"Que dia do cão, hein?" (Jason Miller - Cap.1)

[Mal, acho que não falei direito antes... >.< Mal aí...]

- Porque você não nos busca? Pegue o carro e vá até a casa dessa sua namoradinha, depois você vem me pegar e nós vamos para Greenfield juntos. Não é melhor?

Jason notou que havia começado uma certa comoção em torno dos repórteres que entrevistavam as pessoas. Parecia que um homem estava brigando com eles, ou coisa do gênero.

[Não, acho que falou sim. Eu que viajei. Jogar por fórum é meio foda por causa disso... uma informação que rolou lá em 1999 (rsrs) para ser lembrada é brabo.]

Como ele poderia por em risco a segurança da pessoa que mais amava no mundo? E além disso, por em risco a segurança de outra pessoa que ele, tacitamente, se colocou na condição de protetor.

- Você tem razão, mãe. Eu vou até o hospital pegar o carro, e vamos para Greenfield. Chego em uns 15 minutos, ok? Não fique preocupada... e separa aquele cuscuz que está na geladeira, pois estou varado de fome hahaha - brincou.

Após se despedir da mãe, voltou a ligar para Luana.

- Lu, me encontra aqui na frente do colégio. Vamos para Greenfield; só vou buscar minha mãe em casa.

Depois dos telefonemas, vou até Keith para me despedir e agradecer por tudo. Conto que irei sair desse caos e ir para Greenfield, levar minha mãe e a moça que ele já conhecia. Se desse, talvez voltasse para continuar a cobrir o caso, mas que eu já tinha material necessário para já começar a trabalhar no New York Times (falo de brincadeira essa parte, apesar de ser verdade).

Jason se aproxima de Keith, que estava próximo aos repórteres. Consequentemente, ele também está, logo, consegue vê-los melhor. Ele reconheceu a repórter como sendo uma famosa da New Crow TV, que sempre apresentava interessantíssimas matéria às vinte e duas horas, Kate Lockhart. Certamente que todos ali deveriam conhecê-la. Ela estava com uma equipe razoavelmente grande, composta de um cameraman e dois ajudantes, mas no momento estavam discutindo com um homem, por algum motivo que Jason não compreendeu.

- Jason, que bom ver- Keith foi interrompido subitamente por um estridente grito vindo de um canto do pátio. - Oque foi isso?

O jornalista notou certo burburinho se instalando, logo fazendo um ruído uníssono como o zumbizar de uma abelha. Oque estaria acontecendo?

- Corram! Corram! Fujam! - Alguém gritou, no meio da multidão.

A curiosidade rapidamente se trasformou em pânico, e, mesmo sem enteder nada do que estava acontecendo, as pessoas se empurravam, corriam, tropeçavam e caíam, em suas desesperadas tentativas de fgir para o portão principal.

- Calma, pessoal! Ordem! Sem pânico! - Keith gritava, tentando acalmar as pessoas, já que o pânico normalmente gera mais mortes do que a fonte de perigo real, nessas situações. Ninguém parecia dar-lhe ouvidos, no entanto.

[Hehe, sabia que eu não ia conseguir kkkk.]

Em estado de alerta, Jason instintivamente pôs a mão no cabo da pistola que roubara de um dos policiais zumbis no hospital. Ele nem se lembrava (conscientemente) daquela arma, mas algo em seu interior clamou por algum tipo de defesa.

- Mas que porra?...

Sem tirar os olhos do colega, o jornalista remou contra a corrente de pessoas que procurava sair das dependências do colégio. Nas pontas dos pés, tentava identificar o que diabos acontecia no epicentro do guincho.

Jason apertou bem os olhos e conseguiu ver se relance várias pessoas loucas como o diretor do hospital ou os policiais que enfretara estavam. Eram muitas, a situação era obviamente muito grave. Ele notou também, que a repórter e o cameraman seguiam tudo com a câmera.

O rapaz, apesar de não ser um atleta de ponta, ainda conseguiu arranjar pique para correr em direção aos inimigos com o intuito de ajudar quem estivesse necessitado.

Se eu tiver que chegar muito perto para poder ajudar alguém, eu saco a pistola e sento o dedo nos monstros. E ajudo a pessoa a correr, claro.

