"Que dia do cão, hein?" (Jason Miller - Cap.1)

- É, deu pra perceber! Você está ficando louco! Nunca irei embora e deixar você aí no meio desta bagunça toda! se eu for, você vai junto! Onde você está!? - Ela estava gritando.

Você viu Keith, no meio das pessoas, conversando com alguns médicos.

- Mãe, eu vou estar saindo da cidade daqui a 30 min, mas não vou ter tempo de passar aí para buscá-la. Entendeu? Eu preciso que a senhora vá sem mim, senão vamos nos desencontrar e eu vou morrer de preocupação com a senhora. Não se preocupe comigo, eu consegui me infiltrar em uma das barracas e tomar um antídoto contra o vírus; eu vou ficar bem, mas só vou poder ficar tranquilo se eu souber que a senhora saiu da cidade.

Ao ver Keith, Jason acelera a conversa:

- Olha, estão me chamando aqui. Então nos encontraremos na casa da tia Selene, ok? Qualquer coisa, me ligue. Um beijo... - após um tempo de silêncio, ele completaria - Te amo, mãe.

O jornalista então desligou o celular, guardando-o no bolso. Se aproximava de Keith para saber se ele havia conseguido alguma novidade.

Jason se aproximou de Keith, que estava falando com um par de médicos. Um deles parecia ser bem jovem, um homem de estatura mediana, lá pelos seus 26 anos. A outra era uma médica, que estava agachada, chorando por algum motivo, sussurando algo que o jornalista não pôde entender.

Keith cumprimetou Jason com um aceno, e o apresentou ao doutor.

- Jason, vejo que está aqui. Este é John, um psicólogo do Hospital da Alma Sacra. - Ele se voltou para o médico - Este é Jason, um jornalista que me ajudou na investigação do que ocorreu no hospital.

- Prazer em conhecê-lo, doutor - Jason cumprimentou o homem, e sentiu uma certa estanheza na própria voz. Era estranho ver um psicólogo tão jovem; logo os psicólogos, que sempre possuíam a estereotípica de Freud.

Não quero atrapalhar na conversa dos dois, por isso fico apenas escutando. Quando houver brechas, pergunto se a defesa nacional ainda não fora informada daquele estado de calamidade.

O policial continou falando com o homem, parecendo pouco se importar com a presença de Jason.

- Certo. Tenho algumas informações que talvez venham a ser de alguma valia... O diretor foi assassinado por alguém. Nossa busca pelo culpado resultou em falha.

[O diretor do hospital ou do colégio?]

[Pelo que você entendeu da conversa, do hospital.]

O psicólogo se assustou ao ouvir que o direotr do hospital fora morto.

- Assassinado? COmo? Quando? O maluco estava nos ameaçando por rádio no fim da noite de ontem!

Prontamente, Keith ofereceu toda inofrmação que tinha:

- Quando nós chegamos ao hospital, mandamos um grupo de reconhecimento aos andares superiores. Ele nos informaram que quando chegaram ao local, o diretor já estava morto. - O policial falava, mas parecia preocupado com outra coisa.

Você aproveitou a brecha para lançar sua pergunta à Keith, que parou um pouco para pensar antes de responder.

- Já. Eu e o delegado mandamos o pedido à central e ele já informaram o posto da defesa nacional mais próximo. O pessoal da central deve nos avisar se responderam ao nosso pedido ou não em breve.

[Ixi, estou meio confuso. O Keith não matou o diretor do hospital com um rifle?]

[Vou te contar oque vc pode saber: O diretor estava morto, por algum motivo. Então ele levantou-se dos mortos, matou o Orson e atacoou o Marshall que saiu correndo. O "diretor" saiu correndo atrás do Marshall. DEpois, Ketih matou o diretor pela segunda vez. Só que ele não quis contar a segunda parte da história pro John]

[Então é o mesmo diretor? Saquei. Pensei que fosse outro.]

- Essa onda de assassinatos... esse surgimento dessa doença estranha... Que caos! - Jason olhou para as pessoas que eram atendidas. Via a expressão de horror em seus olhos.

- É realmente muito estranho isso tudo... - Keith confirmou, soou até um pouco sombrio. - Mas a defesa nacional já foi ativada, então...

