Que a Justiça seja feita [Coruja]

Amon observava a cena, com principal interesse dos arqueiros em eliminar o orc. Isso, aliado ao fato de que aquele orc parecia saber demais sobre os Escorpiões, fazia Amon se perguntar se não seria ele um desertor do grupo. De qualquer forma, Amon deveria proceder com muita cautela. Mas já bastava de pensar por hora. Era um combate, e eles precisavam abater logo o líder a fim de preocuparem-se apenas com os arqueiros. Assim, Amon investiu contra o Orc inimigo, erguendo sua lâmina acima da cabeça e desferindo um golpe diagonal, extremamente poderoso [justiça final].

- Pelos deuses! Que a justiça seja feita nestas terras. - Gritou Amon, enquanto desferia seu ataque.

A lâmina do Juban desceu com fúria divina, cortando profundamente o ombro do orc, cujo braço direito cedeu ao golpe, derrubando a besta que segurava. Irado, contra-atacou o paladino, lançado o braço que ainda respondia, segurando um grande machado, alvejando seu braço direito.

- Olho por olho, Juban! - ele disse, uma voz rouca e já cheia de ódio ira.

O machado atingiu-lhe o ombro, num ponto semelhante ao que atingira com eu próprio golpe. A dor foi grande: a lâmina cortou-lhe a carne profundamente, o machado cravando em seu ombro, apesar de toda a proteção que sua armadura proporcionava. A dor se alastrou pelo corpo de Amon, mas este se manteve concentrado no combate, sem deixar-se afetar.

O Orc inimigo já parecia cansado e gravemente ferido: não duraria muito mais naquele combate, não contra todos aqueles oponentes ainda perfeitamente saudáveis.

[Espere o seu próximo turno.]

Eram os momentos finais do combate, o rumo ali já havia sido traçado, só faltava concretizá-lo. Foi com essa intenção que Duran avançou, brandindo seu martelo de batalha, contra um dos arqueiros. Tentou dar um golpe simples no abdômen do inimigo, mas o arqueiro, talvez com sentidos aguçados pelo medo e pavor, conseguiu desviar do golpe com facilidade.

Era o turno do elfo. Ele ainda predia um dos arqueiros em combate próximo, demostrando inesperada maestria com a espada. Tentou uma estocada no inimigo, mas este também desviou do atque sem problemas. Aqueles inimigos amedrontados e seu instinto de sobrevivência estavam começando a se provar problemáticos.

Rafael avançou, recuperou a arma que lançara e se preparou para um novo golpe: mirou no maldito inimigo escorregadio que o elfo acabara de errar e jogou sua lança. Provou possível atingir aquele arqueiro, fazendo a lança atravessar seu braço e fincar-se numa árvore próxima. Tão desesperado quanto em dor, o homem não sabia se corria com a arma fincada em seu braço para sobreviver ou se ficava ali e pedia misericórdia.

[Este é o relatório do fim de turno. Aguarde ser chamado ou o fim do combate.]

Uma flecha disparada pelo tailox voou sobre a cabeça de seus companheiros e fincou-se no arqueiro que acabara de ser fincado à uma árvore. Aparentemente num golpe de misericórdia, o projétil cortou-lhe a garganta, acabando imediatamente de uma vez por todas com o sofrimento que o homem estava passando por.

Então, era a chance do guarda agir. Olhou em volta e, percebendo que três de seus aliados já atacavam o líder inimigo, resolveu ajudar a dar um trato nos arqueiros. Avançou sem muito pensar e atacou um dos adversários que ainda estava livre, cortando-o uma vez com cada arma que empunhava.

- Vamos tentar deixar um vivo, talvez nos revelem algo a respeito de seus malditos planos! - gritou o anão, dando a idéia a todos ali presentes antes que todos os oponentes fossem eliminados.

- Nesse caso, ficamos com esse aqui! - Gritou o orc, desferindo um golpe contra o orc inimigo. A maça atingiu o outro braço do orc com força, causando os efeitos esperados e um pouco mais: o membro também cedeu, derrubando o machado.

O Líder inimigo orc estava derrotado: seus dois braços haviam sido inutilizados.

- Seus imbecis, não conseguirão tirar nada de mim! - ele berrou, irado, compreendendo a intenção do grupo.

Os três arqueiros que restavam simplesmente viraram as costas e fugiram quando tiveram a chance, aprovietando que ainda não haviam sido envolvidos em combate direto.

