Sob sua tutela (Jason Miller - Cap.2)

Pelo retrovisor, Jason observou a horda de mortos saírem das dependências da casa de Luana e perseguirem o carro. Mas felizmente já estavam longe dos amaldiçoados.

- Vamos pegar minha mãe e irmos embora - disse o jornalista, entregando seu celular à moça - Por favor, disca aí: 89978879 e fala com minha mãe. Quero saber se ela está bem.

- Oito, nove, nove, sete, oito, oito... sete, nove... - Lauan apertou um botão e colocou o celular ao ouvido. - Tá chamando...

"Alô?", a jovem disse, após alguns intantes. "Aqui é Luana, amiga de Jason, ele queria saber se está tudo bem com a senhora...". Ela ficou alguns instantes em silêncio. "Oquê? Como assim!? Mas, mas... N-não faz sentido!", ela parecia indignada. "Ok, vou falar pra ele.", a frentista desligou o celular.

- Ela disse que está bem, mas que não vamos pode fugir... - Ficou em silêncio, não completou a frase- embora tenha deixado óbio que ainda havia mais.

Repentinamente, Jason olhou Luana com surpresa.

- Como assim? O que houve? - perguntou, mas já imaginando algum problema.

- Ela disse que quando nós chegarmos lá vamos entender- e disse pra dirigir com cuidado por que chove muito. - Luana não parecia dizer tudo o que tinha pra falar.

Jason parou o carro em frente à sua casa. Diferentemente da casa de sua amiga, não havia nennhum morto-vivo na rua inteira- estava simplesmente deserta.

Com o receio da má-notícia, Jason deixou o dito pelo não dito. Estacionou o carro e procurou se apressar, entrando em sua própria casa com uma velocidade incomum.

- Mãe? Vamos embora, mãe!

- Estou na sala de estar, filho! Venha cá... - A voz da mãe lhe soou um pouco fraca, rouca, triste.- Tem que ver isso...

Luana seguira Jason para dentro da casa, e estava logo atrás dele.

Jason passa pelos cômodos, procurando pela mãe. Nesse momento, uma nostalgia se abateu sobre Jason, que relembrou de sua infância naquela casa, assim como os momentos alegres e difíceis. Por que aquilo tudo estava acontecendo?

Jason chegou à sala de estar. Sua mãe eestava sentada à frente da tevê, numa poltrona, assisstindo um noticiário. Ela fungava de vez em quando, parecia ter chorado há pouco. Estava nervosa, soluçava também.

Quando seu filho se aproximou, ela abraçou-o, alheia à presença de Luana.

- Filho... - ela murmurava baixinho. - Filho... Nossa cidade dos sonhos... Nossa casa... Olha oque aconteceu com a cidade... - O mulher apontou para o televisor.

Imagens tiradas de um helicóptero mostravam a avenida principal da cidade- a única saída do lugar, entupida de carros. Muitos motoristas se encontravam fora de seus carros, brigando entre si, se xingando, até desferindo golpes, iniciando brigas.

- Não dá, filho. Não vamos sair da cidade.... Todo mundo quer, ninguém consegue.

Luana se aproximou de Jason para ver a televisão. Tampou a boca, em espanto, quando viu a cena. Um homem acabara de matar outro com uma pistola. O perigo agora não se resumia mais aos mortos vivos. Os seres humanos dexavam de ser humanos, tornavam-se bestas- Como o homem que batia em Luana.

O medo era tamanho que despertava no homem seus piores instintos: sobrevivêcnia à todo custo.

[Quais são as rotas de saída da cidade? Meu personagem tem uma habilidade que talvez possa ajudar nisso.

E desculpa não ter respondido ontem, é que eu estava com a cabeça explodindo, nem ler direito eu estava conseguindo.]

[Nossa, oque que aconteçeu? É sério?

Mas quanto ao jogo: Que Jason saiba, a única rota de saída da cidade é a avenida principal que liga à estrada- a mesma estrada pela qual Jason voltou mais cedo (no começo do jogo). Provavelmente existem outras saídas, mas Jason as desconheçe]

[Não, era só dor de cabeça mesmo rsrs.

Quanto ao jogo: tipo, a cidade é cercada de água? Eu posso pegar uma estrada de terra para tentar fugir dali?]

[Seguinte, A cidade é rodeada, pelo sul, oeste e leste por uma floresta imensa que acaba no sopés des grandes montanhas. Ao norte, há um grande lado com uma ponte que a atravessa. Também há alguns barcos que navegam pelo lago, mas Jason não faz idéia se há outro caminho para fora da cidade na outra margem.
Há diversas trilhas, inclusive pontos turísticos, no meio da floresta, mas não se sabe de nenhum que leve para outra parte da civilização.]

