Invasão de Propriedade! [Cap. 3 - Brian Thompson]

- Já disse que não deveria falar sobre Treu assim. - Sério, ssem se virar ainda. - Também já disse que trataremos de negócios depois. Acrescento, agora: Não pense que você compreende oque penso, muito menos oque sinto.

- Com todo respeito, Sr. Frederik, mas por que o Sr. precisa de guarda-costas então?

Brian bebeu o resto do vinho e se virou para procurar Mary.

O Sr. Frederik virou-se. Tinha em sua face um expressão de raiva, misturada homogeneamente com indignação.

- Preciso de um guarda-costas, mas não para proteger-me de minhas próprias criações! Mas para evitar que pessoas comuns interfiram com meu trabalho. - Ele vioru-se novamente. - Onde raios estarão os outros...

[Que NPC mais chato... ]
Fingindo ignorar o que ele disse, Brian foi atrás de Mary:
- E aí moça? Conseguiu falar com Gustav?

Mary ainda falava no rádio. Quando Brian se aproximou, ela parou um pouco.

- Espera um pouco, câmbio. - Ela retirou o rádio de perto do rosto e olhou Brian nos olhos. - Consegui. Parece que eles receberam um pedido de ajuda de algum lugar na floresta e estão indo para lá agora mesmo.

- Entendi. Que bom que estão vivos!
Disse Brian com toda sinceridade.
- Mary... O que você irá fazer?

- Não sei, acho que vou me acalmar e tentar sair daqui por bem. - Ela disse, com um sorriso no rosto, mas este logo se tornou uma expressão macabra. - Se não conseguir, sairei por mal mesmo.

Assim que ela terminou de falar, bateram na porta.

O Sr. Frederik, calmo como se prevesse a chegada de outras pessoas naquele exato instante, apertou um botão em sua mesa e um pesado som de metal se fez ecoar do interior da porta. O mecanismo logo cessou atividade e a porta abriu-se.

Entraram na sala seis pessoas que Brian não reconhecia. Dentre elas haviam dois homens, três mulheres, sendo uma mais velha e as outras jovens, e um garoto de uns dez, onze anos.

O gaortinho fechou a pesada porta facilmente e, junto com uma das jovens, adiantou-se para o lado da escrivaninha do Sr. Frederik.

- Obrigado por trazer o restante dos sobreviventes, Johan. - O anfitrião disse, olhando para o menino. Parecia ignorar a jovem.

- Não fiz mais que minhas obrigações, pai. - O tal Johan disse, deixando claro o parentesco dele com o dono daquele casarão.

- Estamos agora todos reunidos aqui. - Proclamou o pai do menino, virando-se para todos. - Agora, a menos que alguém tenha algo a dizer, vamor prosseguir e contar porque vocês realmente estão aqui.

"Hum... Ainda posso recusar o trabalho e sair com a Mary!"
Brian sabia que dos males, a polícia era o menor e ficou quieto ouvindo.

Em segundos, Biran saberia que a polícia não sóera a menro de sas preocupações, ocmo também não era absolutamente nada.

A jovem que estava ao lado da mesa do Sr. Frederik curvou-se, cochichou algo em seu ouvido. Ele ficou irritado, mas pareceu engolir a ira e logo começou a falar:

- Vejo que ninugém tem nenhuma objeção nem nenhum cometário a fazer. - O Sr. Frederik prosseguiu com seu discurso. - Reuni todos vocês aqui com um intuito. Formar um grupo de pessoas para trabalharem para mim. E para me servir, quero somente a elite. Por isso, aproveitei o meu experimento para selecionar quem servia ou não para o posto de todos os habitantes da cidade.

Gotas de chuva começaram a cair do lado de fora. Baatiam ritmicamente ncontra a janela, formando uma espécie de música, cujo tempo ficava cada intante mais rápido. Parecia que outra tempestade estava se aproximando. Um trovão retumbou, ecoando pela floresta e chegando até a mansão, fazendo o chão tremer.

- Quanto ao vosso salário, gostaria de fazer uma pequena demonstração. Johan? - O Sr. Frederik disse, pedindo ajuda para o menino ao seu lado, que deu um passo à frente.

- Sim, senhor. - Respondeu o jovem, observando as pessoas ali presentes.- Observem a dádiva que meu pai me concedeu.