[Fim do combate]

- Nós podemos pegá-los se corrermos! Devemos ir atrás deles? - indagou Miguel, aproximando-se de Grothal e do Juban. Ele parecia querer uma resposta rápida do grupo, uma vez que a ação imediata era essencial caso quisessem pegar os fugitivos.

O combate estava terminado. Amon sentia as dores fortes em seu braço. Primeiramente, precisaria cuidar daquilo para não infeccionar. Nada melhor que a bênção dos deuses para aquela tarefa. Colocou uma mão sobre o ferimento e repetiu as palavras sagradas.

Uma vez curado, Amon dirigiu-se ao grupo. Precisava colocar um pouco de ordem nas intenções dos companheiros.

- Amigos, um momento! Interrogar nossos inimigos é bem vindo, mas não deve passar disso: interrogatório. Não quero a idéia de tortura nem nos pensamentos de vocês. Existem outras formas de conseguir o que queremos. Vamos nos manter no caminho dos justos.

- Tente mata-los. Vamos enfrentar eles mais tarde se eles fugirem. Mas se eles abrirem muita distancia, volte. Pode ter outra emboscada. - disse o orc, mostrando-se um tanto sensato, enquanto retirava de uma sacola que carregava uma corda e, usando um pouco de força, amarrando o inimigo capturado.

- Provavelmente, seria bom evitar que eles contassem sobre nós ao resto do grupo. - disse o tailox em resposta à dúvida do homem.

- Peguem os arcos dos caídos e disparem! As flechas os atingirão mais rápido do que nossas pernas! - bradou o anão. Realmente, era uma boa idéia.

O encapuzado simplesmente disparou em corrida atrás dos inimigos, sem dar muita atenção para oque quer que o grupo decidisse ou houvesse decidido fazer.

Em resposta ao que fora dito pelos integrantes do grupo, o homem preparou uma flecha e disparou atrás dos inimigos floresta a dentro, deixando somente uma breve despedida:

- Não vou demorar muito.

Foi então que Amon fez seu anúncio.

- Vamos, então. Diga tudo oque tens a dizer, orc. - Disse Duran, aproximando-se.

[esperando]

Haullo, o tailox que estava ali ao lado, pareceu dar pouca importância ao "interrogatório" e preferiu procurar algo que pudesse interessar-lhe nos pertences dos soldados inimigos.

- Vocês acham mesmo que eu vou dizer alguma coisa? Idiotas! - o orc tinha uma expressão de desgosto e asco na face, principalmente voltada à Amon. Ele olhou para o Juban e, ao dizer as últimas palavras, cuspiu em sua face. A saliva pegajosa sujou seu rosto, grudando-se em seus pêlos e espalhando imundície. - Acha que é melhor que os outros só porque é
"bom"? Se é homem, sabe que a tortura é o melhor jeito de saber oque se quer!

Duran desferiu um forte soco na cara do orc amarrado, que caiu de costas no chão.

- Fale, mas você não está em posição de desrespeitar ninguém. Muito menos aquele que te respeita. - ele disse, ríspido, lançando um olhar irado em direção ao orc.

Amon simplesmente balançou a cabeça negativamente. Limpou a saliva de sua face com a mão como se aquilo não fosse nada. E finalmente sorriu. Aproximou-se do orc e falou com palavras simples.

- Não é uma questão de ser bom. É uma questão de ser justo.

Afastou-se então e, de costas mesmo, continuou.

- Pedi para que não o torturassem ... ainda. Preciso meditar para consultar os deuses antes de tomar tal medida. Até a justiça precisa, às vezes, recorrer a métodos não tão aprazíveis.

E dito e feito ... sentou-se em posição de meditação, longe do alcance das ofensas e cuspes do orc, e pôs-se a orar.

(( Eu já tenho bolado o que vai sair dessa meditação haha. Mas se quiser mandar alguma mensagem divina, sinta-se livre ^_^ ))

- Respeito? Esse aí não deve saber o que significa respeito. Só sabe que tem medo dos homens pra quem trabalha... - comentou Grothal, o orc aliado, com tom debochado.

Então, Amon deu seu pequeno aviso antes de retirar-se para meditar. Sentou-se à alguma distância do grupo, cruzou as pernas em posição usual de meditação e fechou os olhos, concentrando-se em entrar em contato com suas divindades.

[Não vou mandar mensagem divina alguma porque não faço idéia de como são seus deuses/seu deus. Na verdade eu adoraria ver um pouco de narração por sua parte. Alguma sobre as divindades que Amon venera. É uma religião monoteísta? Há um panteão, mas ele venera uma única entidade? É um deus que prega a justiça acima de tudo, ou os valores dele não são tão simples? Ele toma a forma de um Juban? De algum outro animal? Esse tipo de coisa seria muito interessante, para aprofundar o foco religioso do personagem, me daria mais área para abordar.]

