Informação Necessária [Sigfried]

- Acho que devemos partir, ou esperaremos por algo mais? - indagou o anão racista, pondo em pauta uma dúvida comum. O elfo, em resposta, apensa meneou a cabeça, sinalizando que nada pensava a respeito.

- Bom, sei que marcamos ao meio dia, mas já que estamos todos aqui, podemos partir mais cedo. Ou alguém gostaria de esperar mais por qualquer que seja o motivo? - pergountou o Juban, dando a chance que todos se expressarem.

Por fim, Grothal irrompeu, comentando sobre a decisão de todos ali.

- Se estamos todos prontos, vamos.

Todos assentiram em partir imediatamente, cada qual com sua afirmativa.

No entanto, foram interrompidos por um grito:

- Esperem! - berrava um homem, correndo na direção deles. - Esperem por mim!

O homem se aproximou, e puderam ver que trajara um armadura leve, carregava uma rapieira embainhada consigo.

- O Capitão Isirtonn me enviou para acompanhar-lhes e oferecer suporte e apoio. Boa tarde.

- Que seja. Vamos.

Grothal soltou seu comentário sem importar-se muito com resposta, já andando.

- Certamente. Seja bem vindo ao grupo. Agora vamos! - cumprimentou o Juban, amigável, mas aparentemente também apressado.

- Ok.... Partimos então! - exclamou o encapuzado, andando.

- Boa tarde! Quem és tu? - perguntou o anão ao homem, amigável. O homem então aproximou-se de Razlik, conversando em tom que Grothal não conseguia escutar.

Haviam saído da cidade. Pelo que dizia o mapa que viram com o capitão, os mercenários deveriam ter levantado acampamento a menos de dois dias de viagem à pé: não estava longe.

Uma coisa atingiu-lhe como uma pedra. Lembrou-se que os Mantchägar nutriam um ódio mortal dos humanos. Um ódio de longa data. Se eram sanguinários para com outras raças, não queria sequer imaginar oque faziam com humanos. A questão então era: porque haviam se aliado aos mercenários?

A unica coisa que ocorreu a Grohtal foi que, para os Mantchägar terem se aliado a humanos, se os mercenarios fosse humanos, esse humanos deveriam ter conquistado o respeito deles atraves da unica coisa que os Mantchägar respeitavam.
A força. Esses mercenarios deviam ser muito fortes.

- Irmãos. Devemos tomar uma decisão o mais rápido possível. Temos a possibilidade de seguir por uma trilha rápida, que nos levará ao nosso objetivo a menos de dois dias de viagem. Contudo, isso nos obrigará acampar a céu aberto durante a noite. A outra opção seria desviar nossa rota um pouco para coincidir com um vilarejo próximo. Isto nos daria uma noite de sono segura e confortável, mas nos atrasaria um pouco a viagem do segundo dia. Digo que o grupo deve ficar unido, seja qual for a decisão. E sugiro fazermos uma votação para decidirmos qual é o melhor. Desde já, eu voto em seguirmos direto. Quanto mais cedo chegarmos, melhor. Faremos um rodízio para vigiar durante a noite que acamparmos. Agora, qual a opinião de vocês? - disse o Juban, indagando e dando a chance para que todos dessem sua opinião sobre o assunto, mas sem parar de caminhar, sempre em frente.

- Eu voto que continuemos a viagem. Acho que todos aqui aguentam uma noite no chão. - respondeu um guerreiro barbado, coçando o rosto por baixo dos fios avermelhados que cresciam em seu queixo.

- Dormir ao céu aberto não vai matar nenhum de nós... Eu digo pra irmos direto.

- Ótimo! São dois votos a favor de continuar. E não é obrigatório votar. Quem não se manifestar, apenas acatará a decisão dos outros. Então, alguém mais? - disse o Juban, tentando agilizar o processo.

- Vamos seguir pela trilha mais rápida. - diz o Tailox, abaixando seu capuz e falando em voz baixa.

- Concordo com você guerreiro, mas creio que a segunda opção seja uma escolha mais sábia, desde que mantenhamos nossas bocas fechadas a respeito do que estamos destinados a fazer. - disse o anão, parecendo ser o único que via vantagem em parar no vilarejo.

