Sob sua tutela (Jason Miller - Cap.2)

O rapaz repousou os braços nos ombros das duas mulheres que naquele momento representavam muito para ele. Saiu do elevador e contemplou a paisagem; paisagem que em outras épocas talvez fosse apreciável.

- Eu conheço o piloto, Mark?

- Não creio. - Ele fez um cara de intrigado. - Você já esteve em Cloverfield? É uma cidade do outro lado do país, tão grande quanto New Crow.

Eles conversavam no meio do heliporto, esperando o tal helicóptero da salvação. Mark olhava frequentemente para seu relógio.

- Ele não deve demorar agora... - Apontou para o horizonte noturno. - Ali! Está chegando!

Ao longe, podia-se ver o veículo aéreo se aproximando graças às suas luzes piscantes. Eram altas horas da madrugada, eles estavam mal conseguindo permaecer acordados, o sol ainda não havia aparecido, o breu tomava conta dos céus.

[Clo... Cloverfield? ]

- Entendo... - constatou Jason, quando de repente lobrigou a chegada do helicóptero, ao longe.

Imediatamente, o jornalista começou, inutilmente, a acenar para o piloto e para o veículo.

- Lá está ele!

O veículo se aproximou rapidamente e logo estava sobre o heliporto. Mark pediu para que se afastassem para possibilitar o pouso.

O forte vento gerado pela ação contínua e potente das hélices do veículo forçava as pessoas para trás, levantando os cabelo e trajes, que esvoaçavam. Em alguns breves segundos, tais hélices foram desligadas, para que pudessem entrar no helicóptero. Mark foi na frente, abriu a porta e entrou.

Agilmente pulou para o banco frontal, ao lado do piloto.

- Entrem, entrem logo! - Ele berrava e fazia gentos impacientes com a mão.

Luana e a mãe de Jason entraram primeiro e se dispuseram uma no banco mais traseiro do veículo, a senhora e a mais jovem ficou sentada logo atrás de Mark. Restou Á Jason sentar-se atrás do homem que tinha suas vidas em mãos, o piloto.

Sem pensar duas vezes, Jason entrou no helicóptero e se acomodou no único assento que lhe restara. Como se sentisse obrigado a fazer aquilo, o jornalista deu dois tapinhas no ombro do piloto, em agradecimento.

- Todos prontos? Apertem os cintos, vamos partir. - O piloto comunicou, sério. A voz dele soava, embora não sentisse conhecer o homem, familiar à Jason.

O veículo saiu do chão, ascendendo logo às alturas.

- Pronto, Jason e companhia. Já estão a salvo... - Mark dizia, olhando para trás, de forma a ver as pessoas com quem falava. -... daqueles zumbis. - O homem completou.

Luana e a mãe de Jason reagiram após um bom tempo quietas:

- Muito obrigado pelo que fez por nós, senhor. - A mãe do homem estava emocionada. - E obrigada por tudo oque fez pelo meu filho esse tempo todo; Eu sei que ele pode ser bem chato às vezes...

- Eu também agradeço por nos salvar, Mark. - Luana proferia seus mais sinceros agradecimentos.

- Acho que devem conhecer o homem em cjuas mãos estão depositadas nossas vidas agora. - Ele apontou para o piloto. - Este cara, embora não possa falar com vocês no momento, é um grande amigo meu, sabem?

O helicóptero já estava longe do prédio editorial. Um detalhe, que Jason notou, é que este se movia à oeste, em direção à densa floresta que cercava a cidade, ao invés de seguir à keste, em direção à Haven, a cidade mais próxima de New Crow, que seria sua salvação.

- É verdade, muito obrigado, Mark - disse o rapaz, olhando o editor e em seguida se distraindo com a visão aérea.

O helicóptero parecia estar seguindo para uma direção diferente da esperada; mas certamente para alguma outra segura, pensava Jason.

- Mas qual é o nome do seu amigo? - perguntou, tentando se lembrar dos nomes dos pilotos-jornalistas que trabalhavam para o jornal - E para onde estamos indo? South River? Cherokee?

- Esse aqui é o Claus. - Mark deu um tapinha no ombro do piloto. - Ele é um grande piloto, como vocês podem ver. Mora em Cloverfield, como já disse.