(( Bom, fica difícil para eu bolar essas coisas, pois eu não acredito em nada disso XD Na verdade, Amón fala em "deuses" de forma ampla e genérica. Pode ser qualquer coisa. Alienígenas, deuses gregos, monstro espaguete voador, energia cósmica ... qualquer coisa. Ou mesmo, simplesmente nada. Apenas o senso de justiça próprio e a força de vontade suprema do personagem. Esses detalhes eu deixo a seu critério ^_^ ))

Amon havia chegado a uma conclusão. Os deuses já haviam se pronunciado em sua mente, iluminando o caminho da justiça. Sorrindo, levantou-se e se virou para o grupo. Sorria sinceramente, com uma expressão de tranquilidade e paz no rosto.

- Irmãos, todos sabemos que a tortura agride a alma e o espírito. Esta prática é intolerável para as pessoas de bem. Mas veja ... para as pessoas de bem. Se aqui poupamos este ser vil e pecaminoso do caminho da tortura, acabamos por condenar dezenas, centenas ou mesmo milhares de outras almas inocentes que por ventura serão vítimas do grupo deste infeliz. Estaríamos nós mesmos matando estes inocentes, não por ação, mas por omissão. Afinal, qual a diferença entre aquele que segura uma pessoa abaixo d'água, e aquele que não se move para salvar àquele que não sabe nadar? Desta forma, meus irmãos de espírito, mantenham a alma pura e a mente sã. A tortura, e qualquer outro meio, será utilizada para conseguirmos as informações necessárias. Afinal, lutamos pelo "bem maior".

Amon acreditava piamente em tudo o que falava. Afinal, aquela era a verdade e a justiça. Pois não apenas a balança é o símbolo da mãe cega, mas também a espada vingadora sagrada.

- Temos tempo para isso? - indagou o orc, falando especificamente com Amon. - Saber o que vamos enfrentar é bom, mas gastar tempo demais é ruim. Os mercenarios devem saber que estamos a caminho, e quanto mais tempo levarmos, mais preparados estarão.

Amon olhou para o orc de forma decidida.

- Então devemos ser eficientes para arrancar-lhe a informação.

Então caminhou até o orc e agarrou uma mão do mesmo. Com uma de suas garras, começou a perfurar entre a unha e o dedo do orc, levantando aqui e ali.

- Você sabe o que queremos ... facilite para nós e para você.

Antes que você se paroximasse, você viu o tailox abaixado próximo ao orc:

- Meus companheiros precisam fazer algumas perguntas, e você vai responder, se não isso vai acontecer com a sua cara. - ele pegou uma folha do chão e segurou-a em sua mão. Em questão de instantes, a pequena folha se congelou e depedaçou-se, caindo ao chão em cacos. Pareceu magia. - Continuem, por favor.

Após ameaçar o prisioneiro, o tailox deu espaço para que os outros também agissem. O primeiro foi o anão, que deu, sem pensar duas vezes, um forte golpe no estômago do orc com o cabo de seu mangual.

- Ouviu o Juban? Vai falando, orc! Onde está Jäl?!

- Vocês não encontram Jäl! - berrou o prisioneiro, ficando cada vez mais irado, mas incapaz de reagir da mesma forma. - Ele encontra vocês! E quando o fizer, desejarão nunca ter feito isso comigo!

Por fim, Amon deu um passo à frente e segurou a mão do orc, fazendo uso de suas unhas retráteis para torturá-lo. Ele fez um expressão de quem sente dor intensa, mas logo se recompôs e segurou-se. Não poderiam negar que ele tinha força de vontade.

- O seu outro amigo peludo me dá mais medo... - disse o orc, balbuciando as palavras por incapacidade de falar em bom tom devido à dor, em tentativa de deboche.

Se o Orc tinha força de vontade, é porque ele nunca vira um paladino determinado a pregar a justiça e salvar os inocentes do mal vindouro. Amon ficou impassível diante da menção de Khain, apesar de ficar super preocupado por dentro. Nada transparecia. Nem mesmo a compostura do orc.

- Você tem mais dezenove dedos ...

Disse, segurando o segundo e enfiando a garra entre a unha e a carne, nem muito rápido, nem muito devagar.

- ... Dezoito ...

Entre um dedo e outro, ele dava um pequeno intervalo para que o orc falasse o que quisesse.