O outro encapuzado nada disse, aparentemente preferindo calar-se.

- Eu também prefiro continuar a viagem direto. - comentou outro guerreiro, próximo ao barbado. Era um homem forte e alto.- Não há necessidade de parar para descansar, um par de dias de viagem não é nada.

- Estamos decididos então, continuaremos pelo caminho mais curto? - perguntou o elfo, que até então ficara quieto.

Grohtal nada disse, apenas seguindo viagem com o grupo.
Precisava ficar atento, mesmo que estivessem a dois dias de distancia, os Filhos do Escorpoão podiam ter batedores ou similares atentos a ações contra seu bando mesmo dentro da cidade, talvez até no caminho que eles tomavam agora.

- Seguiremos pela trilha. Decidido por votação justa e incontestável. - disse o Juban, aumentando um pouco o ritmo da marcha.

As nuvens passaram por vocês, ameaçando soltar chuva sobre suas cabeças duas vezes, mas nenhuma delas cumprindo a ameaça. O céu escurecia conforme suas pernas dava passo após passo, num ritmo razoável de marcha.

Já haviam se passado algumas horas, em breve o sol se poria. Além disso, aparentemente teriam de atravessar um pequeno trecho de bosque antes de seu destino. Já podiam ver as copas da árvores à uma distância, anunciando que o primeiro dia de viagem fora suficiente para cruzarem toda a extensão das pradarias que rodeavam Rahkburg.

- Creio que já devamos parar em breve. Viajar à noite não é aconselhável. - comentou o elfo, perguntando aos outros integrantes se preferiam parar ali ou não. - Também devo lembrar-lhes que atravessar um bosque na escuridão é muito perigoso. Animais que fazem dele sua morada não gostam muito de ter seu território invadido e seu descanso deturpado.

-...
Grohtal olhou de esgueio para o elfo. Ele concordava, mas não tinha animo para expressar seu apoio à ideia. Apenas concordou com a cabeça.

O homem encapuzado também expressou sua opinião:

-Eu digo que fiquemos então, realmente nao é aconselhável seguir. Ficar por aqui é a melhor opção definitivamente.

- Não são os que dormem que me preocupam, mas os que estão bem acordados, caçando. - disse o Juban, novamente falando pelo grupo. - Se vamos seguir ou parar ainda não está em questão. A questão principal é: podemos seguir em frente? Alguém aqui consegue ver no escuro?

- Mesmo que alguns de nós possam enxegar na escuridão, - comentou um dos guerreiro humanos. - não teríamos como nos defender de verdadeiros predadores da noite. No máximo um ou dois de nós sairiam vivos do bosque. Sem dúvida, devemos passar a noite aqui. Deveríamos definir uma ordem de vigia, e levantar acampamento.

- Antes, vamos para um local mais propício. - irrompeu outro guerreiro, menor que o anterior, um pouco mais mirrado. - Aquela área da planície é um pouco mais alta. Não seremos incomodados por insetos e, caso chova, a água também não será um problema.

O homenzinh realmente pareceu saber do que estava falando, mostrando certa experiência.

- Certo. Todos de acordo, então? - indagou, por fim, o guerreiro "barba-ruiva".

Com isso, deixando claro que fora uma pergunta retórica, os três já começam a caminhar em direção da elevação indicada, provavelmente esperando que o restante do grupo os seguisse.

(Esses dialogos me confundem, parece que todos tem conversado entre si. Como ele conseguem isso?)

- Os poucos que puderem ver no escuro protegem todos os outros? - Grohatl perguntou ao juban, não gostando da ideia de ter que proteger outros, ou guiar o grupo através de um bosque desconhecido.
Sem esperar resposta, ele começou a seguir os outros para a area alta da planicie.

[Com a boca? Não sei do que está falando]

- Muito bem ... eu vigiarei a primeira metade da noite. Não será problema para mim. - se prontificou o Juban a fazer a guarda no início da noite.

- Com um grupo tão grande, o ideal é que fizéssemos divisões menores para a vigília... - comentou o elfo.

- Não há necessidade, não vejo muitos perigos que possam nos aflingir. - respondeu o guerreiro barbado. - Ficaremos no primeiro turno com você, Juban.

O guerreiro falava por si e por seus dois amigos.

