Pouco tempo, muito oque fazer [Cap. 3 - Barabbas]

Dahlia levara Barabbas até um corredor: o mesmo onde deixaram os outros sobreviventes descordados antes. Ela parou em frente à uma porta e apontou para todas as cinco portas da parede.

- Estão todos desocupados, pode escolher. - Ela dizia, ainda sorrindo. - Eu proponho este quarto aqui, porque é mais longe da cozinha, mais silencioso.

Ela disse, apontando para a porta logo à sua frente.

- Mas a escolha é sua.

Barabbas vira-se para ela e, ainda sereno, sem sorrir, mas sem estar de fato sério, ele responde. "Escolho o quarto que tiver cama de casal." E então, com o canto da boca, ele esboça um sorriso. Será que Dahlia lhe daria o prazer daquela noite? Será que seu sangue seria tão prazeroso quanto sua compania? Será que ela valeria a fúria do Senhor Frederik? Isto ele só descobriria na prática.

- É uma pena, mas temo que todos as suítes aqui tem somente duas camas de solteiro... Mas você pode juntá-las para improvisar. - A jovem se fazia dedesentendida quanto à indireta de Barabbas. - Fique neste quarto aqui mesmo, é o melhor.

Ela dizia, entrando do quarto.

Barabbas esperou ela entrar, para então pronunciar sua decisão.

- Muito bem. Escolherei este então, pois é o quarto que você está dentro ...

Ele sorriu e adiantou-se porta adentro, com a mão para trás fechando a porta sem em olhar para ela.

- Diga-me ... o que mais se pode fazer nesta casa?

- Eu sei de uma coisa... - A jovem dsse, com a voz suave, provocante, insinuando o corpo para a frente. Se aproximou de Barabbas, apoiou os braços em seus ombros, levou o rosto ao lado do do homem e sussurrou:

- Há uma coisa que se pode fazer... e outra que não se pode... Qual você quer? - Dahlia cochichou, dando ênfase à úlitma palavra.

Barabbas permaneceu quase inalterado. Óbvio que ele sentia o ar de sedução da menina, mas ele sabia se controlar. Primeiro, ele garantia seu autocontrole. Depois, ele garantia o controle da situação.

- Poder e não poder ... são a mesma coisa para mim. Em verdade, tudo podemos, se estamos dispostos a pagar o preço ... ou somos hábeis o suficiente de driblar o custo.

Ele praticamente sussurrava aos ouvidos da garota, enquanto seus dedos passeavam dos quadris da moça, trilhando as costas dela, até acima, no limite de sua roupa.

(( Estou supondo que a roupa abre em cima. ))

Seus dedos então adentraram um pouco, caminhando para o feicho. Se ela não o impedisse, ele continuaria o movimento.

A jovem segurou as mãos de Barabbas antes que essas terminassem soque estavam fazendo.

- Pode ter tudo isso com uma condição... - Ela parou, fazendo suspense. - ME ajude a acabar com meu pai... E terá tudo oque deseja.

Barabbas parou então o movimento e retirou suas mãos do corpo de Dahlia. Ele continuava tranquilo, sereno, com um leve sorriso no rosto. Ele caminhou para a cama e sentou-se, dando uns tapinhas do seu lado, indicando para Dahlia sentar-se ao lado dele. Afinal, aquilo era algo muito interessante ...

- Diga-me, linda flor que nasce nos campos americanos: por que queres destruir seu pai?

Barabbas ligava-se às palavras que as pessoas usavam. Dahlia não havia dito matar. Ela havia proferido a palavra destruir. Isso poderia significar muitas coisas. Poderia ser no intuito de destruí-lo socialmente, ou financialmente. Poderia ser mesmo no intuito de matar. Poderia ser que o homem não morresse como humanos normais, e por isso Dahlia usou a palavra destruir. De qualquer forma, só ela poderia dar as respostas a essas perguntas.

[Na verdade, ela usou a palavra "acabar" , mas beleza xD]

A jovem sentou-se ao lado de Barabbas, mas reservou a si uma distância de meio metro. Era uma atitude estranha, considerando suas ações anteriores.

- Vários motivos. Ele me despreza. Me considera inferior ao meu irmão, por ser mulher. Ele não sabe lidar com superiores. Ele não sabe se portar em eventos sociais, como você viu durante o jantar. Não consegue controlar seu dinheiro. - Ela pausou por um tempo, com uma cara de quem já provou seu ponto. - Entendeu? Nas minhas mão,s a família Frederik vai para frente. Meu pai está simplesmente atrasando-a.

