Informação Necessária [Sigfried]

Embora não gostasse nem um pouco de andar escondido, Grothal tinha de esconder sua face e seu corpo a fim de andar pelas cidades humanas: ninugém por aquelas bandas gostava de Orcs. Ouvira, há um tempo, que um grupo mercenário recém-formado tocava o terror na área ao redor de Rahkburg e por isso, lá era um ótimo lugar para encontrar informações sobre mercenários. Talvez esses dados e descobertas o levassem até seu irmão.

E, como todos sabem, que lugar melhor para se obter informação que uma taverna? Embora isso não deixasse de ser verdade, Grothal não havia tomado em conta, ao entrar no lugar, que o fato dele ser um Orc talvez tornasse essa tal coleta de informações um pouco mais difícil.

Logo que entrou no estabelecimento, foi prontamente dirigido pela taverneira até uma mesa nos fundo do bar. Qual a razão? Não sabia com certeza, mas provavelmente tinha algo a ver com o grupo de humanos de aparência nobre que faziam estardalhaço ao redor de uma grande mesa. A bebedeira, os berros e as risadas era um tanto incômodas, mas próprias ao ambiente boemio da taverna.

Em questão de minutos, o estabelecimento começou a lotar. Grupos de humanos otmaram algums mesas aqui e ali, um sujeito misterioso (talvez tanto quanto ele mesmo deveria parecer para os outro), que cobria o rosto com um capuz, tomou um lugar no balcão. Logo, um anão com cara de poucos amigos foi direcionado à uma mesa diretamente vizinha à sua. Mais uma figura misteriosa adentrou o lugar, que agora parecia uma conveção de druidas encapuzados ou coisa parecida, seguido de um grande Juban.

Havia todo tipo de gente ali, oque tornava o local ideal para coleta de informações. A questão agora era como.

Grothal imaginou que os individuos solitarios teriam objetivos similares aos seus, ou seja, juntar informações.
Mas o importante era estar atento aos grupos maiories, que pudessem ser mercenarios fanfarrões caudanso estardalhaço, ou soldados cansados. Esses possivelmente saberiam mais sobre os grupos mercenarios que estavam na região, e deles ele conseguiria informações sobre o grupo que havia sumido com seu irmão.

Prestando atenção nas mesas de grupos humanos grandes, Grothal acabou por focar-se na grande mesa em torno da qual sentavam os nobre escadalosos. O homem encapuzado que entrara no estabelecimento passou casualmente pelo lado da mesa e, o orc pôde ver com seus próprios olhos, com um rápido e ágil movimento de mão, afanou a algibeira de um dos bêbados.

Não sabia o quão experiente o indivíduo misterioso era no roubo, visto que após cometer o furto, saiu um tanto trôpego, pisando em falso um ou duas vezes. Logo escondeu a algibeira roubada junto à si e continuou andando casualmente como se nada houvesse ocorrido.

Neste instante, um dos nobres embriagados começou a berrar como um louco, pedindo para que fosse atendido pela taverneira urgentemente.

Lembrando-se de ficar atento a suas posses, mesmo que fossem poucas, Grothal decidiu eviar chamar atenção naquele momento.
Aqueles humanos rosados eram fedidos e irritantes, e a ultima coisa que ele precisava era ter que matar alguem antes de ter as informações que buscava.
Grothal passou a procurar mesas que mostrassem soldados ou mercenarios alegres por causa da bebida.

Você notou uma mesa próxima à sua na qual estava sentado um homem que vestia uma armadura leve. Sentado junto à ele estava o grande Juban que entrara no recinto um tempo atrás, junto com o indivíduo gatuno.

Fora à isso, notou que um dos encapuzados subiu por umas escadas até o andar superior, enquanto o gatuno sentara uma mesa a observava, alegre, o conteúdo da algibeira roubada.

Grothal pensou por um breve instante, a se levantou, dirigindo-se a mesa onde estava o gatuno. Ele fez um sinal chamando a atenção do taverneiro e pedindo duas cervejas, uma para ele, e outra para oferecer ao gatuno e começar uma conversa.
- Ei, teve sorte?

O homem pareceu olhar os arredores um tanto preocupado e fez menção de que iria se levantar quando você chegou. Ele então acabou ficando em seu lugar, mesmo.

Grothal precisava de informações, e ladrões costumavam saber mais do que deveriam.
- Preciso de informações. Você conhece essa cidade?