O piloto interveio, para respodenr a pergunta de Jason:

- Nós estamos indo para um lugar seguro, não se preocupem. Um conhecido meu mora lá, e tenho certeza de que estarão em segurança. - Claus disse, com uma voz extremamente familiar à Jason.

[Por que eu não estou gostando dessa história desde o momento em que entrei no editorial e vi ele vazio, milagrosamente sem ser atacado?]

- Entendo. Não há monstros gigantes lá não, né? - tentou brincar, apesar de achar que não era hora. Aliás, mesmo parecendo absurdo, naquele caos infernal era até plausível existir monstros titânicos capazes de arrasar cidades num piscar de olhos.

[Por que você tem um bom sentido de perigo e sabe prever enrascadas óbvias.]

- A não ser na televisão. - O piloto soltou uma risada monótona, apesar de um tanto sincera. - Relaxem, por favor. Vocês devem estar estressados. Avisarei-os quando estivermos chegando em nosso objetivo. Devemos levar uns dez minutos, mais ou menos.

[Aliás, o Jason tem Senso do Perigo. Lembre-se disso rsrs.]

O rapaz então resolveu obedecer às instruções do piloto, confiando sua segurança à ele e à Mark. Abraçou sua mãe e Luana, deixando-as recostar suas cabeças em seus ombros cansados e doloridos.

Naquele momento, o jovem deixou sua função de jornalista para ser apenas uma pessoa comum, feliz por estar viva.

[Vou me lembrar. Mwahahaha Se você achar que foi inustiçado, lembre-se de falar, belê?]

Jason cedeu, finalmente, após tanto estresse, esforço físico e mental, ao cansaço acumulado. Como uma forma consciente de vida, o desgaste cobriu o corpo do homem dos pés à cabeça, megulhando-o imediatamente na profunda escuridão do sono, o descanso tão merecido.

Em seu sono, Jason vivia um dia estranho. Estava em sua casa, bem, com sua nova amiga, Luana, e sua mãe. Passava bem o dia. Conversava com Mark e outro homem- um homem cujo rosto desconhecia. Este estava coberto por um véu. Estava se sentindo seguro. Estava calmo e relaxado.

Mas algo lhe incomodava. Como se não devesse estar se sentindo calmo. Não deveria relaxar. Estava em perigo, na verdade. Seu redor começou a escurecer, a noite parecia cair dentro da casa. Não via mais Mark nem o outro homem, só ouvia suas vozes, dizendo que "Nada está acontecendo" e "Relaxe."...

Segurava fortemente Luana e sua mãe, como se fossem seu pase para a salvação, sua segurança, sua proteção. Dum salto, Mark voou sobre Jason, com uma arma em mãos, sua face distorcida, um sorriso macabro deformando aquele rosto há pouco sereno. Uma gargalhada horrenda tampou-lhe os ouvidos, enquanto Jason tentava se livrar das mãos fortes do homem que apontava uma arma para sua face.

De trás de si, veio o homem sem face. Esticou os braço e, num movimento estranhamente exagerado, retirou o véu da frente do rosto, revelando uma figura ensanguentada, ferida, mórbida e nojenta- um zumbi. O morto-vivo colocou os braços sobre os ombros das duas mulheres e puxou-as para longe de Jason, enaunqto ambas gritavam por ajuda. Levou-as para a escuridão lentamente, cada vez mais longe, cada vez mais longe....

"Sua vez, meu filho", o tenebroso Mark disse, enquanto enconstava o gélido cano da pistola na testa suada de Jason. Sentia seu coração bater como oito colcheias num compasso de prestíssimo, sua roupa encharcada...

O dedo do vilão apertou o gatilho.



Levantou de um pulo. Estava no helicóptero. Sua mãe e Luana estavam ao seu lado. Estavam no chão, Mark e o piloto estavam descendo do veículo.

[Mal pela bíblia. E dessa vez, quis exagerar nos efeitos.

[Está de dia?]