(( lol ... fato XD Mas substitua a palavra destruir por acabar e fica tudo beleza XD Eu acho que tomeu champagne demais no natal XD ))

Barabbas continuava sereno. Sempre sereno. Inabalável. Indiferente se a conversa era a decoração de natal ou a destruição do pai daquela família.

- Veja bem, querida Dahlia. Eu entendo seus motivos. Mas sinceramente, esses motivos são tão mínimos para a morte de uma pessoa. Este momento é um momento único, singular, que não se repete. Precisa receber a atenção devida. Cada criatura no mundo é única. Se seu pai morrer e eu não puder apreciar a beleza deste momento da forma devida, terá sido em vão. Dê tempo ao tempo ... eu preciso ver por meus próprios olhos.

Barabbas sabia que sua recusa poderia gerar alguma reação negativa na mulher. Mas ela o negara em primeira mão. Agora era sua vez de negar-lhe algo. Afinal, pelo Código de Hamurabi, olho por olho, dente por dente.

- Logo verá. Dentro de algumas horas, ele irá chamar todos vocês, os sobreviventes, para seus aposentos para discutir seu destino. Nessa hora, você poderá ver como ele me trata. Poderá sentir na pele a desconsideração. - Ela parou de falar, levantou-se, bateu as mão para tirar o pó dde suas roupas e completou, se dirigindo à porta. - Até logo, Barabbas. Te vejo lá.

Ela saiu do aposento antes que o homem pudesse fazer qualquer coisa, deixando-o sozinho.

Barabbas apenas observa, impassível, a saída de Dahlia. A perda de uma flor apenas significava um espaço vazio no jardim, para que outra flor pudesse entrar. Barabbas levanta-se e sai de seu quarto. Ele iria procurar pela 'mulher' do jornalista, a senhorita Luana Haley, procurando de porta em porta, dentre os cômodos indicados aos hóspedes.

(( Caso seja a Luana a atender à porta ... e caso seja o jornalista Jason a atender. ))

Luana:

Jason:

A porta se abriu e, por detrás desta, mostrou-se o jovem e delicado rosto da mulher pela qual Barbbas tanto se interessava no momento: Luana Haley.

Olhou calmamente para o rosto da moça, analisando-o. Os traços que compunham a face dela eram suaves, gentis, e, somados aos seus cabelos, agora soltos, desenhavam um sinuoso caminho, que os olhos não resistiam a seguir, descendo pelo seu corpo diminuto.

Barabbas tinha experiência em enganar as pessoas, oque cobria sua falta de talento nato. Assim, logo conseguiu, com suas palavras sérias e elusivas, levar a jovem Srta. Haley a crer no que dizia.

- Ah,- A jovem olhou para dentro do quarto, provavelmente procurando por segurança e confirmação em alguém, e logo voltou sua face para Barabbas. - Tudo bem, mas seja breve.

Mantendo o rosto sério, escondendo a empolgação interior crescente, Barabbas abre espaço para a moça e indica com seu braço o caminho para seus aposentos.

- Por favor. Por aqui.

Embora acreditasse que Barabbas tinha algo a dizer, ela ainda suspeitava de Barabbas. Não sabia se era confiável. Ela fechou a porta do cômodo onde estava, mas permaneceu onde estava.

- Já estamos à sós o suficiente, não acha? Vamos, - ela fez uma expressão que pouco combinava com seu delicado rosto. - diga logo oque tem a dizer.

Barabbas finalmente esboça um leve sorriso ante a reação da moça.

- Muito bem, senhorita Luana. Se prefere conversar aqui, que assim seja, mesmo sabendo que corredores têm ouvidos.

Barabbas não temia nada. Nenhum tipo de represália seria forte o suficiente para bloquear seus anseios por uma carne nova, ainda mais vinda da forma que viria (se é que viria).

- Acredito que a senhorita já esteja familiarizada com o temperamento do nosso anfitrião, o Sr Frederik. Se me permite acrescentar, ele não é um homem de perdoar duas vezes, e pelos recentes eventos na cidade, acredito que deva imaginar que tipos de castigos ele reserva a quem vai de encontro com seus interesses ... e a quem demonstra-se um traidor ... ou mentiroso.

Barabbas faz uma breve pausa, para ler as expressões corporais da mulher, para saber como melhor conduzir o seu próprio tom de voz.

- Nosso anfitrião não percebeu a princípio ... mas imagine o que aconteceria se alguém relatasse a ele que seu 'marido' é um mentiroso? O que a senhorita me diz?