[Ele se referia ao tailox por "outro amigo peludo", não à Khain. A intriga não vai tão longe assim. Não no momento.]

- Você disse que Jäl nos faria deseja nunca ter torturado você? E vai fazer o que com você? Desejar que nunca tivesse se deixado capturar? - indagou Grothal, com um ar de cansaço na voz. Preocupação, talvez.

- Não fará diferença, porco! - aparentemente, o orc inimigo sentia um certo asco em relação à Grothal. Talvez pelas companhias escolhidas. - Suas palavras não me afetam.

- Vamos nos arrepende de ter feito o que? - indagou desta vez o anão. - Você pensa que sairá daqui vivo?

Desta vez, Amon pôde ver o medo brilhar nos olhos do orc. Aquelas palavras do anão eram sérias e carregavam um tom de sobriedade pesada.

A tortura do Juban parecia surtir efeito físico. Quando passava a unha entre os dedos do adversário, podia ver a dor na face e no corpo do sujeito. Mas ele não dizia nada.

- Não vou dizer mais nada! - berrou ele, lá pelo quarto dedo.

- Não seja por isso. - disse o tailox, se aproximando. Ele colocou a mão próxima ao rosto do orc, com uma expressão séria. Ele fechou os olhos por um instante, aparentemente concentrado, mas nada aconteceu.

- E então, tailox? Era só um truque? Um blefe! Esse tipo de coisa não funciona comigo! - o orc riu da tortura falha do tailox.

- Qual o seu nome, orc?

Perguntou Amon, sempre em seu tom sério. Ele não gostava daquilo. Apenas fazia porque era preciso. É como lavar uma ferida. Dói, mas se não for feita, infecciona e mata o corpo todo. Amon esperou pela resposta e depois continuou.

- Então, Fulano, nós paladinos somos muito pacientes ...

Amon pegou o quinto dedo e continuou o processo.

- ... eu não preciso fazer isso nos vinte dedos. Você pode encerrar este tormento a hora que quiser. Basta as palavras mágicas.

E segurou o sexto dedo, este sendo o primeiro da outra mão.

- Só não pense que meus métodos acabam por aqui. Eu tive o desprazer de encontrar inquisidores pela vida. Aprendi um truque ou outro. Já ouviu falar do esmagador de nós de dedos?

O tailox colocou a mão no rosto do orc, numa segunda tentativa de usar sua magia, mas não teve nenhum sucesso.

- Desculpem, eu acho que estou cançado da viagem, não consigo me concentrar direito - Com isso, ele saca uma adaga e decepa o dedo do orc. - Já perdemos tempo demais com você e eu posso repetir isso dezesete vezes, e não tenho medo nenhum de faze-lo - Ele pega outro dedo e o estica, levanta a faca no ar e move rapidamente de baixo para cima - Dezeseis!

Ao mesmo tempo, o paladino faz sua tortura na outra mão.

"Alguém acabe com isso de uma vez. Ele não vai dizer mais nada mesmo. - o anão comentou, já cansado daquilo.

- Eu acho que já sabemos o bastante. Sabemos que Jäl é o unico guerreiro forte entre os nossos oponentes. Deviamos arrancar a cabeça desse orc e mostrar aos mercenarios o destino deles. - comentou também o orc, de certa forma concordando com o anão.

- Então acabemos logo com isso. - Ele disse, sério. Deu um corte horizontal no pescoço do orc, decaptando-o. A cabeça caiu, o corpo também. Todos ali presentes ficaram um pouco surpresos. O encapuzado e Miguel chegaram e viram só o corpo morto no chão. Talvez houvesse feito aquilo de dó e pena, para poupar o orc do sofrimento desnecessário pelo qual passava.

Amon estava sério. Estava triste por dentro. Por mais que fosse realmente necessário obter informações, a tortura o machucava tanto quanto ao orc. E o pior de tudo é que seus companheiros não eram tão pacientes quanto o paladino. Eles haviam estragado todo o investimento da tortura que o paladino empregara. Estava frustrado e arrependido. Antes tivesse apenas matado o orc, ou exigido que os demais não interferissem.

De qualquer forma, aquilo já estava feito. Triste, Amon levantou-se e caminhou até a cabeça do orc, capturando-a e fincando-a em uma estaca a fim de servir de mal agouro para os inimigos.