Jason acordou arrepiado, sem fôlego, sobressaltado. Deu graças à Deus por aquele ser apenas um sonho; um sonho ruim. Agora os sobreviventes estavam livres daquele pesadelo, e não tinham mais com que se preocupar, a não ser se assegurar que aquele terror não se espalharia além das fronteiras de New Crow. Provavelmente o governo daria um jeito naquilo, nem que fosse obrigatória a tomada de medidas drásticas -- e, naquele momento, de forma egoísta, Jason não se comoveria nem um pouco se os chefes de Estado optassem por essa ação.

Visando despertar, o rapaz passou a mão no rosto várias vezes. Também se preocupou em acordar as duas mulheres que, de forma justa, adormeceram no incômodo banco do helicóptero. Não queria interromper aquele momento "sagrado", mas elas não poderiam ficar naquelas posições horríveis para sempre. Além do mais, precisavam ver a esperança com os próprios olhos.

[Está de madrugada, são umas quatro e meia. Ainda está escuro.]

- Venha, Jason. Acorde as princesas e desça daí. - Mark disse, já no chão, fora do veículo.

Jason delicadamente tirou ambas as mulheres de seu repouso. Todos desceram do helicóptero.

Estavam em um heliporto. Mas era diferente do editorial, era mais amplo, maior. Estavam no topo de um prédio, uma construção. Ao redor de tal edificação, tudo oque Jason via era floresta. Não lembrava de jamais ter ouvido falar de uma casa na floresta, mas também, já havia descoberto muitas coisas das quais nunca ouvira falar ao longo daquele dia.

Luana espreguiçou-se, já ao lado de seu amigo, em terra firme.

- Está bem? - Ela começou uma conversa trivial; coisa que Jason não se via fazendo há tempos. - Conseguiu descansar?

Enquanto isso, o piloto parecia conversar sobre algo com Mark, e apontava para Jason. Agora que o via de corpo inteiro, o homem que os levou em segurança para longe dos zumbis lhe parecia familiar, com sua postura ereta, seu traje formal- um terno um pouco rasgado, e sua estatura deveras grande. O nome Claus lhe lembrava de algo.

[roubei sua sig, espero que não se importe. Se se importar, avisa que eu tiro]

[Rsrsrs que foda que tu ter gostado da sign, cara.]
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[Esse nome "Claus" realmente me lembra à algo, mas como o sistema de busca do fórum é bonzão... ]

Não querendo dar muito atenção ao fato de estar sendo mencionado numa conversa particular entre Mark e o piloto, Jason procurou conversar com Luana e com a mãe¹.

- Caramba, eu estava tão cansado que esse pequeno cochilo fez parecer que eu dormi por horas.

[qualé a desse "¹"? Outra coisa, se quiser pode definir o nome da sua mãe. Ajuda bastante a narrativa]

- Também senti como se houvesse dormido por horas... - Luana bocejou. - Estava cansada.

- Está bem, filho? Não consegui dormir muito bem, tive um pesadelo horrível... - A mãe de Jason parecia de compartilhado do sono ruim.

Mark e Claus começaram a andar em direção à eles, se aproximaram e o piloto começou a falar:

- Senhor Jason e companhia, acho que aqui em cima vai ficar frio em breve. Por que não entramos? - Ele fez apontou para um elevador que havia à alguns metro de onde estavam. - Não há por que se preocupar com o helicóptero, a propriedade é fechada. Não há como nenhum estranho chegar aqui.

- Vamos para dentro Jason, - Mark passou a mão na barriga. - Claus nos convidou para o jantar.

#[Então, o "¹" era justamente isso kkkkkkkkkk. Eu ia perguntar qual era o nome dela.]
#[Estamos na floresta de New Crow ou estamos numa mata de outra cidade (Cloverfield)?]
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- Muito obrigado, Sr. Claus - disse Jason, agradecendo a hospitalidade - A propósito, nos conhecemos de algum lugar?

E antes que o homem pudesse responder, Jason emendaria outra pergunta:

- E para onde vamos é uma casa? Não queremos lhe incomodar em sua residência, senhor. O senhor já fez demais por todos nós, poderemos nos virar daqui pra frente - terminou, se referindo à hotéis e estalagens. Se bem que ele não fazia idéia de onde poderia ter tais serviços naquela área florestal.