- Dúvido que acreditem nisso.... É tudo muito sureal... - O médico disse, um tanto pessimista.

Os três pareciam estar ficando um tanto quanto desanimados, e ficar sem moral e ânimo nessas situações é a pior coisa que pode acontecer.

- Bom, talvez se pegássemos aquele maldito... - disse Jason, com um grande pesar.

Para não deixar o médico sem saber sobre o que ele falava, ele continua:

- Há um homem... - Parou, antes de prosseguir - Hoje de tarde, num posto de gasolina na fronteira de New Crow, um homem atacou um caminhoneiro da região. Foi um ataque aleatório e bizarro. Depois descobrimos que, no hospital, a mesma "criatura" infectou os médicos de lá.

Mesmo que desacreditado, o jornalista soltou sua conclusão:

- Temos que pará-lo... e pensar que estivemos tão perto...

O médico irrompeu com uma frase de efeito:

- O importante é nos concentrarmos no que podemos fazer. Temos que nos proteger do que vier a acontecer, e documentar tudo. Não importa a situação estranha. Somos americanos enfrentando um inimigo, que pode ser derrotado!

Realmente, Jason e Keith tiveram a impressão de que ele tinha razão, mesmo que talvez só parcial. O inimigo não era invencível, como eles mesmos tinham provado. Keith bateu uma mão nas pernas e foi se afastando lentamente.

- Vou continuar a verificar se as pessoas daqui não precisam de ajuda. Tomem cuidado, vocês dois, a noite esstá fria, pegar uma gripe agora não é uma boa idéia! - Ele esboçava um sorriso no rosto.

- Você tem razão, doutor. Bom, se me dão licença... - Jason se afasta um pouco do médico e do amigo policial para poder dar um telefonema.

Os ágeis e magros dedos do jornalista rapidamente procuraram o número de Luana na agenda virtual do celular. Iria ligar para moça para acalmá-la e dizer que o exército já iria providenciar apoio aos moradores de New Crow. Possivelmente, a chegada da defesa terminaria com aquele caos.

Mas nem ele acreditava nisso.

Tuuuuuu... tuuuuuu...

EDIT: pra adiantar: se ela atender, vou dizer que o exército já está a caminho, para ela não ficar preocupada. O ideal seria que ela saísse da cidade, caso tivesse algum lugar para ficar.

O telefone toca por algum tempo, sem resposta. Não era tempo o suficiente para alguém preocupar-se, mas não podia-se controlar a imaginação num dia como aquele.

A mente de Jason começou a vagar pelos lados mais pessimistas, seu lado paranóico começou a falar, e qaunto mais ele dizia à si mesmo para parar de pensar naquelas coisas, menos adiantava e mais seus pensamentos afundavam no medo.

Toda sua reflexão , na qual conseguira inclusive se perder, mesmo que tivesse durado meramente alguns segundos, foi interrompida quando Luana atendeu seu celular.

- Alô, Jason? Oque foi? Descobriu alguma coisa? - Ela estava falando rápido, como se estivesse esperando por uma ligação do homem.

- Ah, oi! Que bom ouvir sua voz... - suspirou aliviado. Toda a neblina de insegurança e preocupação havia se dissipado - Sim, eu estou aqui na escola, perto da sua casa. As coisas parecem calmas por aqui, mas...

Ele não sabia como dizer, mas já que as coisas já haviam descambado para aquele tormento, era melhor ser o mais objetivo o possível.

- Mas acredito que o melhor a se fazer é sair da cidade, Luana. As pessoas, de alguma forma, estão esquisitas.

Ele passou a mão na cabeça, sentindo como se houvesse traído a própria decisão de ser objetivo.

- Ok, foda-se... as pessoas estão morrendo e se levantando como bestas. Monstros. Parece loucura, mas é verdade... te juro. Mas enfim, você tem algum lugar para onde ir, longe daqui?

Jason notou moviemtno de alguns repórteres no portão da escola, discutindo com os policiais. Parecia que eles queriam cobrir o acontecimento, coisa que não agradava ao oficiais. Devido à distância, Jason não conseguia ouvir oque diziam.

- ...um... - A garota permaneceu em silêncio profundo por um longo período de tempo, como se custasse a resolver o cubo mágico onde oque Jason dissera estava estampado, para que fizesse sentido.