Várias pessoas estavam sendo atacadas ao mesmo tempo, devido ao grande número de agressores. Jason ficou confuso no começo, mas logo se decidiu por ajudar uma jovem que tentava, inutilmente, fugir de um zumbi, mesmo estando com uma de suas pernas quebradas e sem muleta.

O jornalista partiu pra ignorância, vendo como a situação estava grave, mesmo sem saber nem o começo de como uma pistola funcionava, disparou contra a coisa, atingindo-o no braço, de forma que ela recuouo um pouco, tempo o suficiente para ele estender a mão à garota e puxaá-la para segurança.

- Muito obrigada, senhor! Se não fosse você... eu estaria morta agora... ou .. daquele jeito...

O rapaz laça o próprio pescoço com os braços da menina, também colocando os seus em volta da cintura dela e segurando sua mão.

Jason evitava falar para não se cansar, apenas corria e ajudava a moça a correr.

"Que inferno!!", pensava, enquanto corria à procura de algum carro, alguma ambulância ou o que quer que seja que pudesse proporcionar uma rápida fuga daquele lugar.

[Você quis dizer, correr pra fora do pátio da escola?]

[É, tipo, quero fugir para onde todos estão fugindo rsrs.]

Jason tenta se espremer por entre as pessoas para sair do pátio, mas percebe que é impossível. Provavelmente acotnteceu alguma coisa no portão, ninguém mais conseguia sair do lugar.

- Suma daqui! - Você ouviu uma voz muito familiar, seguida de tiros. Keith estava atirando contra os mortos-vivos.

- Filho-da-...! - Outro policial estava desferidno um forte chute na cabeça de um dos "zumbis", que caiu no chão, com o pescoço quebrado.

Carl e Luccas também combatiam a ameaça. estavam todos conseguindo conter eficientemente o ataque, mas eles logo se cansariam e o númeor de inimigos só crescia. era preciso fazer alguma coisa logo.

O jornalista então promove o homem mais forte dentro do seu alcance de visão a ajudante da moça.

- Rapaz, cuide dela! Eu vou ver que merda é essa no portão.

Em seguida, usando sua magreza à seu favor, Jason começa a enfrentar o paredão de corpos - nem que tivesse que ameçar tacitamente¹ com sua arma.

Se eu conseguir chegar até os portões, eu quero ver o que está acontecendo.

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¹ Só andar com ela na mão.

Jason tenta se espremer por entre as pessoas, sem o menor sucesso. Ele então saca sua pistola e a deixa bem visível. As pessoas ao seu redor, assusstadas com a arma e ameaça se afastam um pouco, abrindo caminho para que ele passasse.

Ao se aproximar do portão, Jason nota que ele está fechado e trancado. Um homem com uma jaqueta escuro que talvez um dia fora laranja com uma barba muito mal-feita segurava uma faca rente ao pescoço de uma jovem enfermeira.

- Todo mundo pra longe desse portão, se vocês não quiserem o sangue dessa belezinha aqui jorrando! - Ele dizia, cuspindo pra caramba enquanto falava.

- Solta ela, cara, você não precisa fazer isso... - Um homem um pouco mias velho, com uma jaqueta branca, aparentemente um médico, tentava acalmar o homem. - Largue a faca...

[O cara está do outro lado do portão, na rua?

E o que está trancando o portão? Corrente, cadeado...?]

[ Isso aí, ele está do outro lado do portão, na rua. O prtão tem uma tranca própria embutida no ferro.]

[Entrar em acordo com um louco, sendo que isso pode colocar em risco a vida de centenas de pessoas? Não, valeu.

Posso acabar perdendo moral nisso, mas vou agir em prol da coletividade.]

Sem pensar duas vezes, e pedindo para que as pessoas se afastassem, Jason deu 3 tiros (ou quantos eu ainda puder) na tranca do portão. Os disparos seriam suficientes para afrouxar o remate de metal e permitir que a força conjunta das pessoas pudesse liberar a passagem.