(( Tenho algumas dúvidas com relação à dinâmica do sistema. Não sei bem que tipo de jogada se faz aqui e quando eu posso usar meus recursos extras, mas eu considero essa ação global de dominação sobre essa mulher como algo importante. Se tiver algum recurso disponível, eu quero usar, para garantir que ela vá cair na minha intimidação / dominação e que vai fazer o que eu pedir. ^_^ ))

A jovem parecia um pouco incerta, e, Barabbas pôde notar que estava claramente nervosa: mexia repetidamente em seus cabelos.

Ela evitava olhar diretamente nos olhos dos homem.

Aquele era o momento certo de terminar a última pressão. Sem forçar mais do que devia, mas sem dar espaço para a garota mudar de idéia ... ou conversar com o repórter.

- Muito bem ... nenhuma resposta. Faremos assim. Eu agora irei me dirigir OU ao meu quarto, OU ao encontro do nosso anfitrião. Tudo depende se terei companhia.

Ao terminar, Barabbas vira-se lentamente e começa a andar em direção ao seu quarto, que também servia de caminho para as escadas, visto que seu quarto era o primeiro. Ele esperava que a mulher o acompanhasse. Era o mais provável de acontecer. Pessoas comuns não são preparadas para situações de tensão e stress como aquela, onde vidas podem estar em jogo.

- E- Eu vou com você. Jason não tem culpa de nada, tenho de explicar isso ao Sr. Frederik. - Disse a jovem, seguindo prontamente Barabbas.

Barabbas sorriu, e apontou a porta que levava ao seu quarto.

- Por aqui, por favor. E acredite-me, o Sr Frederik não quer explicações, venham elas de quem for. O menor dos males é o meu silêncio ...

Ele aguardaria a mulher entrar no cômodo.

A jovem hesitou a entrar no cômodo. De repente, a porta do quarto dela se abriu.

- Ei!? - o jornalista saiu do quarto de braços abertos, exigindo que Barabbas desse uma satisfação. - Para onde você acha que vai levá-la? Luana, vem pra cá. Agora.

O homem avançou e puxou a jovem pelo braço, colocando-se entre ela e Barabbas.

Diante da ação inusitada do homem, e desagradando-se com a perda do controle da situação, Barabbas perde momentaneamente o interesse na mulher. Talvez fosse melhor simplesmente denunciar o cara. Se o Sr Frederik não fosse fogo de palha, ele provavelmente iria eliminar aquele incômodo. Sem o jornalista, Luana estaria desprotegida. Uma ovelha diante de um lobo, sem o seu pastor.

- A lugar nenhum, bom pastor. Mas não é a ovelha que deve ser protegida neste momento ...

Barabbas diz, simplesmente, virando-se e caminhando em direção ao seu cômodo. Sua mão deslizando para dentro do bolso, acariciando o bisturi uma vez mais.

Sentiu o bisturi, em sua integridade. O aço ainda conservava sua temperatura um pouco abaixo à de Barabbas, sendo assim um tanto fria ao toque. A lâmina tocou o dedo indicador do homem, que pôde sentir perfeitamente o fio da mesma, a facilidade com que poderia cortar a carne.

Ouviu, de suas costas, a voz da jovem que tentara pegar para si instantes atrás: Luana Haley. Ela dizia algo sobre "mentir" e "matar", mas Barabbas não pôde ouvir com clareza exatamente oque ela dissera.

(( Foi mal o sumiço. Estou viajando. No momento estou usando a internet do hotel. ))

Barabbas adiantou-se ao seu quarto e trancou a porta ao entrar. Já que nem Dahlia nem Luana lhe fariam compania aquela noite, era melhor ele descansar. Ele iria tomar um bom banho antes de ser chamado novamente pelo Sr Frederik. Até lá, ainda poderia pensar no que fazer a respeito de Luana e do repórter mentiroso.

[Beleza, não se preocupe]

Barabbas resolveu tomar um banho. Entrou no pequeno banheiro que lhe era oferecido em seu quarto.

Haviam ali somente um vaso sanitário, uma pia e um chuveiro. Despiu-se e ligou a água. Sentiu que merecia aquilo, após aquilo tudo. Dusa jovens foram-lhe negadas seguidamente. No mínimo alguma coisa deveria ser boa. A água escorreu-lhe pelo corpo e levou consigo o stress e cansaço, vaou o suor da pele do homem.

Saiu de seu razoavelmente demorado banho sentindo-se um novo homem.

Bateram à sua porta.