O jovem tirou de seu bolso uma faca. Ele estendeu uma mão, segurando a faca na outra. Com um único movimento, ficnou a faca em sua própria mão, com uma corte limpo. Nem uma gota de sangue escorreu do ferimento. Johan nem sequer piscou.

- Me tornei um ser supremo. Superior. Sou um morto-vivo que mantêm consciência. Claus também está submetido às mesmas condições. - O garoto exibia o sorriso de uma maníaco, como se fosse começar a gargalhar a qualquer momento.- Isto é uma verdadeira dádiva!

- Obrigado, meu filho. - Disse o Sr. Frederik, fazendo um movimento com a mão, indicando para que o menino retornasse ao seu lugar.- Exatamente como viram, o pagamento será a imortalidade. Interessante, não?

Neste exato instante, outro trovão repetiu a obra do anterior, retumbando no ar, a descarga elétrica emitindo um forte clarão que deixou Brian ofuscado por um par de segundos.

Brian não sabia o que sentia...
Enjoo? Talvez... Deveria sair sangue da mão dele...
Admiração? Sim... Deveria sair sangue da mão dele...
Medo? Não... Bem... Sim. Com certeza Frederik se modificou a esse ponto. E por outro lado, aquilo não tirava a vontade das pessoas. Seu filho tinha respostas bem humanas. Não parecia um robô...
Ele sabia o que fazer? Sim. Com certeza. Eram duas coisas na verdade...
E a primeira foi apenas fitar a Mary. Um olhar carinhoso.
Algo que no mundo masculino dizia:
"Você é gata. Mas não te comi porque eu não tive chance!"
E que no mundo feminino dizia:
"Ao lado de você vive momentos inesquecíveis. Irei sentir saudades..."
A segunda era:
- Errrrr... Sr. Frederik? Posso ver a mão de Johan mais de perto??? Já vi de tudo... Mas isso é phóda!

Brian estava realmente admirado por ver aquilo!

Todos ali ficaram estarrecidos. Ninguém parecia ter nada a dizer, suas mentes trabalhavam à velocidades incríveis, provavelmente perdidas entre todas as coisas que aconteceram naquele minuto.

O Sr. Frederik olhou bem para Brian, direto nos olhos.

- Claro. - Ele disse, esboçando um sorriso. - Johan, mostre sua mão ao nosso convidado.

O garoto aproximou-se, ainda com a lâmina atravessando sua palma. Estendeu a mão para que Brian pudesse ver. A faca claramente cortava a carna, abrindo uma fenda limpa na mão do menino. Do outro lado, Brian podia ver a ponta da lâmina saindo, sem nem uma gota de sangue.

- Uau... Essa porra não dói não? E como funciona cicatrização???

Perguntava Brian olhando pra mão de Johan. Nessa altura não importava quem respondesse... Aquilo era incrível!

- Não sinto nada além de um pouco de pressão causada pela lâmina entre a carne. Quanto à cicatrização, já é um pouco mais complicada e lenta. Eu posso não sentir, mas se meu braço estiver quebrado, não conseguirei usá-lo, e ele só se regenerará com o tempo. E bem lentamente. - Respondeu o garoto. - Esse corte provavelmente vai levar uns dois dias pra cicatrizar e não vou poder usar essa mão direito.

"Aquele era o salário definitivo: O salário que te deixava livre de salário. Era perfeito!" Brian estava claramente seduzido pela idéia:

- Uau... o salário que te livra de salários... Impressionante.

Apesar disso, Brian mantinha-se analista:

"Johan não caça. Ele não iria se machucar assim. Ele deve assumir funções cientifícas?"

- Eu poderei beber cerveja?

Brian perguntava a Johan fazendo um sorriso maroto.

Brian viu claramente em que a expressão do garoto alterar-se de um sorriso camarada para um olhar odioso e mortal. Uma aura palpável de ira, sombria, era exalava do garoto. Ele arrancou, sem nenhum cuidado, a faca de seu mão e, da mesma foram descuidado, lançou o braço na direção do pescoço de Brian.

Um calafrio correu o corpo inteiro do homem, como se preparesse-se para a morte. Sentiu os músculos de seu pescoço se enrijecendo, fehcou os olhos instintivamente, a escuriao tomou conta de todo, enquanto ele apertava suas pálpebras, como se para fugir daquele golpe inesperado.

