Informação Necessária [Sigfried]

[Ele já estava preso na sala, mas tudo bem, acho que não descrevi direito.]

O orc arruma sua maça em mãos e, mirando no alvo fácil que era o halfling encurralado, desceu a arma com força. O golpe ia atingí-lo novamente na cabeça, mas desta vez ele conseguiu minimizar os danos protegendo-se com os braços. [10 de Dano]

Mesmo extremamente ferido, ele pareceu que ia lutar até seu trágico fim, se o orc realmente pretendesse matá-lo, por isso, atacou novamente, acertando somente uma das facadas que desferira. [6 de Dano]



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Combate
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- Halfling
- Grothal
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Situação:
- Grothal, 24 de Dano, 36 de HP;
- Halfling, 30 de Dano, 10 de HP;
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- Renda-se e eu não terei que te matar!- bradou Grohtal
Ele estava furioso, mas matar o ladrão de nada lhe ajudaria. Caso o ladrão não se rendesse, ele iria avancar com os punhos, a fim de derrubar o oponente no chão ou joga-lo contra a parede, sem arriscar mata-lo.

Assim que ouviu as palavras que seriam a esperança de um dia seguinte, o halfling largou a adaga, deixando-a cair ao chão.

- Aqui está! leve, leve, mas me poupe! - Ele dizia, abaixando a cabeça em aparente reverencia e entregando a bolsa que carregava consigo.

- Porque... - Grohtal perguntou, chutando a adaga para longe antes de pegar a bolsa - ... Um guerreiro forte como você precisa roubar nessa cidade?

- A vida não pe boa com aqueles que nascem sob a estrela do azar... - O halfling abaixou seu capuz, revelando um rosto extremamente desfigurado: o orc sentiu-se um pouco mal ao vê-lo. - Uma vida honesta se tornou impossível para mim assim que nasci. Mas me deixe! Leve a bolsa, juro que nada peguei dela. Só me deixe.

Sentia também que os golpes que atingiram na face do sujeito contribuíram um pouco para o estado horrendo daquele rosto, mas com certeza alguma coisa já vinha do parto.

Grohtal pegou a bolsa e se preparou para sair, mas antes, baixou seu capuz, deixando visivel que era um orc, e disse:
- De onde venho, se mede uma pessoa pela sua capacidade, não pela sua face. E você é muito capaz.
Ele então cobriu novamente o rosto e partiu, tomando rumo a rua por onde veio, se perguntando o quão para trás poderia estar a garota que havia sido roubada.

O halfling sorriu ao ouvir aquelas palavras, mas nada disse em resposta. Seu sorriso já dava a entender tudo oque sentia.

Não teve de andar muito até encontrar a garota: ela estava sentada na rua ali mesmo onde caíra anteriormente, talvez esperando pelo regresso do homem que dissera que buscaria sua bolsa. Ela pareceu não notar chegada de Grothal.

- Garota. Aqui está sua bolsa. Tenha mais cuidado com seus pertences.

Ela virou-se um pouco surpresa, ao ouvir a voz de Grothal.

- Ah, muito obrigdada - ela agradeceu, levantando-se e pegando a bolsa das mãos do bárbaro. - Eu não tenho como pagar em dinheiro, mas se quiser, minha avó não se importaria se passasse a noite em casa, senhor orc.

O orc ficou pensativo por um instante, mas, por fim, aceitou a oferta, pedindo que a garota o guiasse.
- Mas, como percebeu que sou um orc? Foi a voz? Eu sei que orcs tem voz e cheiro bem distintos...

A garota guiou o caminho com um sorriso no rosto.

- É óbvio para mim por que não sou humana. - Ela disse, sorrindo. Para você, olhando, ela era claramente uma humana. Olhos, nariz, orelhas, cabelos, tudo de acordo com a humanidade. Quando, de repente, o rosto e corp dela em geral começou a ficar meio borrado. Grothal então esfregou os olhos e, ao abrí-los novamente, pôde ver uma elfa: esbelta, cabelos longos e claros, rindo. - Ilusão meu caro, é algo que poucos sabem fazer. Muito menos então, reconheçer.

Não demoraram muito para chegar ao destino. Era uma casinha térrea bem humilde, próxima aos muros da cidade. Ela abriu a porta. O interior da casa estava o mais completo breu. Ela acendeu uma vela, iluminando o aposento: era apertado, mas o suficiente para uma pequena família.