- Parece que o primeiro grupo da vigília está completo. - disse o elfo, constatando que a escalação da guarda estava metade completa. - Ficarei com a segunda metade da noite. Quem se habilita? Precisamos somente de duas ou três pessoas.

- Eu ficarei. - Disse o soldado que se juntara ao grupo por último. - Tenho de prestar ajuda para com o grupo, é minha função aqui e devo desempenhá-la corretamente. Alguém mais?

- Eu sou capaz de fazer vigilia.

Todos os restantes, o encapuzado, o anão e o tailox, se dispuseram a fazer o segundo turno da vigília.

- Não há necessidade de tantos... Façamos assim, então. Você, tailox, - disse o guarda, apontando para o outro encapuzado. - fará parte do primeiro grupo da vigília. Desta forma, nos dividiremos em dois grupos iguais de cinco pessoas.

- Então, na primeira parte da noite, teremos o Juban, o Tailox, e nós três? - indagou o guerreiro barbado, que foi respondido por um simples aceno de cabeça do guarda.

- Vamos nos preparar para dormir então. Temos somente seis horas de descanso, vamos fazê-las valer. - disse o humano, falando com Dimble e os outros que fariam parte do segundo turno da vigia.

Grohtal foi dormir enquanto esperava seu turno de vigilia começar.

Grothal se deitou a fim de descansar, sem ter nada a fazer antes disto. O primeiro grupo da vigília já estava se organizando, não tinha muito com o que se preocupar.

Fechou os olhos. Lembrou-se de seu irmão, lembrou-se do combate em que o perdera. Iria encontrá-lo, como jurara fazer, sem dúvida alguma. Mas ninguém poderia dizer quanto tempo levaria. Muito menos se seria fácil.

Sentiu-se ameaçado. Por alguma coisa.

Grohtal abre os olhos e se levanta rapidamente, a fim de se defender da ameaça.

Levantou-se, pronto para lutar, olhando em volta. Todos estavam igualmente alarmados, observando os arredores. O anão avançava em direção ao bosque cautelosamente.

Percebendo que a ameaça não era tão imediata quanto iamginou, Grohtal lembrou de pegar sua arma e seu escudo. Enfrentar algo durante a noite estando desarmado seria muito arriscado.
Ele observava a direção que o anão seguia, procurando o que alertara seus sentidos.

O anão sinalizou para todos que se aproximassem, mas, antes que o orc pudesse sequer dar um passo, foi cumprimentado por uma meia dúzia de flechas que desciam dos céus em sua direção. Graças à inabilidade de quem quer de disparara os projéteis, no entanto, sequer teve de mover-se a fim de evitar todas elas.

Ouviu gritos e berros vindos da posição do anão. Era um ataque aberto: hora de combater.

[Role 2d6 para iniciativa, que eu agradeço.]

Deu-se início ao combate, em meio à berros e urros de ira e excitação.

Um dos guerreiros avançou, empunhando um imenso martelo de guerra, na direção do anão. Provavelmente não sabia em direção do que avançava, mas de qualquer forma, estava pronto para lutar.

- Vamos lutar, cambada! Esses babacas não durarão mais de um par de minutos contra nós! - ele berrou, como se tentasse levantar a moral do grupo. Se era isso que queria, com certeza tinha conseguido: o orc sentiu-se ainda mais pronto para o combate ao ouvir aquelas palavras.

Grothal, que estava próximo ao combate, pôde ver que já haviam quatro inimigos em torno do anão, atacando-o. Graças à grande habilidade do mesmo, ele sequer foi atingido.

Viu o elfo, que estava próximo, avançar correndo para o combate. Aparentemente, era um combatente de curta distância, apesar de sua armadura leve.

O tailox aproximou-se, mirou e disparou, mas a flecha não passou nem perto do alvo.

Em seguida, o guarda que se juntara ao grupo no último momento passou ao lado empunhando duas espadas. Sim, duas espadas curtas. Era um estilo peculiar de combate, mas já ouvira falar sobre aquilo antes. Ele chegou perto dos inimgos que atacavam o anão e atacou, uma vez com cada arma, atingindo o inimigo ambas as vezes, cortando seu braço.

[Turno do Grothal]