- Depende. - respondeu o gatuno. - De que e quanta recompensa estamos falando?

- Recompensa depende do tipo de informação que você pode oferecer. E de quão encrencado voce estaria se esses bebados percebessem que foram roubados...

Infelizmente, a especialidade de Grohtal era conseguir as coisas na base da força. Conseguir informações sem apelar para ouro (que ele não tinha no momento) nem intimidação bruta, era algo uma tarefa que ele não estava acostumado a fazer.

O homem ficou um pouco quieto. Não sabia se ele estava reeoso ou se planejava fazer alguma coisa.

Em seguida, deu uma risada.


-É mesmo? Você vai informar aos bebados que eles foram roubados? E se eles acharem que foi você que os roubou?

- E por não querer discutir sobre o que pode oferecer, presumo que você não tenha confiança nas suas informações. Irei procurar alguem que não esteja desesperado a ponto de roubar dinehrio de bebados.

Dizendo isso, Grothal se levanta da mesa e se afatsa, observando os arredores. como era possivel não ter nenhum mercenario bebado naquela taverna? Talvez os mercenarios e soldados usassem outra taverna?

Por perto, você vê uma mesa à qual estão sentado um anão e um guarda, eles parecem discutir alguma coisa.

Além disso, haiva um trio de guerreiros que ainda vestiam suas armaduras, bêbados, que discutiam a divisa de tesouro em voz alta. Aparentemente haviam terminado algum serviço e ganharam uma bolada.

O guarda obviamente saberia mais sobre o grupo de mercenarios que estava na região, entretanto, Grohtal sabia que um orc levantaria suspeitas perguntando sobre o tema.
O orc então decidiu sentar-se proximo ao grupo de guerreiros e tentar ouvir o que eles discutiam.

Grothal sentou-se numa mesa próxima, que pos sorte estava vazia, e prestou atenção no que os homens conversavam sobre.

"Esta cidade é como um poço de dinheiro! Você viu? É só a criminalidade subir que a guarda tá distribuindo grana pra qualquer um que pegar os bandidos!", disse um dos homens, rindo.

"O pior é que esses bandidos daqui não são de nada! Você viu aquilo? Eu nem encostei no cara e ele já tinha se rendido!", retrucou o outro, também rindo alto.

"Cara, tem alguma coisa errada, é sério. Nunca vi tanto procurado assim numa cidade deste tamanho.", comentou o terceiro, num tom bem mais sério.

"Tanto faz, isso só significa mais dinheiro pra gente! O capitão ainda disse alguma coisa sobre mercenários, não disse. Parece uma recompensa gorda!", comentou o primeiro.

"É verdade.", disse o segundo. "Se esses Filhos do Escorpião forem assim tão fortes, a recompensa que a gente pode conseguir deles também deve ser imensa!"

"Mas se eles forem fortes, a gente não tem a menor chance.", disse, realista, o terceiro.

"O capitão disse que ia distribuir panfletos amanhã. Parece que ele quer juntar uma expedição.", retrucou o segundo. "A gente tem que fazer parte dessa expedição, cara. A recompensa vai ser o suficiente pra gente não fazer nad por um bom ano!"

Grothal conclui que, se informações seriam distribuidas pela manhã, seria uma boa ideia esperar a manhã chegar.
Ele verifica se tem dinheiro o suficiente para passar a noite na taverna, e o faz se for possivel.
(quanto dinheiro eu tenho, mesmo? Esqueci de calcular...)

Nesse instante, um dos nobres, que Grothal reconheceu ocmo o que fora roubado, começou a berrar:

- Meu dinheiro! - ele estava tão irritado quanto preocupado. - Alguém me roubou! Eu tinha uma algibeira com 50 peças de ouro aqui, mas alguém roubou! Se eu decobrir quem foi, eu mato!

Ele parecia estar falando sério, com uma mão numa espada que carregava consigo.

Percebendo que a situação se tornaria complicada, Grothal decidiu ficar quieto. O assunto não dizia respeito a ele, mas arranjar encrenca antes de arranjar informação seria uma pessima ideia.

- Você aí! - Berrou o homem, para um anão que tentava subir as escadas ao segundo andar. - Parado! Ninguém vai a lugar algum até eu descobrir se minha algibeira está aqui! Venha cá, eu quero ver se você não é o ladrãozinho de terceira que tentou roubar um dos Löt!