- Minha avó deve estar dormindo; tente fazer silêncio. Venha comigo, te mostrarei seu quarto. - Ela disse, apontando para uma porta ao fim de um curto corredor.

Chegando lá, o orc viu o cômodo mais vazio da existência, provavelmente. Havia uma cama, somente.

- Fique à vontade, logo trarei algo para comer e algo para que possa cobrir-se: a noite é fria.

Apesa do comodo vazio, com apenas uma cama, ainda era consideravelme acolhedor para alguem que viaja tanto.
Ele lembra-se das casas em sua vila, vivendo em familias que dividiam o quarto.
Se pudesse comer e dormir aquela noite, já ajudaria muito. No dia seguinte, procuraria o capitão da guarda para saber mais sobre a equipe sendo recrutada para confrontar os mercenarios.

A jovem logo regressou com uma coberta aparentemente de algodão ou outro tecido fino e um pedaço de pão.

- Me desculpe, mas isso é só oque temos para comer. Deixarei aqui. - Ela deixou um pequeno prato contendo a comida sobre a cama, na qual também depositou a coberta. - Boa noite, senhor. Não sabe o quanto aquela bolsa que salvou me é importante.

- Parece-me que a vida nessa cidade é mais dificil do que eu imaginava. - disse Grohtal, pegando o pão para comer - Porque tem tantas pessoas vivendo com tão pouco?

- Ah, é culpa dos nobres da região, em maior parte. - Ela disse, resignada. - OS Löt são um exemplo. Se nunca encontrou-se com eles, tens sorte. Luthar, o primogênito e herdeiro, é um tremendo babaca. Eles controlam maior parte da economia de Rahkburg, e, obviamente, tendem a se beneficiar. Os preços do básico são ridículos. No mínimo, tenho que admitir que os Löt têm bom gosto para a arte, e encorajam o desenvolvimento cultural. Isso é raro em comunidades humanas, se é que você me entende.

Ela bocejou, parando falar por alguns instantes.

- Estou ficando com sono. Boa noite, senhor. Qual é seu nome mesmo? - a jovem elfa perguntou, notando que não sabia de uma infromação tão básica ainda.

- Eu sou Grohtal, da tribo de Grunkar. E você, garota?

- Me chamo Linna. Não é um nome típico elfíco, mas... meus pais eram aficcionados pela cultura humana. Nunca vivi entre elfos. Nasci e cresci em um vilarejo próximo à Rahkburg, Sillvien. Esta tribo... Todos são como você? Quero dizer... a imagem que temos de orcs não é bem civilizada, se me entende.

- Civilizados? Não entendo o isso quer dizer. Somos companheiros, ajudamos uns aos outros. As tribos são pequenas comparadas a essas grandes cidades dos homens... - o olhar de Grohtal ficou mais serio - Mas não somos pacificos. Orcs são territoriais, e disputas mortais entre tribos surgem com frequencia... Veneramos a força e a vitoria, mas não a violencia. Essa é apenas um meio de encontrar uma solução... Não matamos por prazer, desprezamos e banimos aqueles que gostam de matar... São perigosos para as tribos...

Ele terminou de comer o pão, e tornou a falar:
- Mas as historias não estão erradas. Eramos honestos. Caçavamos, plantavamos, pescavamos e brigavamos. Não mentiamos. Lutavamos pelas coisas que queriamos. Sem mentir, sem fingir, sem trair. Mas muitas gerações atrás, homens, humanos, se aproveitaram disso, mentiram e enganaram os orcs. Usaram os orcs. Trairam os orcs. Hoje, orcs não confiam em homens. Nem em elfos, nem em anões... Todos muito parecidos aos olhos dos orcs...

Conforme Grohtal ficava agitado, ele perdia eloquencia nas palavras. Talvez ele se concentrasse bastante para falar direito quando estava calmo.

- Perdão, Linna... - murmurou Grohtal - São historias do passado, mas são elas que motivam os guerreiros orcs. Você é uma boa pessoa...

- Me desculpe, custo a acreditar no que me conta. As tribos orcs que ocupam área de Siul são violentas. E nunca fizemos nada contra eles! E não me venha com essa! Elfos são verdadeiros, a traição é o maior erro que um de nós é capaz de cometer! - Ela parecia um tanto irritada. - Desculpo-lhe pela agitação, e eço igualmente vosso perdão. Creio que é melhor dormirmos, para acalmar os ânimos. Boa noite novamente.