O homem só sabia que Luana estava do outro lado da linha porque ouvia seu respirar. Depois de muito pensar,ela completou:

- Não, não tenho onde ficar. - Ela soou bem triste, na verdade. Sua voz ficou bem fraca, como se Jason houvese tocado num assunto há tempo deixado de lado num canto, juntando poeira. - Tenho um tio em Greenfield, mas ele nunca foi muito com a minha cara, não acho uma boa idéia ir para lá.... Mas é verdade isso que você disse...? É como... um filme de zumbis...?

- Isso, exatamente como um filme de zumbis... e eu sou um metagamer.

[Não, mentira, não digo isso rsrs]

- Isso... exatamente. Olha, eu tenho uma tia em Greenfield. Minha mãe está indo para lá, pois já a avisei dos problemas que New Crow está enfrentando. Minha tia é uma mulher idosa, mas muito simpática e agradável; ela nunca negaria um quarto para uma amiga minha. Pegue um lápis e anote aí o endereço - disse, incisivo.

Jason esperaria, se esticando nas pontas dos pés para ver se encontrava algum conhecido expremido no portão da escola, por Luana.

- Pegou? Rua Wintertrees, nº. 500, Greenfield. Fica próxima à Praça Verde. Vá para lá, por favor... - disse, de forma afetada, como se desejasse muito que ela obedecesse o pedido - E não se preocupe, eu avisarei a minha mãe que você estará indo para lá. Você será muito bem tratada. Eu te prometo.

O jornalista acha que já viu uma repórter que estava no portão, discutindo com Keith e outro policial, mas não tinha certeza nem conseguia lembrar seu nome.

- Não, Jason, não tem como você ir comigo? Porque, como você deve saber... Eu não tenho carro...

[É nessas horas que eu não deveria ter esquecido que fui com o carro para o hospital. Não deveria ter aceitado a carona de Keith kkkk.]

Jason engoliu seco com o pedido da menina.

"Você vai deixá-la? E sua carreira? Você não pode desistir de seu sonho, cara. Ela confia em você. Precisa de você. Como pode não protegê-la? Você não vai abandoná-la justamente agora, vai?... Vai?"

- Infelizmente meu carro ficou no Hospital... e voltar lá, agora, é perigoso. Assim como é perigoso perambular a pé pelas ruas.

O jornalista ficou quieto por um tempo, até retomar a fala:

- Eu quero te proteger, Luana, mas não vejo outro jeito... a não ser perdir para você se trancar dentro de casa; pelo menos até essa loucura acabar - de num estalo, pensou numa outra coisa - Espera, espera. Já sei. Te ligo em breve, beijão, beijão.

Desligou o celular às pressas, para poder discar o número de sua mãe.

O telefone tocou por alguma vezes. Enquanto esperava a mãe atender, Jason notou que os repórteres que estavam no portão haviam conseguido acesso ao pátio e estavam filmando o lugar e fazendo algumas perguntas às pessoas, embora não estivessem sendo muito bem-vindos.

- Alô? Filho? Aconteceu alguma coisa? - Ela parecia, como qualquer mãe obviamente estaria com seus filhos, morrendo de preocupação.

- Oi, mãe! Não, não. Só estou ligando pra dizer que vou atrasar um pouco a viagem. Acabaram de aparecer uns amigos aqui e vamos terminar de cobrir o evento, que aparentemente já está quase controlado, e ir embora. Daqui vou para casa da tia Selene, me encontrar com você lá.

Falou aquilo apenas para tranquilizar a mãe.

- Olha mãe, queria te pedir uma coisa: quando você estiver indo, você pode levar a Luana? - falou como se o nome fosse "comum" entre eles - Ela é minha nova namorada; já estamos juntos há um tempinho... e eu queria poder te apresentá-la melhor, mas não deu...

- Filho, acho tem algo de errado com você... - Ela parecia um tanto quanto preocupada. - Você nunca foi de falar assim comigo... Você também está esqueçido... Você levou o carro, esqueçeu? Não tem como eu ir sem carro...

[Você e sua mãe tem um carro só, pq ter dois é caro e ela não usa muito mesmo. Logo, o único carro à disposição seria o compactozinho que vc deixou no hospital]

[Nossa... podia jurar que eram dois carros.

Ela já saiu de casa?]