(( Eu repensei a parte dos deuses, mas vou precisar de sua ajuda. Os jubans adoram a Aslam, o leão. Trata-se de um deus cuja imagem é um leão justo e imponente. Eles acreditam que os jubans tem a forma humanoide pois são ferramentas de Aslam para iluminar a raça dos humanos. Tendo o corpo mais parecidos com o dos humanos, seriam mais eficazes nesse processo de iluminação. ))

- Não tenho paciência com essas bestas! - exclamou o anão, duro e ríspido.

- Não podemos perder tempo. Os Filhos do Escorpião podem saber onde estamos. Acampar aqui não é seguro. - disse Grothal. O que dizia tinha um fundo de verdade, estava sendo sensato. Por mais que houvessem eliminado os outros arqueiros ou não, quem quer que havia os enviado para começo de conversa se daria falta do grupo e saberia oque aconteceu.

- Vamos voltar a seguir viagem então? - indagou o tailox. Não era má ideia, mas também não era muito indicado: não haviam descansado nada, e ainda era noite.

- Devemos aproveitar o tempo que temos antes do amanhecer para descansar o máximo que pudermos. - comentou o elfo. - Não estamos em condições de prosseguir um segundo dia de viagem agora, muito menos combater ao alcançarmos o acampamento inimigo.

[É uma boa visão. Precisa de minha ajuda em quê, exatamente?]

- Eu concordo com o elfo. Devemos aproveitar nossos raros momentos de descanso ao máximo. E os filhos do escorpião demorarão para notar a nossa ausência, visto que leva 1 dia de viagem para chegar ao suposto covil. Não teremos problemas por esta noite.

Amon raciocinava, mas não tinha absoluta certeza do que dizia. E se os filhos do escorpião o observavam através de magia?

(( Basicamente para interpretar o deus e decidir as respostas dele. Não quer que eu faça isso, né? Vou me dar 72 virgens XD ))

[Sem problemas, eu posso representar sim o vosso deus.]

- Estou com o Grothal, temos que seguir viagem. Se não pegarmos eles, eles pegam a gente! - exclamou o encapuzado, expressando-se contrário ao elfo.

- Descansemos, então. Teremos batalhas duras pela frente. - disse o orc logo em seguida, mostrando ter mudado de opinião graças ao raciocínio do elfo.

O anão simplesmente ouvia oque diziam. O tailox pareceu concordar com o elfo.

- Então está decidido. Descansemos pelo restante desta noite. Amanhã ao nascer do sol estaremos de volta à estrada. - disse, resumindo a opinião de todos, o guerreiro barbudo.

- Com licença, nós pegamos aqueles caras. - disse o arqueiro, se aproximando. - Ele tinham esse dinheiro com eles, acho certo dividir entre todos nós...

Com isso, ele jogou a algibeira no chão, próxima à outra que o tailox recolhera dos outros corpos.

- Juntando tudo... - Rafael, o lençeiro do grupo, abaixara-se para contar o dinheiro. - Temos cem moedas de ouro aqui. Estamos em dez pessoas. Dez moedas para cada um, todos concordam?

Amon limitou-se a acentir com a cabeça. Ele concordava. Contudo, estava machucado demais e exausto demais para ficar ligando para esses detalhes. Pegaria sua porção do dinheiro e prostaria-se à vigília. Não via a hora de chegar sua vez de dormir.

Amon pegou seu dinheiro sem dar muita importância e juntou-se ao grupo que faria a vigília primeiro. Estavam todos exaustos. Era um pouco difícil manter-se focado, mas, por sorte, nada demais aconteceu.

Logo era sua vez de descansar, finalmente. O tão aguardado sono. Deitou-se ali e adormeceu quase instantaneamente, devido ao cansaço. Usar magia além de lutar exercia sobre o corpo uma fadiga psicológica e intelectual muito maior do que simplesmente lutar.

[Parabéns, você acaba de ganhar 10 pontos de XP e assim, subir para o 2º nível!
No segundo nível, você ganha mais uma Habilidade e pode escolher entre Mana ou Vida Máximos para aumentar em 10 pontos. Você terá uma semana inteira para escolher, então pense bem no que quer fazer.]

[2fast4u

Corpo Santo
Habilidade (Técnica) - Suporte
Requisito: Aura Divina
Descrição: Seus ferimentos se recuperam duas
vezes mais rápido que o normal e você é
imune a doenças e venenos.

Vida +10]

Ao acordar, a primeira coisa que Amon vai fazer é rezar a Aslan a fim de purificar sua alma dos métodos utilizados na noite anterior. Obviamente que ele estava incomodado com aquilo. Fora necessário, mas não rendera nenhuma informação. No fim, acabara sendo um desperdício.