Você notou que o gatuno real tentou se esgueirar por entre as pessoas até a porta, mas seu caminho foi bloqueado por dois amigos do homem que agora barravam a entrada e a saída do estabelecimento.

Grothal decidiu apenas esperar. Não havia motivo para desafiar ninguem, pois ele não era culpado de nada.

-Eu não sou um ladrão! Não possuo uma moeda sequer! E se você quiser me revistar, venha até aqui você! - bradou, irado, o anão, em resposta.

- Ah! Acho que você não sabe com quem está falando! - O nobre retrucou, hilariado. - Sou Luthar Löt, terceiro filho da nobre linhagem dos Löt, e você está se opondo a minha pessoa! Verá oque acontece com quem não sabe seu devido lugar! Peguem ele!

Dito isso, dois dos capangas do homem, mesmo um tanto embriagados, avançaram para cima do anão, numa tentativa um tanto desengonçada de imobilizá-lo.

Ninugém pareceu sequer notar que Grothal estava ali mais, com toda a comoção.

Grothal se manteve pacientemente observando o desenrolar da situação. Observou as pessoas ao redor, em busca de movimentos suspeitos por parte do ladrão, ou outras pessoas.
Talvez o ladrão estivesse roubando mais pessoas ou já tivesse encontrado uma rota para fora do estabelecimento.

- Eu não pedi por isso, mas vou ter que lhe ensinar a ser menos arrogante, seu engomadinho! - berrou o anão, baixnho e invocado, lançando os dois capangas para os lados, que caíram sobre seus glúteos e ali ficaram, atordoados.

Neste momento, o gatuno que causara todo o estardalhaço interpelou:

- Ei vocês, estão se achando muito machinhos, não? Quantos são vocês contra só um anão? - o homem misterioso tinha razão: além de Luthar, haviam mais três homens ali, prontos para briga.

- Vejo que tem ajuda, anão. Que bom, estava começando a ficar com pena. - comentou Luthar, ainda debochando, olhando para o gatuno, de cima abaixo, confuso com o manto que cobria seu corpo inteiramente. - E vejamos quem é engomadinho!

De imediato, os três outros homens levantaram-se e sacaram espadas, avançando contra a dupla.

- Venham, vamos ver do que são feitos! - gritou um dos homens armados, atacando imediatamente.

O primeiro atacou o anão diretamente, mas este facilmente esquivou-se do golpe. Apesar da bebida, so movimento dos atacantes estavam razoavelmente fluidos. O segundo tentou um ataque contra o gatuno, mas não teve a menor chance de atingí-lo.

Por algum motivo, aqueles hoemns usando espadas em uma briga de bar ofendeu Grothal.
Orcs brigavam o tempo todo, por qualquer motivo. Mas existia um certo companheirismo e comprometimento em uma tribo orc, eles nunca se matavam a toa.
Esses homens civilizados não passavam de idiotas. Tinha uma palvra complicada que explicava o que eles eram. H... Hi.. Hipo...
Isso, Hipopotamos!
Ou era hipotenusa? Grothal não tinha certeza agora.

Ao mesmo tempo, tambem era irritante ver o ladrão se fazer de bom homem, mas significava que ou o ladrão tinha um plano, ou não era um completo mau-carater.

Os capangas embriagados se mostrarm razoavelmente capazes.
Grothal ficou de olho no terceiro homem, que ainda não havia feito nada, e em Luthar. Se a situação ficasse feia para o nobre, o esperado era que ele tentasse fugir...
Pensando nisso, Grothal olhou para a porta de saida, que antes estava sendo barrada por companheiros do nobre. Eles ainda estavam lá?
Olhando ao redor, quantas pessoas na taverna eram aliados do nobre?

O terceiro homem não parecia ser muito diferente dos outros dois, empunhava a espada como um lutador pouco experiente, assim como os outros dois, e estava igualmente bêbado.

Ainda haviam dois companheiros do nobre barrando a passagem na porta. eles pareciam estar discutindo com alguém, mas não era nada grande o suficiente para tirar a atenção da luta.

No total, o grupo dos Löt era formado por oito pessoas, contando Luthar. Destes, dois estavam bloqueando a entrada e saída do estabelecimento, dois estavam caídos no chão, e três lutavam. Luthar nada fazia, além de observar o combate.