Dito isso, a jovem se retirou, sem deixar brecha para que o orc respondesse.

Grohtal não disse nada, apenas ficou remoendo os pensamentos enquanto esperava o sono chegar.
Era verdade que os elfos nunca usaram de traição e mentiras contra os orcs, mas até onde Grohtal sabia das historias contadas a gerações, os elfos nunca respeitaram os orcs. Sempre agiram como se fossem superiores, por seus talentos com magia tão superiores e sua longevidade maior.
E taambem era verdade que as tribos d eSiul eram violentas. Mas as tribos de Siul antes tiveram terras bem mais amplas, antes das tribos serem caçadas e obrigadas a fugir. Agora eles defendiam suas terras de tudo e de todos.
Mas era um pouco estranho para Grohtal ver uma elfa que vivia entre humanos defender o povo com o qual ela não convivia. Aparentemente, era verade o que os mais velhos haviam lhe dito quando partiu em sua jornada. Nas grandes cidades, os habitantes não formam uma tribo, um grupo. Cada um tem suas crenças e suas regras, seus proprios interesses e opções. O povo de uma daquelas cidades não representa a cidade como um todo. Era muito diferente de uma tribo.
Quando amanhecesse, ele pediria desculpas para Linna. Não era certo ofender um anfitrião em sua casa, mesmo dentro da propria tribo. E sempre se deve respeitar as mulheres. As tribos orcs são matriarcais, afinal de contas.
Grohtal então se virou para dormir.

Boa noite. Espere até amanhecer ^^

Grothal levantou-se como de costume: assim que o sol raiara. Não estava muito asotumado a dormir em camas como aquela, mas tinhas de admitir: eram confortáveis.

Linna encontrou-o logo ao lado de fora do quarto onde estava. Ela carregava um volume um tanto grande de tecidos.

- Ah, bom dia, Grothal. - Ela sorriu. - Devo-te algumas desculpas pelo que aconteceu ontem à noite, mas primeiro deixe-me guardar isso no lugar ideal. Faça o seguinte, siga este corredor, encontrará a mesa. Minha avó fez questão que o senhor coma o desjejum conosco!

Dito isso, ainda com o sorriso no rosto, ela entrou por uma porta ao lado e desapareceu da vista do orc. Seguindo as instruções da elfa, logo Grothal encontrou-se numa pequena sala. O orc sentiu-se em uma espécie de palácio: haviam bordados e tapeçarias trabalhadas sobre todos os móveis. E não eram poucos.

No centro da sala, uma pequena mesa redonda estava recoberta de alimentos: pães, frutas, alguns doces caseiros, leite e suco. Sentada à mesa, uma velhina de ar sereno olhava pela janela. Sem virar-se, ela disse, calma:

- Sente-se. Aproveite que é cedo e coma com calma. - Grothal podia ver as orelhas dela: ela não parecia ser uma elfa. A menos que fosse outra ilusão, era com certeza humana.

Grohtal estava com fome, mas antes de se entusiasmar, estranhou a diferença entra a comida disponivel aquela manha e o que lhe fora oferecido na noite passada.
Mas ele era um convidado e não iria indagar a respeito. Não lhe importava.
- Obrigado por me abrigar, mas não parece certo que eu tome parte da sua comida.

- Não contrarie e coma! - Disse a velhinha, aparentemente incomodada. Ela virou-se para olhar o orc. - Onde já se viu! Se estou oferecendo, é para comer. Vamos, vamos. Eu sei que está com fome. Ontem à noite nada tínhamos para oferecer-lhe, Linna me contou.

Linna logo chegou ao aposento e sentou-se à mesa. Ela sorriu para o orc:

- Agora sim temos comida. A vovó disse para comprar alguma coisa para o senhor comer, então fui ao mercado agora pouco. Sorte que algumas coisas abrem antes do nescer do sol. - Ela parecia feliz, comendo uma fruta vermelha, suculenta.

- E você, senhor orc? - Comentou a velhinha. - Oque faz na cidade? Já conheci alguns de sua raça nos meus tempos de viagem. Boa gente, aqueles.

- Conheceu boa gente de minha raça? Interessante. Confesso que meu povo tem grande antipatia por todos os de pele rosada. Boa parte não tenta fazer distinção. - comentou Grohtal, se sentando a mesa - Eu procuro uma pessoa. Acredito que os mercenarios que estão na região sabem onde essa pessoa está.