"É agora ou nunca." -Brian [Cap. Final]

Em questão de minutos, todos já estavam sob uma teenda de lona branca levantanda no meio de um cruzamento. Não era o lugar mais higiênico, mas o acesso era ridiculamente fácil.

Médicos e enfermeiors tratavam de dezenas de pessoas. Era um tanto encorajador saber que tantas pessoas assim haviam sobrevivido ao caos também.

Keith, que só havia levado alguns golpes em pontos não muito vitais, levou uns curativos e já estava andando. Terry e Ronald estavam em situação semelhante. Se aproximaram de Brian, que ferira gravemente a perna, que agora estava enfaixada e com uma tala presa, imobilizando-a.

- E aí, Brian...? - disse o policial, aparentemente meio que sem palavras. - Estamos vivos.

- Cara, eu podia jurar que você ia morrer naquele instante! Eu mirei a doze no bicho, mas antes que ue pudesse entender, - comentou Terry, agitado. - todos eles caíram!

- Parece que nem os médicos do exército sabem oque aconteceu aqui e por que eles simplesmente apagaram. - explicou Ronald. - Oque sabemos é que eles morreram de vez, graças à deus!

Brian viu, ao olhar em volta, Carl, deitado numa maca, extremamente ferido, conversando com Mary, que estava sentanda ao seu lado. Ela parecia chorar.
Anna e Jerry estvam ao lado da moça, abraçando-a.

- É verdade... É verdade!
Deu uma risada em um gesto educado para com Ronald e Terry:
- Eu vou ali... E já volto!
Brian virou-se para ir em direção a Mary, e ele tinha uma noção do que seria aquele choro:
"Caralho... Gustav morto??? Não pode ser..."
E chegando ao lado de Mary e Carl:
- Ei Mary... Carl... Que está havendo?

- Brian! - exclamou a moça, ao ver o homem, levantando-se de um salto e abraçando-o fortemente.

- Brian... - resmungou Carl, sem conseguir falar direito. - O Gustav... Disse pra te entregar isto, se acontecesse alguma coisa com ele.

Era um distintivo. O distintivo do delegado policial de New Crow.

- Ele... morreu lutando. Por todos nós... - disse, entre soluços, Mary. - Foi uma morte honrada... não foi, Brian? Diz que foi! Pelo amor de deus! Me diga que ele não morreu em vão!

A jovem apertava os braço do homem cada vez mais forte, enquanto lágrimas manchavam suas roupas já sujas.

Gotas de chuva começaram a cair do céu, leves. A chuva fina caía do céu, limpando o sangue e levando consigo, lenta e calmamente, as trevas e o caos que tomaram conta da cidade por aquelas longas horas.

Brian pegou o distintivo e ficou observando-o como se fosse um objeto de outro mundo:
- Sim, Mary... Ele foi honrado do início ao fim!
E Brian, sem ter outras palavras pra dizer, apenas abraçou a Mary ali na chuva:
"Eu? Delegado??? Ele confiava mesmo em mim..."
Um ainda mais confuso Brian pensava sobre aquela estranha sequencia de acontecimentos.

Foi assim, entre as lágrimas e as gotas da chuva, em meio à solidão, à confusão, no centro de um turbilhão de sentimentos que ele não entendia muito bem, que a crônica de Brian Thompson, e oque ele viveu na cidade de New Crow, chegou ao fim.

[Crônica - New Crow - Brian Thompson]