[Estamos na floresta de New Crow ou estamos numa mata de outra cidade (Cloverfield)?]

Jason não faz idéia, mas acha que, por ter voado pouco, é mata de New Crow.
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- Creio que não nos conheçemos... Quanto à casa, não se preocupe, senhor. Tenho certeza de que o lugar é grande o suficiente para alojar todos com conforto. Pelo que se apressem, o elevador já deve estar quase aqui. - Ele começou a caminhar até o elevador, seguido de Mark. Luana e a mãe de Jason forma logo atrás.

Jason segue quieto o comboio da sobrevivência.

O elevador chegou, com timing perfeito, ao mesmo tempo em que chegaram perto. Entraram no luxuoso trasnporte.

De fato, era ainda mais moderno, supreendentemente, que o elevador do prédio editorial.

- Vamos para o térrio. - Claus disse, apertando um botão no painel do elevador. - Sinto dizer que, embora tenha os trazido para cá como se fosse o dono, não sou proprietário desta mansão. A verdade é que os trouxe para cá a pedido do próprio. Espero que não se incomodem, relaxem, o senhor Frederik é uma boa pessoa, tenho certeza de que seão bem tratados.

Imediatamente a nuca de Jason se arrepiou. Ele ainda não sabia o porquê, mas era como se todas aquelas coisas fizessem algum sentido para ele. Era como se algo tentasse o alertar de um mal iminente.

O elevador continuou descendo e ninugém abriu a boca, fosse por respeito, medo, ou simplesmente por estar ocupado demais admirando o interior trabalhado do elevador: as paredes de madeira impecavelmente invernizada, o carpete volumoso que afundava quando se pisava sobre ele, os tecnológicos botões de toque no painel ou o indicador de andar acima da porte, uma pequena tela plana de LCD.

De um forma ou de outra, o silêncio permaneceu até tal indicador acusar terem chego ao térreo. As portas se abriram, mostrando um grande hall, muito parecido com um hotel, extremamente moderno em sua arquitetura e concepção. As estruturas de vidro tão comuns nas construções contemporâneas também se faziam presentes, chamado muita atenção.

- Venham, vamos passar por aquela passarela ali, - Claus apontou para uma porta numa parede oposta. - para chegarmos ao prédio antigo, onde meu patrão nos espera.

Dito isso, sem esperar resposta alguma, o homem começou a caminhar em direção ao dito objetivo, e foi logo seguido por Mark e a mãe de Jason. Luana esperou por Jason, para conversar:

- Esse lugar é bem labiríntico, não...? - Ela olhava em volta, intrigada. - Além de bem grande. Acho que me perderia aqui fácil,fácil.

- Labiríntico e enigmático, Lu. Nunca ouvi falar sobre esse lugar antes. - disse, acompanhando os passos do anfitrião.

Passaram pela porta, atravessaram um curto corredor, logo atravessando outra porta. Ainda seguindo Claus, desceram uma escadaria um tanto grande.

Se viram em outro hall de entrada igualmente imenso. Desta vez, no entanto, o lugar mostrava traços duma arquitetura um pouco mais antiga. O lugar era iluminado por um grande lustre preso ao teto. Haviam três portas no andar térreo onde estavam agora; uma à oeste, outra à leste e mais uma maior, majestosa, ao norte.

Pararam em frente à porta maior, que levava ao norte.

- Pronto, é aqui. - Claus virou-se para falar com o grupo relativamente grande que o seguia. - Vamos entrar agora na sala de jantar. O Senhor Frederik estará sentado na ponta extrema do lado de lá. Nós nos sentaremos próximos à ele, ele gosta de companhia. Provavelmente seus filhos Johan e Dahlia já estarão lá, seria bom se lembrassem do nome de todos.

Apesar de não demonstrar, Jason estava completamente desconfortável com aquela situação.

- Muito obrigado, Sr. Claus, mas é que... - sem querer falar, mas fazendo de tudo para dar a entender, Jason insinuou que não estava em trajes para um jantar tão formal (e esquisito), ainda por ter corrido e lutado tanto. Suas roupas estavam encardidas e rasgadas, sujas de terra, sangue e suor.