- Mãe, vamos precisar de toda a sua experiência agora - disse, Jason, desligando a TV e levantando sua genitora do sofá - Vamos para o sul, já que lá é a nossa única saída.

[detalhe: acho que na sua sig deveria ser "ofendem mais aos que amam do que aos que temem". Mas posso estar errado...]

A senhora se levantou um pouco confusa.

- Para o sul, filho? Mas porque?

[Na verdade, acho que não, pois a frase está num sentido amplo e abstrato. Colocá-la no plural seria como se referir apenas à pessoas.]

- Não temos como sair daqui pelo caminho convencional - disse Jason, olhando Luana como se estivesse explicando seu plano. Em seguida, voltou sua atenção para sua mãe - Então, teremos que contar com os seus conhecimentos para que possamos pegar os melhores atalhos através da floresta e fugirmos. A senhora viveu aqui por todos esses anos, com certeza sabe muito mais sobre o sul do que eu ou qualquer outra pessoa mais jovem da cidade.

- Existem vários caminhos pela floresta, mas não acho que nenhum deles leva para fora da cidade... - A mãe de Jason estava trêmula. Devia estar com medo de sair da segurança do lar.

Nesse momento, celular de Jason tocou. Era Mark, seu editor. Oque ele poderia querer num momento como aqueles, não fazia idéia. Mas, de um jeito ou de outro, aquele homem sempre fora um tanto excêntrico, fora do comum.

[Ué, então a floresta dá pra onde? rsrs]

E num salto, Jason atendeu.

- Alô?...

A cidade é rodeada, pelo sul, oeste e leste por uma floresta imensa que acaba no sopés des grandes montanhas.

Acaba aí xDD]

- Alô, Jason? - A voz de Mark estava agitada. - Está tudo bem com você, a cidade está uma loucura, como você já deve saber. O negócio é o seguinte: eu tenho um jeito de escapar da cidade, mas ia precisar de sua ajuda.

[Não, mas tipo... pelos lados e tal? E po, diante de um apocalipse desmorto, escalar grandes montanhas descalço, com fome e com febre parece um grande negócio rsrs.]

- Como, Mark!? - perguntou ansioso.

O jornalista olhou as duas mulheres que estavam junto dele com olhos de esperança.

- Acho que vamos conseguir fugir - disse para elas sem voz, esperando a conclusão do editor.

- Um amigo meu tem um helicóptero! - Ele fez uma pausa, talvez estivesse só fazendo drama ou estivesse cansado. - Ele disse que me pegará noheliporto do prédio editorial- o mais alto da cidade! Se quiser vir junto, me encontre em uma hora no térreo do prédio!

Com isso, a ligação foi encerrada. Não sabia se Mark havia desligado o celular ou se a linha havia caído. Sabvia que eram três da manhã e tinha que estar, até as quatro, no térreo do editorial, se quisesse escapar daquele lugar.

- Droga... - disse, olhando o visor de celular e discando o número do editor. Precisava fazer algumas perguntas essenciais, como algo acerca da quantidade assentos disponíveis.

O celular tocou. Tocou novamente. Mais uma vez. Caiu na caixa de mensagens- Mark não atendeu, por algum motivo desconhecido. Talvez pelo mesmo que o tivesse forçado a desligar repentinamente.

- Jason? Oque foi? Quem era? - Luana indagava, intrigada. Parecia que o comentário do homem havia dado esperanças novas à duas mulheres, cujos olhos agora brilhavam.

- Que bosta! - Gritou para o aparelho como se ele tivesse culpa. - Temos que partir. O Mark, meu editor, disse que poderia nos tirar daqui. Ele tem um helicóptero, e vão partir dentro de aproximadamente trinta minutos. Temos que ir.

Apesar de saber que o tempo dita estava muito reduzido em relação ao proposto por Mark, Jason preferiu mentir para que, assim, fosse criado nenhum tipo de esperança em sua mãe e em Luana.

- Vamos, não temos tempo - falou, já pegando as bolsas da genitora e indo em direção à porta. - Certifiquem-se de que não esqueceram nada.

- Não, estou pronta. - Luana estava já de prontidão na porta da casa. - A senhora precisa pegar alguma coisa?

- Não, estou bem. - Ela apontou para a bolsa na mão de Jason, enquanto andava até Luana. - Está tudo ali.

Com isso, vocês todos saíram da casa. A chuva havia enfraqueçido, mas ainda ventava frio- gelava até o osso.

- Coloquem os cintos... - foi o alerta de que, naquele mar de desolação, nada, exceto corpos ambulantes, poderia impedir Jason de acelerar o automóvel como se o amanhã não existisse.

Dessa vez, o jornalista pegaria caminhos esdrúxulos para chegar à sede de seu emprego. Contra-mão, atalhos outrora impossíveis, becos etc. foram os caminhos percorridos para chegar ao jornal da forma mais rápida o possível.