Talvez a intenção do homem, ao pegar a refém, era a de enclausurar os monstros nos domínios do colégio. Mas isso era inútil, levando em consideração que o vetor do vírus vagava livremente pela cidade e que outros infectados ainda residiam no hospital.

Jason viu um carro esporte se aproximar na rua e diminuir a velocidade.

Todos se assusstaram com os tiros, mas, por sorte, o vilão também foi surpreendido e acabou por derrubar a faca.

Aproveitando a deixa, o médico mirou uma bica no portão, cuja tranca não suportou o impacto e cedeu.

Com uma pequena corrida, liderando a enchente de pessoas, Jason chuta a faca para longe.

- Larga ela, porra! Larga ela, se não eu te dedo aqui mesmo - o jornalista, usando-se de gírias marginais, ameaça com a pistola o homem que fazia a menina de refém.

Irado com as ações rápidas a confusas de Jason, perdido no meio dos sons e gritos que ouvia, nos vultos que passavam pela frente de seus olhos, o homem largou a mulher e desferiu, sem nem pensar, um soco no rosto de Jason, que, desavisado, caiu para trás, largando a pistola.

- Há! Tomou, sua bicha! - O homem gargalhava como um louco.

Quando Jason conseguiu enxergar claramente mais uma vez, o homem já estava com a pistola em mãos, mirando certeiro na testa do jornalista.

As pessoas que estavam fugindo do hospital pararam todas de se mover, para observar a cena, tensas.

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Anota em algum lugar sua barrinha de vitalidade, ok? Jason tomou um de dano contundente.

"Ele vai me matar..."

Desesperado diante do que acontecia, Jason só conseguiu pensar em uma coisa: driblá-lo através de indução. Com expressões, o jornalista tentou induzí-lo a acreditar que havia algo atrás dele (naquele momento, um monstro talvez fosse o pensamento mais óbvio).

[Acredito que seja Persuasão+Manipulação, né?]

Rakkah efetuou 5 lançamento(s) de dados D10 :

8 , 4 , 5 , 2 , 10

O louco, confuso, virou-se, assustado, para encarar oque estava às suas costas. Viu o nada. Ficou ainda mais confuso, e, até compreender oque acontecia, já havia sido derrubado por um desajeitado mas poderoso chute desferido por um homem que Jason não lembrava de ter visto antes.

[Que NPC safado, roubou meu frag... rsrs, zoeira.]

Dando graças a Deus, o rapaz se levantou trôpego e visou fugir dali o mais rápido que pudesse. As criaturas vinham e o caos já estava alastrado. O sentimento de insegurança e ineficiência era esmagador. A confusão já havia se instalado há muito na mente do jornalista, que só conseguia, naquele momento, pensar em sobreviver e proteger àqueles que a ele ficaram condicionados: sua mãe e Luana.

Eu vou indo em direção ao hospital, mas se eu ver algum automóvel dando sopa, não vou pensar duas vezes em me apossar dele.

Jason começa a correr em direção ao hospital. Ou melhor, naquele estado de confusão, na direção que ele meramente achava que levaria ao hospital.

De acordo com seu relógio biológico, o jornalista conseguia estimar que deveriam ser quase duas horas da manhã. O céu estava escuro, nuvens negras anunciavam tempestade, e o vento gélido anunciava que ficar em casa era o melhor a se fazer. Se a cidade não estivesse infestada de mortos-vivos, isto é.

Ele notou, embora não desse muita atenção ao fato, que havia muito moviemnto nas ruas. Carros passavam com uma frequencia elevada e muitas pessoas corriam para lá e para cá, assim como ele, desesperadas. Ao longe, ouvia-se, vindo da avenida principal da cidade, o som de muitas buzinas.

Jason já estava ficando exausto, tanto fisica quanto psicologicamente. Não descansara desde que tudo aquilo começara, quando a gasolina daquele maldito carro acabou!

À algumas quadras de distância do hospital, notou coisas mais estranhas ainda: A área estava quase abandonada, via poucas pessoas andando à esmo pelas ruas. O silêncio mórbido se instalara, a única coisa que Jason conseguia ouvir era a leve brisa da noite passando. E passos soltos, aritmícos, arrastando-se pelo chão.

Fim - Cap. 1