um vinho e dando risada da quantidade de dinheiro que poderia ganhando com o novo trabalho.
Talvez, algumas pessoas nasceram para serem malvadas. E outras para serem boas.
Talvez... Terminar uma vida no talvez seja a coisa mais triste possível.
Brian, após ter jogado o molotov, apontou sua espingarda pros féla da puta e saiu metendo bala.

O vidro novamente se espatifou ali mesmo, lançando as chamas para todos os lados, recobrindo os desmortos com o fogo infernal da dor e do desespero.

Como loucos, homens irados batiam e atiravam, lançado seus dentes e garras contra a ameaça pós-vida que lhes ameaçava. Tiros atravessavam os corpos já há horas mortos, mas que ainda os atormentava, golpes de punhos e pontapés empurravam e quebravam os ossos da horda interminável que avançava sem chance de derrota contra o punhado de humanos frágeis que resistiam.

No caos e calor da batalha, Brian e os outros levavam golpe depois de golpe e, sem sequer importarem-se, continuavam a lutar, prontos para morrer lutando, acontecesse oque acontecesse.

Foi quando Brian viu: Seu fim. Se descuidara por um instante e quando vira, caíra ao chão. Um zumbi nada simpático lançou-se sobre si, seus putrefatos braços cobertos de sangue segurando a macia carne dos braços do homem no lugar, imobilizados. Como um louco, o humanos debateu-se, para nada: o desmorto aproximou a mandíbula horrenda do pescoço do homem e fechou-a com força indescritível.

O silêncio. A escuridão. Tudo o que Brian podia ouvir era o som de seu próprio coração.

Ao abrir os olhos viu-se deitado no chão, onde estava no combate. Estarrecidos e parados, imóveis, todos estavam ali, olhando para a cena incompreensível diante de si. Se deus existia, com certeza aquilo era obra dele. Todos os desmortos, sem exceção, haviam simplesmente desabado, voltado a estar como deveriam desde o início: meramente mortos e, consequentemente, parados. Dezenas de dezenas de cadáveres lotavam a casa, recobrindo o chão como um carpete horrendo de carne morta, sem dúvida uma obra-prima de alguma mente doentia. O fogo crepitava intermitentemente, produzindo uma espécie de sonoridade calma, em contra-posição à adrenalina que ainda bombeava contínua nas veias dos sobreviventes.

Demorou para compreender que ainda estava vivo. O zumbi que lhe mataria foi interrompido em seu ataque instantes antes de finalizá-lo: a traquéia do humano ainda estava inteira. Era o Fim. A ameaça zumbi fora, por alguma razão que desconheciam, eliminada. Ferido estavam, mas sem a menor dúvida vivos. A Esperança vivia.

"Mas que caralho...???"
Pensava, ainda deitado no chão um (muito) confuso Brian.
"Que preguiça... Acho que vou ficar aqui mesmo! Caralho... Que aconteceu???"
Continuava pensando sem chegar a lugar algum:
"Que merda... To com sede... Se eu soubesse, teria guardado o molotov... Caralho..."
[Caralho... Que houve??? ]

[Simples, todos os zumbis simplesmente "desligaram" no último instante.]

Quando a adrenalina abaixou em todos, foram abatidos pelo cansaço e, enfim, por tudo oque acontecera ao longo do último dia. Um dia cheio, sem sombra de dúvida.

Naquele momento, ouviram vozes na rua.

- Andando! Rápido, Alfa por aqui, Bravo e Delta pra lá! Resgatar sobreviventes e eliminar qualquer morto-vivo restante, caso aja algum, são as prioridades!

- Militares...? - resmungou Keith, plenamente confuso.

Naquele momento entraram correndo cerca de dez homen armados até os dentes na casa. Ele observaram o chão, estupefatos, mas, ao notarem a presença de Brian e os outros na cozinha, prontamente correram à prestar socorro.

- Senhor, você está bem? - Disse um soldado, ajudando Brian a se levantar. - Parece ferido. Venha levarei o senhor até um posto de saúde provisório que montamos a uma quadra daqui.

- Ei, vocês! Montem uma maca pra levar esse aqui, ele tá em péssimo estado! - berrou um dos militares, apontando para Carl, que estava inconsciente.

Olhando ao redor, Brian viu que todos estavam sendo cuidados pelos militares. A ajuda havia chego finalmente.

- Não se preocupem, há dezenas de outros sobreviventes que conseguimos resgatar sendo abrigados em diversos pontos pela cidade. - explicou um homem mais velho, que parecia ser de um posto superior. - Elogios à coragem e bravura de vocês, é incrível que tenham sobrevivido ao inferno que essa cidade viveu sozinhos.

- É... Incrível mesmo...
Olhava Brian para um lado e para o outro:
- O que aconteceu que de repente todos os zumbis caíram???
Perguntava-se um ainda confuso Brian!

O soldado que dava apoio para Brian ficou com uma cara de confusão, mas logo pôs uma expressão serena no rosto e respondeu:

- Não fazemos a menor idéia. - Ele riu. - Oque importa é que estamos salvos, não é?

- Acho que sim...
Brian respirou fundo e confessou:
- Nunca vi a morte tão de perto...