Sentiu a faca enconstando em sua garganta, seu batimento cardíaco acelerado, sua respiração pesada. MAs não sentiu a dor que esperava. Abriu os olhos para ver a faca parada à milimetros de seu pescoço.

- Não. Não poderá comer NADA! - O garoto gritou a última palavra.

- Johan! - Brian ouviu o Sr. Frederik dizer aquilo como uma salvação. - Contorle-se! Ou devo pedir para que se retire?

- Não, senhor. - O moleque desencostou a faca da garganta de Brian, que sentiu-se como um cadáver que acabara de ser ressucitado. - Já estou calmo.

A expressão do garoto já havia retornado, em sua maior parte, para seu estado normal. Ele retornou ao lugar onde estava antes.

Mary se aproximou rapidamente de Brian e, passando a mão de leve em seu pescoço, perguntou, em voz baixa:

- Você está bem?

[Johan é um menininho.... agora que vi xD]
- Já estive melhor, Mary...
Dizia Brian retornando ao normal, como um peixe que estivera fora d'água. Uma gota de suor escorria pela testa dele e sua respiração estava superficial e agitada. Mas Brian tinha informações o suficiente.

- Sr. Frederik... - ele respirou fundo - Não tenho mais perguntas... Aliás... Tenho uma...

Brian não estava mais feliz. Brian só queria relaxar um pouco. E isso era visível.

- Acabou o vinho?

O Sr. Frederik olhou para você e fez uma cara de tédio , praticamente te ignorando.

O outro homem, Christ, irrompeu, perguntando algo:

- Fascinante, jovem Johan. Você demonstra um grande controle sobre seus movimentos e sobre suas emoções também. Se tivesse mesmo perdido controle, não teria hesitado em cortar a cabeça do homem. Acredito que seu pai tenha lhe ensinado bem e você, filho exemplar que é, aprendeu tudo direitinho. Contudo, fico triste ao ver as limitações às quais você está submetido. Diga-me, que mais você não pode fazer? Ou o que você é obrigado a fazer para manter sua condição ... ?

O garoto se voltou para o homem e respondeu, um pouco receoso.

- Vou tomar isso como um elogio... Existem mais pontos positivos do que negativos. Poucas limitações: Não posso ingerir alimentos- meu corpo não digere mais nada, seria como jogar comida dentro de um saco- nada aconteceria à ela. Meus ferimento não cicatrizam pela coagulação, natural, mas há outras formas um pouco mais lentas para curar-me. Fora isso, só tenho de tomar cuidado com algumas coisas específicas e pronto.

- Ei Mary... Antes de você sair, ou tentar pelo menos... Preciso confessar uma coisa.

Brian estava com um olhar meio triste. Aquele olhar lembrava da primeira vez que foi a uma batalha.

Mary olhou Brian nos olhos, intrigada, enquanto esperava que ele proseguisse.

- Oque é? - Ela disse, com m olhar igualmente triste, como se tomada pela melancolia do homem.

Enquanto isso, os outros continuavam a conversar e discutir na sala, mas Brian não estava prestando atenção o suficiente para compreender exatamente oque diziam.

Brian pousou a mão no ombro dela e falou:
- Sobre Clark... Não me lembro de absolutamente nada. Pode ter sido eu... Pode ter sido uma dessas criaturas... Eu não sei, Mary... Eu não sei!

Mary pareceu um pouco assustada com a notícia, mas de certa forma, pareceu já esperar algo do gênero.

- Eu entendo. - Ela disse, com um olhar e sorriso reconfortantes. - É normal um trauma forte causar lapsos de memória. Mas não se preocupe, ainda tenho tempo antes de decidir como irei embora.

- Mas...
Brian ia falar. Mas resolveu deixar Mary pensar tranquilamente. Ao invés disso, pensou:
"Trauma forte??? Que trauma forte???"
[Zanard, posso tentar rolar pra conseguir lembrar algo?? =D]

[Pode sim, é Inteligência + Autocontrole. Pode rolar aí.]

Brian conseguiu se lembrar de alguns fatos, mas só de relance. Lembrou-se vagamente, suas visões extremamente embaçadas, de andar até um beco escuro com Clark... Ele dizia algo sobre "casa" e "família" quando, de repente, Brian foi jogado no chão por alguma coisa, talvez fosse Clark, talvez não. Lembra-se de ter ouvido um latido, um rosnado e um grito. Desmaiou.